MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Filme bom é filme de bandido - Por Félix Maier

Filme bom é filme de bandido 

Félix Maier

30/06/2021 

Wagner Moura, Petra Costa e outros artistas perderam oportunidade única para mostrar ao mundo o lado do Brasil que gostam de filmar, o lado da barbárie contra mocinhos inocentes, que usam guarda-chuvas para se defender das balas dos policiais, como visto na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, em que 29 anjinhos tiveram o CPF cancelado, para desgosto da esquerda caviar e de organizações de direitos humanos dos “injustiçados sociais”. 

Mas isso é uma questão de tempo. Cineasta brasileiro gosta de um bom filme sobre bandido. Ficaram eternizados na história brasileira filmes como O Bandido da Luz Vermelha, dirigido pelo meu conterrâneo de Joaçaba, SC, Rogério Sganzerla; Lampião e Maria Bonita; O Cangaceiro; Assalto ao Trem Pagador; Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia; Baile Perfumado; Os Matadores: O que é isso, Companheiro?; Barra 68; Pixote, a Lei do Mais Fraco; Carandiru; Tropa de Elite I e II; Ônibus 174; Cidade de Deus; Ação entre Amigos; Olga; Lamarca; Alemão; Marighella; Bacurau. 

A propósito, o diretor Wagner Moura trouxe um Marighella negro para as telas. Teria havido alguma exigência de “cota racista” para liberar verba do Fundo Setorial de Cinema, especialmente da Condecine? 

Que o Brasil é um país onde a impunidade é a regra e bandidos são tratados como “injustiçados sociais”, até Hollywood sabe disso. Muitos filmes americanos que tratam de roubo a bancos, museus ou joalherias acabam com os bandidos tomando sol nas praias cariocas. 

O famoso ladrão inglês Ronald Biggs também deveria saber disso. Depois de assaltar um trem-pagador em seu país, refugiou-se no Rio de Janeiro, onde tratou de arranjar mulher para fazer um filho, para não ser extraditado, e passar a ostentar com garbo uma camisa com os dizeres Prisoner of Rio, depois que um filme de mesmo nome foi dirigido por Lech Majewski sobre o “assalto do século XX”. Paparicado pela sociedade carioca, Biggs escreveu um livro, Odd Man Out: My Life on Loose and the Truth About the Great Train Robbery. Seu filho, Michael Biggs, fez parte do grupo que gravou o disco Balão Mágico, onde atuava junto com a cantora Simony e Jairzinho, filho do cantor Jair Rodrigues. 

A cineasta Petra Costa, no documentário Democracia em Vertigem, que foi indicado para concorrer ao Oscar em 2020, faz uma defesa apaixonada da ascensão da esquerda no País e do maior ladravaz da história do Brasil, Lula da Silva, e do “golpe” sofrido por Dilma. A embusteira também faz referência ao governo Bolsonaro como o ressurgimento do fascismo. Ela faz parte dos verdadeiros terraplanistas, que acreditam que Lula é inocente, que Dilma sofreu golpe e que Bolsonaro é fascista. 

Lázaro Barbosa, o bandido que aterrorizou a Bahia, o Distrito Federal e Goiás, é a mais nova deixa para que produtores e diretores de filmes comecem a trabalhar rápido, para eternizar mais um marginal na história do cinema nacional. 

E aí, Wagner Moura, Petra Costa e Kleber Mendonça Filho, vocês já têm alguém escrevendo o script?

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