A Cancún do Bolsonaro
Félix Maier
Muito boa a entrevista do Presidente Jair Bolsonaro na noite de 19/07 à TV Brasil, às 22h30. Bolsonaro saiu do hospital turbinado, falando sobre muitos assuntos, passando pela CPI do Circo e da Misoginia, pelo fundo eleitoral de quase 6 bilhões de reais, pelas obras rodoviárias e ferroviárias feitas pelo ministro Tarcísio de Freitas, os contatos que teve com Tucanos e Ianomâmis na Amazônia, que pediram internet e foram atendidos. Sem direito a um único soluço, que bom.
A única derrapagem de Bolsonaro foi insistir que fosse criada uma Cancún na Baía de Angra dos Reis, RJ. É uma fixação que o Presidente tem há tempos.
Além da parte continental no México, 200 km em frente a Cuba, Cancún se destaca pelas inúmeras ilhas, que são bancos de areia onde estão instalados hotéis-cassinos espetaculares. Um local paradisíaco, que eventualmente enfrenta furacões. Que poderá desaparecer se a profecia dos catastrofistas do aquecimento global se materializar, com a elevação das águas do mar. Aí, tchau também para Rio, Nova York, Dubai. Além dos hotéis-cassinos, o bom de Cancún são suas praias.
Angra é feita de inúmeras ilhas pequenas, com vegetação, onde milionários têm suas mansões e iates. A Ilha Grande é outro local turístico que prioriza a preservação ambiental. No continente, há a íngreme Serra do Mar com sua Mata Atlântica e deslizamentos de terra em época de chuva, devido à urbanização crescente da cidade.
Não faz o menor sentido destruir a floresta para construir hotéis em pirambeiras que seriam levados pelas primeiras chuvas torrenciais. E tem as usinas nucleares, para espantar turista.
E onde ficariam as praias, que é o forte de Cancún?
Angra, definitivamente, está mais para uma reserva marinha do que destino de banhistas em praias que não existem. Já temos as belas praias da região de Cabo Frio, Santa Catarina e o Nordeste inteiro com verão o ano todo.
Quer uma Cancún brasileira?
Que tal usar os 48 km da Restinga da Marambaia, que é utilizada pelas Forças Armadas para testes de material bélico?
Obs.:
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