| 14 Setembro 2013
Internacional - América Latina
O
dia 11 de setembro de cada ano é sempre lembrado pelas esquerdas do
mundo inteiro como o dia do “martírio” de Salvador Allende. (O 11 de
setembro de 2001 será também lembrado pela mesma esquerda como o ataque
bem sucedido contra o coração financeiro do capitalismo americano, com a
derrubada das duas torres gêmeas do World Trade Center.) Em seu
maniqueísmo vesgo e primário, o 11 de setembro é lembrado como o dia em
que o “bem” foi vencido pelo “mal”. No caso, o “mal” sendo encarnado
pelas Forças Armadas do Chile, com Augusto Pinochet à frente. Esse o
motivo de Pinochet estar sendo demonizado até hoje pelos comunistas e
socialistas do Chile, e pelo juiz Baltasar Garzón, ex-deputado
socialista espanhol, o qual começou a caçada a Pinochet em Londres.
Devido a essa perseguição, Pinochet respondeu, até sua morte, em 2006, a
mais de duas centenas de processos no Chile e em outros países,
enquanto muitos líderes assassinos da esquerda mundial andam leves e
fagueiros pelo mundo sem que nada lhes aconteça – a começar por Fidel
Castro –, já que têm garantido as bênçãos e a defesa do juiz Garzón e de
toda a corja que o segue nessa campanha revanchista. Internacional - América Latina
As esquerdas até hoje não aceitam a derrubada de um mito que haviam criado para si: nenhum país socialista jamais foi derrubado por forças “reacionárias”. No Chile, esse mito ruiu no dia 11 de setembro de 1973, quando o governo socialista de Allende foi para o beleléu.
Mas, afinal, que governo foi esse implementado no Chile por Salvador Allende? A leitura de alguns livros básicos, como o Libro Blanco e Chile: Objetivo del Terrorismo, nos ajudam a elucidar o que foram os anos do governo Allende, de 1970 a 1973, ou seja, a preparação do Chile para um governo comunista. E os “anos da matraca” que se seguiram após o contragolpe de Pinochet. Os fatos e os números apresentados abaixo são contundentes, desmascarando totalmente a mitologia difundida pelas esquerdas, que sempre posaram de vítimas “frágeis” frente à propalada “ferocidade” de Pinochet. Felizmente, para a população chilena, o sonho do Kerensky dos Andes foi abortado pela reação firme das Forças Armadas, com total apoio de sua população. O mais é mitologia latino-americana que a esquerda escreve nos jornais e ensina nas escolas.
GAP
Os Grupos de Amigos Personales (GAP) eram a guarda pretoriana de Salvador Allende. Antes de Allende, os Carabineiros faziam a segurança da guarda do Presidente. Contra todas as leis do país, os GAP passaram a constituir uma Força Armada, incluindo agentes e espiões cubanos, que seria a base do “Exército Popular” que os marxistas estavam formando com as brigadas “Ramona Parra” (do PC), “Elmo Catalán” (do PS) e o “MCR” (do MIR). “Entre os seguranças que protegiam as residências de Allende, havia cubanos, argentinos radicais membros dos montoneros e uruguaios do grupo tupamaro, todos terroristas. Os treinamentos do GAP ocorriam nas propriedades do presidente com instrutores cubanos” (NARLOCH, 2011: 267). Sem formação profissional, sem disciplina e sem responsabilidade, os GAP tinham impunidade para assaltar, tomar reféns e assassinar - inclusive próprios companheiros. A organização do “Exército Popular” acelerou-se com a formação dos “Cordões industriais”, organização paramilitar composta por operários e camponeses marxistas das indústrias estatizadas.
MIR
O Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR) foi criado em 1965, com a meta de alcançar o poder político via luta armada. Participou do governo Allende, para implantação do comunismo. O sociólogo brasileiro Emir Simão Sader foi “militante” do MIR. Em 1989, o MIR participou do sequestro do empresário brasileiro Abílio Diniz, junto com a FPL de El Salvador. Os terroristas foram presos e receberam visita de solidariedade de notórios petistas, com as bênçãos de D. Paulo Evaristo Arns. Na República Federativa dos Bandidos, eles não poderiam ficar muito tempo presos e foram soltos alguns anos depois.
Frente Manuel Rodrigues
O Grupo terrorista Frente Manuel Rodrigues era chamado de hijo natural del Partido Comunista. O mesmo que Frente Patriótica Manuel Rodriguez. Braço armado do Partido Comunista do Chile, a FMR iniciou as atividades terroristas em 14/12/1983, com explosões em vários pontos de Santiago e interferências radiofônicas. O nome advém do herói da independência do país contra a Espanha. Desde 1987, a FMR dividiu-se nas seguintes facções: Frente Manuel Rodriguez - Autónomo, Movimiento Manuel Rodriguez, Ejército de Liberación Nacional e Destacamento Raul Pellegrin.
A FMR utilizava empresas de fachada, como pesqueiros (Chompalhue, Astrid Sue) e viveiros flutuantes de pescado para contrabandear armas, explosivos e munições para o Chile, ao custo de 25 milhões de dólares, repassados por Cuba e Nicarágua ao PC chileno e FMR, dinheiro esse oriundo de países que fomentavam o terror, como URSS, Alemanha Oriental, Bulgária e Líbia.
Os arsenais de guerra encontrados em agosto de 1986 em poder da FMR foram os maiores já vistos na América Latina. Locais dos arsenais: Carrizal (o maior de todos), Palo Negro, mina abandonada de Cerro Blanco, Paine, Pintana (Santiago) e periferia de Santiago (Calle Tucapel no. 1635). Entre 6 e 21 de agosto, foram encontrados: 3.118 Fz NA M-16, 114 Lç foguete antiblindagem soviéticos RPG-7, 102 Fz de assalto belgas FAL, 6 Mtr NA M-60, 167 foguetes antiblindagem NA LAW, 5 Fz Lç Gr M-79, 1 escopeta de repetição cal 12, 1.959.512 car para Fz M-16, 4.205 car para FAL, 2.700 car para Mtr M-60, 965 car para Fz AKA, 1.979 granadas de mão soviéticas, 1.859 bombas para Mrt M-79, 2.204 kg de TNT em cubos, 796 kg de explosivos plástico T-4, 100 rolos de estopim, 4.700 detonadores, 10.140 “tirafrictores” para cargas explosivas, 1.514 carregadores sobressalentes para Fz M-16, 521 carregadores sobressalentes para FAL, 716 cargas de projeção para RPG-7 e 54 cargas de projeção para Mrt 81 mm - além de barcos, veículos, botes de borracha, equipamentos de comunicações e material de campanha (Cfr. LONFAT, 1988: 55).
No dia 7/9/1986, a FMR promoveu atentado contra o presidente Augusto Pinochet, que escapou ileso. Na ocasião, morreram 5 militares, e 7 militares e 1 detetive ficaram feridos - todos da comitiva presidencial. Em 1993, promoveu dois atentados à bomba a lojas da McDonald’s e uma tentativa de ataque a bomba a uma lanchonete Kentucky.
A FPMR fez, no Brasil, pelo menos 3 assembleias anuais clandestinas, que ocorreram em algum dos três Estados do Sul, em 1990, 1992 e 1994.
O chileno Maurício Hernández Norambuena comandou o sequestro do publicitário brasileiro Washington Olivetto, ocorrido no dia 11/12/2001, e foi preso com mais 5 comparsas em São Paulo. Norambuena foi um dos dirigentes da FPMR, é acusado de ter sido um dos atiradores no atentado ao general Pinochet e de ter planejado o assassinato de vários agentes chilenos, como Roberto Fuentes Morrison. Atualmente, Norambuena é um dos chefes da Frente Patriótica/Dissidentes (FPMR/D). Condenado no Chile à prisão perpétua, pelo sequestro e assassinato do Senador Jaime Guzmán, Norambuena fugiu de um helicóptero do presídio de segurança máxima de Santiago, o CAS (Cárcel de Alta Seguridad). A operação foi batizada no Chile como a “fuga do século”. Outros três “frentistas” fugiram na operação: Ricardo Palma Salamanca, Patrício Ortiz Montenegro e Pablo Muñoz Hoffmann. Entre os 10 foragidos do Caso Abílio Diniz (sequestro, realizado por integrantes do MIR em 1989), havia membros da FPMR.
A FPMR também é acusada de ser responsável pelos sequestros do banqueiro Beltran Martinez, do Bradesco, em 1986, e do publicitário Luiz Sales, em 31/7/1989, sequestrado durante 65 dias e libertado após o pagamento de US$ 2,5 milhões. No dia 8/12/1992, foi sequestrado o publicitário Geraldo Alonso Filho, solto após 36 dias e o pagamento de US$ 3 milhões. A FPMR edita a revista trimestral El Rodriguista e tem um site, www.fpmr.org.
Libro Blanco
O Libro Blanco del Cambio de Gobierno en Chile, de 11 de setembro de 1973, foi impresso e editado por Editorial Lord Cochrane, S.A., Santiago, Chile. O livro documenta toda a prática revolucionária ocorrida no Chile, sob o governo de Salvador Allende (1970-1973), que preparava um autogolpe para implantar o socialismo no país, já que havia conquistado apenas 36,5% dos votos e não detinha controle sobre o Congresso, a Justiça e as Forças Armadas;
documenta
a estreita ligação de Allende com o regime de Fidel Castro, as escolas
de guerrilhas no país (há uma foto em que Allende faz treinamento de
tiro com uma metralhadora .30 em sua residência oficial de El Cañaveral - um centro de guerrilha -, escudado por um “conselheiro” ou guerrilheiro cubano);
documenta
a política de “expropriação” de fazendas e indústrias (no final do
governo Allende, 80% da economia do país estava nas mãos do Estado);
documenta
a ligação de Allende com a UP, o MIR, o MAPU, o Partido Comunista e o
Partido Socialista, libertando, logo que assumiu a Presidência, líderes
do MIR: Luciano Cruz, Miguel e Edgardo Enriquez, Bautista Van Schouwen,
Humberto Sotomayor, Sergio Zorrilla, Joel Marambio e Andrés Pascal
Allende (sobrinho do ex-presidente Allende, filho de sua irmã e
ex-Deputada socialista, Laura Allende), que haviam sido presos por atos
de violência e delitos comuns (principalmente roubos a bancos),
cometidos no governo anterior;
documenta
que os responsáveis pelas escolas de guerrilhas de Guayacán (Santiago) e
Chaihuín (Valdivia), presos no governo anterior, foram soltos, e que um
dos guerrilheiros, Adrián Vasquez, ocupou de imediato a
vice-presidência do INDAP (Instituto de Desarrollo Agropecuario) e
outro, Rolando Calderón, chegou a ser Ministro da Agricultura de
Allende em 1972 e ocupou importantes cargos em seu Partido e na CUT (Central Única de Trabajadores);
documenta
que uma das filhas de um sobrinho de Allende, líder do MIR, casou-se
com graduado membro da embaixada cubana, Luís de Ona, que era
responsável pelo Escritório de Havana para a coordenação da expedição de
Che Guevara à Bolívia;
documenta que no período de 1/11/1970 a 5/4/1972, 1.767 fazendas foram “expropriadas” por bandos armados do MIR;
documenta
que as principais minas de cobre foram controladas pelo Partido
Comunista (Mina de Chuquicamata, na Província de Antofagasta - maior
mina de cobre a céu aberto do mundo; e a Mina El Teniente, na Província
de O’Higgins - a maior mina de cobre subterrânea do mundo);
documenta
que após o contragolpe de Pinochet foram encontradas vultosas somas de
dinheiro com ministros de Allende, e que entre 1970 e 1973 o Chile se
tornou o principal fornecedor de cocaína da América do Sul;
documenta
que antes do contragolpe de 1973 aproximadamente 100 pessoas perderam a
vida durante o governo Allende em seu nada pacífico “caminho chileno
para o socialismo”;
documenta
que no início do Governo Allende 1 dólar equivalia a 20 escudos e que
em agosto de 1973, 1 dólar equivalia a 2.500 escudos - uma inflação de
mais ou menos 12.000% no período; em 1972, a economia chilena estava em
ruínas, dos 3.000 produtos domésticos básicos, mais de 2.500 não estavam
disponíveis; em janeiro de 1973 começou um racionamento, as filas eram
tão grandes que impediam o povo a ir ao trabalho; em 7/9/1973 (4 dias
antes do contragolpe militar), Allende anunciou publicamente que havia
farinha para pão somente para mais 3 dias;
documenta
o ingresso de estrangeiros extremistas no país, calculado entre 10.000 e
15.000, muitos dos quais ocuparam cargos em empresas estatais, outros
engajaram-se em diversos tipos de atividades revolucionárias, sob a
proteção do serviço de investigação estatal; muitos destes foram mortos
em ações de roubos ou se mataram com seus próprios explosivos; entre
estes, havia asilados ou refugiados vindos do Brasil, Uruguai,
Argentina, Peru, São Domingos, Nicarágua, Honduras etc.; “estudantes” ou
“técnicos” vindos de empresas estatizadas da URSS, Tchecoslováquia,
Alemanha Oriental; e “diplomatas” cubanos e norte-coreanos;
documenta
o contrabando de armamento, adquirido em “viagens internacionais” do
presidente Allende, principalmente com a ajuda da empresa aérea estatal Lan, sem fiscalização da aduana no retorno ao país;
documenta os comandos comunales, agrupamento territorial de organismos revolucionários, e os cordones industriales,
redes de trabalhadores de indústrias usurpadas ou estatizadas por
Allende, também com base territorial para a violência política;
documenta
que em agosto de 1973, 1 mês antes do contragolpe de Pinochet, Fidel
Castro mandou ao Chile dois de seus maiores “especialistas” em
organização de violência política: o 1º ministro-substituto, Carlos
Rafael Rodriguez, e o chefe da temida polícia secreta, Manuel Piñero, o
“Barbarroxa”, com a seguinte carta (tradução do capitão José Acácio
Santos da Rocha, ex-auxiliar do adido do Exército Brasileiro no Chile):
Havana, 29 de julho de 1973
Querido Salvador
Com
o pretexto de discutir contigo questões referentes à reunião de países
não-alinhados, Carlos e Piñero realizam uma viagem para aí. O objetivo
real é informar-se contigo sobre a situação e oferecer-te, como sempre,
nossa disposição de cooperar frente às dificuldades e perigos que
obstaculizam e ameaçam o processo. A estada deles será muito breve,
porquanto têm aqui muitas obrigações pendentes e, não sem sacrificar
seus trabalhos, decidimos que fizessem a viagem.
Vejo que estão, agora, na delicada questão do diálogo com a D. C. [Democracia Cristã]
em meio aos graves acontecimentos, como o brutal assassinato de seu
ajudante-de-ordens naval e a nova greve dos donos de caminhões. Imagino a
grande tensão existente devido a isso e teus desejos de ganhar tempo,
melhorar a correlação de forças para o caso de que comece a luta e, se
possível, achar um caminho que permita seguir adiante o processo
revolucionário sem guerra civil, junto com salvar tua responsabilidade
histórica por aquilo que possa ocorrer.
Estes são propósitos louváveis.
Mas,
no caso da oposição, cujas reais intenções não estamos em condições de
avaliar daqui, empenhar-se em uma política pérfida e irresponsável
exigindo um preço impossível de pagar pela Unidade Popular e a
Revolução, o qual é, inclusive, bastante provável, não esqueças, por um
segundo, da formidável força da classe trabalhadora chilena e do forte
respaldo que te ofereceram em todos os momentos difíceis; ela pode, a
teu chamado, ante a Revolução em perigo, paralisar os golpistas, manter a
adesão dos vacilantes, impor suas condições e decidir de uma vez, se
for preciso, o destino do Chile. O inimigo deve saber de que dispões do
necessário para entrar em ação. Sua força e sua combatividade podem
inclinar a balança na Capital a teu favor, inclusive, quando outras
circunstâncias sejam desfavoráveis.
Tua
decisão de defender o processo com firmeza e com honra, mesmo com o
preço da própria vida, que todos te sabem capaz de cumprir, arrastarão a
teu lado todas as forças capazes de combater e todos os homens e
mulheres dignos do Chile. Teu valor, tua serenidade e tua audácia nesta
hora histórica de tua pátria e, sobretudo, teu comando firme, decidido e
heroicamente exercido, constituem a chave da situação.
Faz Carlos e Manuel saberem em que podem cooperar teus leais amigos cubanos.
Te reitero o carinho e a ilimitada confiança de nosso povo.
Fraternalmente,
Fidel Castro
O Libro Blanco
documenta o “Plano Z” para a tomada do poder, onde constavam três
hipóteses de ação revolucionária (Z-A: início do autogolpe para impor a
ditadura do proletariado; Z-B: morte de Allende em atentado; e Z-C:
invasão externa com tolerância ou cumplicidade das Forças Armadas); o
emprego de forças populares, princípios básicos para desencadear o
plano: assassinato do Alto Comando das unidades das Forças Armadas (no
dia da Independência do país, haveria um banquete oferecido ao Alto
Comando, ocasião em que os chefes militares seriam assassinados pelo GAP
- a guarda pretoriana de Allende), controle das unidades militares com
auxílio de oficiais esquerdistas infiltrados, controle das estações de
telecomunicações, de rodovias, ferrovias e aeronaves com destino aos
aeroportos de Santiago, Valparaíso, Concepción e Antofagasta, ocupação e
defesa de centros estratégicos, além da busca, prisão e aniquilamento
de todos os focos de resistência; documenta que Cuba foi o principal fornecedor de armamento a Allende, que o “presente” de Fidel Castro encontrado no apartamento do Diretor do Serviço de Investigação, Eduardo “Coco” Paredes, superava uma tonelada de armamento sofisticado e munição; além do contrabando, o arsenal era aumentado com roubo de armamento do Exército e outras fontes, e guardados em local oficial “seguro”, como as residências oficiais do Presidente ou distribuídas a grupos paramilitares;
documenta a enorme quantidade de armamento apreendida na residência oficial de El Cañaveral e no Palácio de La Moneda, a saber: 147 fuzis semi-automáticos, 10 carabinas semi-automáticas, 10 carabinas Mauser, 1 carabina Winchester, 54 pistolas automáticas, 13 rifles, 28 pistolas semi-automáticas, 11 revólveres, 2 pistolas para disparo de bombas de gás lacrimogêneo, 3 metralhadoras, 9 lançadores de foguetes (modelo soviético), 2 canhões sem recuo, 1 morteiro, 58 baionetas para fuzis, 58 granadas de mão, 625 bombas caseiras, 832 bombas com alto poder explosivo, 68 lança-granadas, 236 minas antitanque, 432 bombas de gás lacrimogêneo, 12 lança-gás paralisante (tipo spray), 25.000 detonadores elétricos, 1.500 detonadores a mecha, 22.000 metros de estopim, 3.600 m de cordão detonante, 625 kg de cloreto de potássio, 50 caixas de dinamite, 250 kg de TNT, 750 coquetéis molotov, 230 litros de éter sulfúrico (elemento incendiário), mais de 80.000 carregadores de todos os tipos, e outros tipos de equipamentos.
Rendido no palácio de La Moneda, Allende concordou em sair com as filhas, porém elas saíram primeiro, ocasião em que Allende teria se suicidado com um tiro debaixo do queixo com uma metralhadora presenteada por seu amigo Fidel Castro; tal fato teria sido presenciado por seu médico particular, Patricio Guijon Klein.
Sem o apoio da massa de trabalhadores, paramilitares estrangeiros extremistas organizaram sua própria revolta contra o novo governo militar; depois de alguns meses, 1.261 pessoas perderam a vida (sendo 82 membros das Forças Armadas). Apesar do apoio cubano - confirmado por Fidel Castro mais tarde em um comício-show -, a esquerda foi severamente derrotada, já que não teve apoio popular.
Dado que 2.279 pessoas (incluindo 254 vítimas do terrorismo de esquerda) devam ter sido mortas em todo o período de 17 anos de regime militar, a metade dessas mortes ocorreram na curta guerra civil após a queda de Allende, não na subsequente “repressão”. Leia o texto de Robin Harris, A Tale of two Chileans: Pinochet and Allende (http://blogs.middlebury.edu/modernlatinamericaspring2012/files/2010/02/harris.pdf ), que discorre sobre o conteúdo do Libro Blanco.
Em 2011, o corpo de Allende foi exumado e não se chegou a uma conclusão, se teria se suicidado ou se foi executado. O espião cubano Juan Vivés, pseudônimo de Andrés Alfaya, no livro El Magnífico - 20 ans au service secret de Castro, afirma que Allende foi morto por guarda-costas cubanos, por ordem de Fidel Castro, por julgá-lo fraco e querer se refugiar na embaixada da Suécia - cfr. http://www.jornalopcao.com.br/colunas/contraponto/livro-de-espiao-cubano-mostra-padres-da-teologia-da-libertacao-a-servico-de-fidel-castro. Com esse embuste, Fidel conseguiu criar mais um mito esquerdista, um “mártir” da causa comunista.
Notas:
NARLOCH, Leandro; TEIXEIRA, Duda. Guia politicamente incorreto da América Latina. Leya, São Paulo, 2011.
LONFAT, Pedro Varas. Chile: Objetivo del Terrorismo. TT. GG. Instituto Geográfico Militar, Chile, 1988.
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