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O verdadeiro holocausto brasileiro
Félix Maier
Existe, atualmente, um verdadeiro holocausto no
Brasil. Não me refiro ao livro de Daniela
Arbex, que trata dos horrores ocorridos em um hospício mineiro, onde mais de
60.000 internos foram tratados, até suas mortes, como animais em um verdadeiro
campo de concentração nazista. Refiro-me aos cerca de 60.000 brasileiros que são
mortos todos os anos em acidentes rodoviários e outro tanto que são assassinados.
Os números aqui apresentados são arredondados para
60.000. Não se trata de chutometria, mas da constatação, p. ex., de que muitas
mortes nas estradas não são devidamente contabilizadas, pois não se leva em
conta quem morre em hospital devido a acidente rodoviário.
Isso
significa que, em 12 anos, o holocausto brasileiro se aproxima de 720.000
assassinatos. Somando outro tanto nas mortes violentas nas estradas, significa
que o governo do PT pode comemorar os 12 anos no poder com a morte violenta de
cerca de 1.440.000 brasileiros. O músico Lobão também lembra esses números, de 60.000,
em seu best seller “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”.
Os
EUA participaram da Guerra do Vietnã durante cerca de 8 anos, a qual tirou a
vida de 58.198 norte-americanos. Somando os mortos anuais por assassinatos e em
decorrência de acidentes automobilísticos, a guerra civil brasileira é duas
vezes mais violenta que o Vietnã – considerando os mortos dos EUA como um todo,
já que a média anual dos mortos americanos foi de um pouco mais de 7.000, cerca
de 8 vezes menos violenta que a nossa guerra civil não declarada.
A Secretaria de Direitos Humanos, fazendo eco ao
embuste esquerdista, lamenta os cerca de 400 “desaparecidos políticos” durante o
governo militar – na verdade, a maioria deles era simplesmente terrorista. No
entanto, aquele antro esquerdista não mostra nenhuma emoção, nem revolta, pelos
cerca de 50.000 brasileiros que desaparecem todos os anos no Brasil, como
noticiou o Jornal Nacional do dia 24/5/2012. Só no pequeno
Distrito Federal, mais de 3 pessoas desaparecem todos os dias.
Com o aborto, todo ano são assassinados cerca de
1.200.000 nascituros no Brasil. Em 10 anos, são 2 holocaustos judeus! E o PT e
assemelhados ainda querem legalizar o aborto indiscriminado, para multiplicar
essas mortes. Todo defensor do aborto deveria ter sido abortado
espontaneamente. Assim, não estaria aí para promover o assassinato do mais
frágil ser humano que existe, o ser humano em gestação, que tem direito ao mais
fundamental de todos os direitos: a vida.
Não bastasse essa violência avassaladora, o Brasil
é campeão mundial em violência
contra professores. Nas escolas, o desrespeito é total. Um rapper poderia resumir assim a situação:
“Não atirei o pau no gato,
Mas fiz
bullying contra meu colega Down,
Dei um tapa no fessô,
Uma pernada na fessora,
E um teco no diretor com meu trezoitão...”
Para completar a desgraça, o Brasil é vice-campeão
em violência contra os jovens
– 12% das mortes no planeta ocorrem aqui. Que futuro nosso País deseja?
Por que existe toda essa violência no Brasil, que
tem 11 das 30
cidades mais violentas do mundo?
A palavra é uma só: impunidade. As leis são frouxas
para crimes hediondos, em que o condenado a 30 anos de reclusão fica preso no
máximo 5 anos, devido ao criminoso sistema de progressão da pena. Até parece
que as leis brasileiras foram feitas por vagabundos para beneficiar vagabundos.
É preciso reformular essas leis nefandas com a máxima urgência, de modo que o
preso que comete crime hediondo pague integralmente sua pena atrás das grades.
E que seja obrigado a trabalhar, para merecer o que come.
O Brasil ostenta outro título nefando, o país em
que mais se matam policiais no mundo, configurando um extermínio sistemático.
Não há nenhuma comoção das autoridades e dos órgãos de Direitos Humanos a
respeito desse assunto. No entanto, se um bandido mirim é morto por um policial,
logo aparecem a OAB e inúmeras organizações de “direitos dos manos” exigindo
punição, ônibus são incendiados, lojas assaltadas e depredadas, escolas
fechadas, o comércio institui dia de feriado forçado. Em 2012, pelo menos 100
policiais foram mortos em São
Paulo. Não consta que o governador Geraldo Alckmin tenha comparecido a um
funeral sequer. Neste ano de 2014, já são 105 policiais mortos no Rio
de Janeiro. Também não consta que Sérgio Cabral ou seu substituto Luiz
Fernando Pezão tenham ido a um desses funerais. Para eles, militar é mera bucha
de canhão. Só merece levar chumbo no lombo. Se quem nos defende dos marginais é
caçado e morto como porco imundo, a quem vamos recorrer para defender nossas
vidas, se nem uma arma temos o direito de portar?
Outro incentivo à bandidagem que tomou conta do
Brasil é a menoridade penal. O candidato derrotado na campanha presidencial,
Aécio Neves, prometia diminuir a idade de 18 para 16 anos. É pouco. A redução
deveria ser para 14 anos. Se pode engravidar uma moça com a idade de 14 anos,
esse rapaz já é, de fato, um adulto, e deve responder por seus atos – todos os
atos -, e não ser tratado como um criança, como um inimputável. É comum ver
situações em que menores de idade são cooptados pelos criminosos, para que
assumam assassinatos, mesmo que não tenham cometido, pois todos sabem que os
bandidos mirins ficarão no máximo três anos presos. A atual situação da
menoridade penal só atende aos bandidos – seja os do morro, seja os dos
gabinetes refrigerados das autoridades que não têm interesse em mexer no
assunto, como é o caso do PT.
O Estatuto do Desarmamento foi outra inovação do
governo petista, para alegria da criminalidade e para atender seu instinto
totalitário, que é monitorar e, depois, sequestrar as armas dos cidadãos, para
implantar o comunismo no País. As pessoas de bem não têm o direito de defender
sua vida, sua casa, sua família com uma arma na mão. Foram criadas tantas
restrições que, na prática, o brasileiro é impedido de comprar uma arma. Ter um
porte de arma é ainda mais difícil, além de custar uma pequena fortuna. No
entanto, os bandidos estão cada vez mais bem armados, o governo nada faz, de
modo que a situação foi invertida: hoje, os vagabundos, em vez de estarem
presos, tomam conta das ruas, enquanto o cidadão comum se tranca em casa atrás
de grades e muros cada vez mais altos, privando-se do elementar direito de ir e
vir.
Vale lembrar que os EUA, um povo altamente armado,
têm 4 assassinatos por 100 mil habitantes, enquanto que o desarmado Brasil tem
25 assassinatos para o mesmo grupo de habitantes. Isso prova que a posse
de arma torna as pessoas mais seguras.
A criação das Unidades de Polícia Pacificadora
(UPPs), no Rio de Janeiro, é um embuste total. Em vez de cercar os morros e
prender os bandidos e apreender armas e drogas, a Secretaria de Segurança
avisa, com alguma antecedência, qual morro será tomado pela polícia e
“pacificado” pela UPP, dando tempo para os traficantes fugir e abrir negócio em
outros bairros, ampliando ainda mais sua nefasta ação sobre a sociedade. Alguém
já apelidou tais ações como “operação espalha-bandido”. Fortalecidos em outros
bairros da capital fluminense, ou em outras cidades, como Macaé – até pouco
tempo uma cidade relativamente pacata -, os traficantes estão voltando para
retomar os morros cariocas. Daí os constantes tiroteios, que tiram a vida de
inocentes e de muitos policiais. E tem gente que classifica esse embuste como
modelo para ser adotado em todo o Brasil.
Com Aécio Neves, havia uma tênue esperança de que a
questão da Segurança Pública seria finalmente levada a sério no País. Com a
reeleição de Dilma Rousseff, é certo que nada será modificado. Continuarão as
medidas paliativas, para inglês ver, como o cinturão de segurança precariamente
feito em volta dos estádios de futebol durante a Copa de 2014, para segurança
de turistas, assim como será feito durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em
2016. É certo que depois desses megaeventos tudo voltará ao normal, com
liberdade maior para traficantes e incursões esporádicas da polícia nos morros.
Com o PT no governo por pelo menos mais quatro anos,
é certo que o holocausto brasileiro será ainda mais horrendo. Estarão
garantidas as mortes de mais 480.000 cidadãos brasileiros, incluindo os que
morrerão nas estradas e que serão assassinados. E haverá mais 200.000
desaparecidos nesse mesmo período. Lula promete voltar em 2018, de modo que
essa desgraça nacional não termine nunca.