COBERTURA ESPECIAL - GUERRA HIBRIDA BRASIL - INTELIGÊNCIA
20 de Outubro, 2019 - 21:55 ( Brasília )
Grupo de Puebla: Nova estrutura substitui o Foro de São Paulo
para a retomada do Poder
Nova Organização da esquerda que substituiu o Foro de São Paulo
é montada para coordenar uma Guerra Híbrida Continental
Nelson F Düring
Editor-Chefe DefesaNet
Nova organização da esquerda que substituiu o Foro
de São Paulo é montada para coordenar uma Guerra Híbrida Continental. Na foto,
sentados Haddad e Mercadante. Foto Grupo de Lima
Discretamente, 10 dias antes da XXV
Reunião do Foro de São Paulo, realizada em Caracas, na cidade de Puebla,
México, foi criada a nova organização, que substituiu o carcomido Foro de São
Paulo.
Criado em 1990, na cidade de São Paulo, para buscar formas de apoiar
financeiramente Cuba, após o debacle Soviético, serviu de base para que a
esquerda tomasse o poder na maioria dos países da América Latina, em especial
os mais relevantes, incluiu: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e
Venezuela.
Após a perda do poder na maioria dos países e sem fontes de financiamento, que
provinham do Chavismo com os petrodólares da Venezuela e do sistema de
corrupção montado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil a esquerda
trabalhou uma nova estrutura.
O Relatório
Otálvora, publicado neste Sábado (19OUT2019) detalha:
“De acordo com sua
primeira declaração, o Grupo de Puebla pretende "construir um novo projeto
comum, aprendendo com nossos erros e recuperando nossa vocação de maiorias e de
governo".
A escolha do local,
é icônica pois marca os 40 anos da III Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano (27JAN a 13FEV1979), realizado em Puebla de los Angeles,
México. A Conferência de Puebla teve forte influência do Cardeal
Aloisio Loscheider, arcebispo de Fortaleza, e então presidente da CNBB e
também presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano.
A Conferência de Puebla marcou a participação da igreja católica na política da
da América Latina nas próximas décadas. Realizado logo início do pontificado de
João Paulo II este pouco pode fazer para bloquear o avanço da Teologia da
Libertação. A Teologia da Libertação foi banida da Igreja Católica, em 1984.
Entre os fundadores do Grupo de Puebla há políticos da América Latina e da
Espanha:
- México -
Cuauhtémoc Cárdenas;
- Argentina - Alberto Fernández (atual candidato à presidência), Jorge Taiana e
Felipe Solá;
- Chile - Marco Enríquez-Ominami, Alejandro Navarro e José Miguel
Insulza;
- Brasil - Lula da Silva, Dilma Rousseff, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante;
- Colômbia - Ernesto Samper e Clara López;
- Paraguai - Fernando Lugo;
- Equador - Rafael Correa e Gabriela Rivadeneira;
- República Dominicana - Leonel Fernández, e .
- Espanha José Luis Rodríguez Zapatero,
Para Otálvora, o PT brasileiro, o Kirchnerismo argentino, o correismo
equatoriano e os socialistas chilenos são o centro do Grupo de Puebla.
O pesquisador venezuelano Pedro A. Urruchurtu publicou uma longa thread em sua
conta do twitter (@Urruchurtu), que vale a pena ver, publicamos alguns
pontos:
- Já ouviu sobre o Grupo de Puebla? O que é chamado de “protestos sociais”, tem intereses obscuros por trás: acabar com o Grupo de Lima/Desestabilizar a região.
- Reúne “líderes progressistas”, de mais de 10 países da América Latina e Espanha com o tema “ProgresivaMente”.
- Entre seus objetivos está a formulação de propostas progressistas baseadas em
valores democráticos, estado de direito, redistribuição de renda, inclusão
social, mudanças climáticas, um “espaço de coordenação política” para
gerar mudanças sociais, sem partidos, mas com líderes (?).
- Reafirmaram sua vocação para o diálogo e pela paz, sendo estas as
únicas saídas para a Venezuela, rechaçam a “perseguição” contra Lula da Silva,
entre outros.
- Se pronunciaram contra Duque, contra Bolsonaro, contra Lenín Moreno e tem
negado a possível ativação do TIAR no conflito venezuelano. Sua ações vão
direto contra o Grupo de Lima e o bloqueio democrático na OEA. Seu fim e
extermirnar ambos.
- Debe-se referir a este grupo e também mencionar o Foro de Sao Paulo? Muitos
percebem como substituição do Foro e o rejuvenescimento do mesmo, para
preparar o retorno da esquerda ao Poder
Aquí o grande diferencial do Grupo de
Puebla. É uma organização que está adaptada para agir em todos os campos:
publicamente, nas sombras e em especial na mídia. Os recentes “conflitos
sociais” no Equador e no Chile já mostram o perfil traçado para a organização.
No Brasil estão alinhadas as tradicionais publicações da esquerda: DCM, Brasil
247 e Carta Capital entre outros. No exterior relevantes: o espanho El Pais, a
bolivariana TeleSur e o sistema Russo de Guerra Hibrida baseado no RT e
Sputnik.
Analistas internacionais têm alertado DefesaNet que a Rússia não planeja
abandonar e menos ainda mudar o status em relação com o Venezuela.
Portanto “o Grupo de Puebla” será uma engrenagem na máquina de desinformação
(Fake News) do Kremlin na região.
Ao mesmo tempo introduz na região a GUERRA HÍBRIDA, queiram ou
não os militares, o Sistema Brasileiro de Inteligência e a catatônica Escola
Superior de Guerra (ESG).
As ações empredidas pelo Grupo de Puebla no Equador como reportados pelo Relatório
Otálvora são alarmantes:
“O objetivo de
Correa era criar mecanismos para mobilizar grupos organizados em direção às
ruas de Quito para proteger o palácio presidencial e enfrentar com violência
potenciais grupos de oposição. Desde os "centros de la Revolución
Ciudadana", Correa aspirava mobilizar mais de dez mil militantes em duas
horas.”
“Na capital equatoriana e em outras cidades, foram registradas ações de grupos
claramente organizados, desvinculados do movimento indígena, que mostravam táticas
de combate urbano em seus confrontos com policiais e órgãos militares
destacados pelo governo. Segundo a versão oficial equatoriana, os grupos
violentos estavam diretamente ligados ao correismo.”
Qualquer adaptação
cabocla de grupos criminais agindo com motivação política seria uma realidade
dantesca impossível de ser avaliada.
Fontes policiais do RJ e SP mencionam, que os grupos ligados ao tráfico, chamam
a sí mesmo como “tropa” e se portam como “paramilitares”. Funkeiros e MCs
adotam o termo em suas composições.
Surge também em um campo inédito a Justiça, incluindo o Lawfare, o uso do
sistema judicial como arma de guerra poítica e económica. O Grupo de Puebla
criou o “Consejo Latinoamericano de Justicia y Democracia” (CLAJUD), para
reestabelecer a Justiça Social e o Estado de Direito.
O protagonismo do Supremo Tribunal Federal (STF) cumpre atualmente a parte que
lhe cabe nesta nova estrutura seguindo as instruções emanadas desde o Grupo de
Puebla, via Curitiba.
Alberto Fernández,
caso eleito presidente na Argentina, será líder do grupo e por isto convocou a
próxima reunião em seu país. Assim, retirará a Argentina do Grupo de Puebla,
asumirá posições alinhadas ao México e Uruguai no caso da Venezuela e
representará a nova esquerda.
Por último como financiar uma organização tão sofisticada e drenadora de
recursos como o Grupo de Puebla?
No ítem 7 Princípios de Ação, da Declaración de
Puebla consta:
“diseñar
iniciativas efectivas para acabar con el narcotráfico, brindando seguridad y
protección a la ciudadania con políticas que promuevan la integración y la
convivencia como base para la paz social.”
O que é
evidentemente uma falácia. Logo um dos maiores obstáculos ao “Grupo de Puebla”
no momento é o Ministro Sergio Moro. Uma das felizes equações inesperadas e que
surpreendeu foi a performance do Ministro Sergio Moro como executivo e
coordenador das atividades dos órgãos policiais. Está implodindo as rotas do
narcotráfico assim como contrabando e ilícitos.
Por isso o CENTRÃO, a imprensa protegida pelo STF e áreas narcotistas do
Judiciário necessitam do urgente afastamento do Ministro Sergio Moro.
O atual governo não tem estratégias mínimas para enfrentar ao proposto pelo
Grupo de Puebla:
- Lawfare
- Guerra Híbrida
- Guerra Informacional
- Ações de Gangues criminais organizadas com objetivo político
- Entorno geográfico hostil politicamnete
- Manter ruma estratégia frente à Rússia
- Qual a posição em relação à China
Para a Declaração da Formação do Grupo de Puebla acesse:
https://www.defesanet.com.br/gi/noticia/34607/Grupo-de-Puebla---Declaracion-de-Puebla/
O site do Grupo de Puebla - http://progresivamente.org/
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Declaración de Puebla
1. (Objetivo) Los y las firmantes, reunidos en la Ciudad de Puebla-México; decidimos constituir el Grupo Progresista Latinoamericano, como un espacio de reflexión y de intercambio político en Latinoamérica. Un espacio que, respetando las preferencias partidarias de cada participante, tiene como objetivo analizar los desafíos comunes y de trazar iniciativas conjuntas, en pos del desarrollo integral de nuestros pueblos.
2. (Contexto) Nuestra región experimenta una nueva ola de gobiernos neoliberales, que insisten en promover los intereses y privilegios de una elite socioeconômica, a costillas del desarrollo de nuestros pueblos, frustrando sus posibilidades de desarrollo y bienestar social, a la vez que debilita nuestra soberania, nuestras instituciones democra?ticas, el estado de derecho, la vigencia de los derechos humanos y el ambiente.
3.(Contexto) La preocupación es aún mayor cuando se observan burdas formas de intervención judicial, mediante la deliberada manipulación de procedimientos legales, que buscan silenciar, intimidar o directamente restringir la libertad de las y los representantes populares. En definitiva, buscan la construcción de una hegemonia política a través de la exclusión de las fuerzas progresistas.
4.(Contexto) La hegemonia comunicacional ejercida por parte de las derechas, que contraponen la búsqueda de la igualdad con la legítima aspiración al crecimiento, han permitido la instalación de ideas y relatos que estimulan el individualismo, el miedo a la diversidad y a la ampliación de derechos. A lo anterior, se suma la permanente demonización de los proyectos, las organizaciones sociales y las políticas de transformación progresista, amplificando sus errores y abiertamente desinformando en cuanto a sus logros y avances.
5. (Contexto) Las nuevas tecnologías, que ofrecen un gran potencial para el crecimiento economico, la prosperidad y la sostenibilidad medioambiental, y que hace unos anos se presentaban como aliadas de los movimientos populares progresistas para reclamar derechos y en contra de las políticas neoliberales, actualmente son controladas por monopolios que amplifican los riesgos en materia de desempleo, precarización, desigualdad y generan nuevas inquietudes en términos éticos y morales.
6. (Propuesta) Ante esta situación, invitamos a las y los progresistas a construir un nuevo proyecto común que, aprendiendo de nuestros errores y recuperando nuestra vocación de mayorías y de gobierno, nos permita devolverles a nuestros pueblos la esperanza de una sociedad más justa, más solidaria, más igualitaria. Proponemos diseñar una nueva mirada, que se ajuste a los nuevos tiempos y convoque a todos los sectores de la sociedad a cuestionar el orden imperante, denunciando los intereses de la derecha, laboralizando la política a través de nuevos vínculos entre el mundo del trabajo y nuestros debates, y promoviendo las nuevas expresiones de organización social y ciudadana, que buscan la igualdad de los derechos entre hombres y mujeres, la protección del medio ambiente, la inclusión y respeto de las diversidades, una mayor transparencia y la participación de la ciudadania en la toma de decisiones.
7. (Principios de Acción) Por ello, las y los firmantes impulsaremos iniciativas conjuntas, que sienten las bases que permitan: lograr erradicar el hambre, garantizando una alimentación nutritiva, base para el desarrollo cognitivo e integral de las personas; garantizar una educación y salud pública de calidad junto con el acceso a una vivienda digna como pilares del desarrollo social; impulsar un modelo economico de crecimiento con inclusión, que supere el modelo primario agroexportador de bajo valor agregado; defender el trabajo en un escenario de disputa contra-hegemonica, reforzando y protegiendo nuestro tejido social; democratizar el acceso a la innovación y la tecnologia, para que pequeñas y medianas empresas también puedan participar en la nueva economia del conocimiento; abordar de forma integral la situación energética de la región, con acceso universal a servicios energéticos de manera sostenible; y diseñar iniciativas efectivas para acabar con el narcotráfico, brindando seguridad y protección a la ciudadania con políticas que promuevan la integración y la convivencia como base para la paz social.
8. (Metodologia) En cuanto a la metodologia para la acción conjunta proponemos: la firma de esta declaración que integra las principales líneas estratégicas que guiarán la actuación de este Grupo; el establecimiento de un mecanismo de solidaridad horizontal, de cara a los embates jurídicos, políticos o economicos que amenazan con la estabilidad de nuestros gobiernos o la dignidad y libertad de nuestros dirigentes; la creación de un espacio digital que, sumado a los encuentros presenciales, nos permita conectarnos, actualizar la información y promover el diálogo entre diversos actores sociales de manera continuada; y la creacio?n de espacios que analicen y asesoren al grupo sobre temas específicos como la ya creada Comisio?n por la Justicia y la Democracia, conformada por juristas latinoamericanos para enfrentar las embestidas de la guerra judicial.
9. (Mandato) Mandatamos a la Secretaráa Permanente de este Grupo Progresista Latinoamericano a coordinar encuentros dinamicos cada 3-6 meses que reunan personalidades del campo nacional y popular de diversos ambitos, para dar respuesta a problemas concretos y seguir contribuyendo a un nuevo compromiso progresista. Proponemos celebrar el próximo encuentro del Grupo Progresista Latinoamericano en los próximos meses en una ciudad a definir.
10. Por último, celebramos el triunfo de Andrés Manuel López Obrador y Morena en México y alentamos el triunfo de los liderazgos populares de Daniel Martínez, Evo Morales y Alberto Fernández en las próximas elecciones en Uruguay, Bolivia y Argentina respectivamente.
Firmado, en la ciudad de Puebla, a los 14 días del mes de Julio de 2019
Cuauhtémoc Cárdenas Solórzano
Karol Aída Cariola Oliva
Julián Andrés Domínguez
Marco Enríquez-Ominami
Carlos Figueroa Ibarra
Fernando Haddad
Miguel Barbosa Huerta
José Miguel Insulza Salinas
Camilo Lagos
Guillaume Long
Clara Eugenia López Obregón
Esperanza Martinez
Daniel Carlos Martínez Villamil
David Méndez Márquez
Aloizio Mercadante Oliva
Alejandro Navarro Brain
René Ortiz
Carlos Octavio Ominami Pascual
Yeidckol Polevnsky Gurwitz
Gabriela Alejandra Rivadeneira Burbano
Ernesto Samper Pizano
Felipe Carlos Solá
Carlos Sotelo García
Jorge Enrique Taiana
Carlos Alfonso Tomada
Carol Proner
Original https://progresivamente.org/2019/07/14/declaracion-de-puebla/
Fonte: https://www.defesanet.com.br/gi/noticia/34607/Grupo-de-Puebla---Declaracion-de-Puebla/
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