MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Grupo de Puebla - o novo Foro de São Paulo - Por Nelson F Düring

 COBERTURA ESPECIAL - GUERRA HIBRIDA BRASIL - INTELIGÊNCIA

20 de Outubro, 2019 - 21:55 ( Brasília )

Grupo de Puebla: Nova estrutura substitui o Foro de São Paulo para a retomada do Poder

Nova Organização da esquerda que substituiu o Foro de São Paulo é montada para coordenar uma Guerra Híbrida Continental

 

Nelson F Düring
Editor-Chefe DefesaNet

 

Nova organização da esquerda que substituiu o Foro de São Paulo é montada para coordenar uma Guerra Híbrida Continental. Na foto, sentados Haddad e Mercadante. Foto Grupo de Lima

 

Discretamente, 10 dias antes da XXV Reunião do Foro de São Paulo, realizada em Caracas, na cidade de Puebla, México, foi criada a nova organização, que substituiu o carcomido Foro de São Paulo.

Criado em 1990, na cidade de São Paulo, para buscar formas de apoiar financeiramente Cuba, após o debacle Soviético, serviu de base para que a esquerda tomasse o poder na maioria dos países da América Latina, em especial os mais relevantes, incluiu: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Venezuela.  

Após a perda do poder na maioria dos países e sem fontes de financiamento, que provinham do Chavismo com os petrodólares da Venezuela e do sistema de corrupção montado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil a esquerda trabalhou uma nova estrutura.

Relatório Otálvora, publicado neste Sábado (19OUT2019) detalha:

 

“De acordo com sua primeira declaração, o Grupo de Puebla pretende "construir um novo projeto comum, aprendendo com nossos erros e recuperando nossa vocação de maiorias e de governo".


A escolha do local, é icônica pois marca os 40 anos da III Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (27JAN a 13FEV1979), realizado em Puebla de los Angeles, México.   A Conferência de Puebla teve forte influência do Cardeal Aloisio Loscheider,  arcebispo de Fortaleza, e então presidente da CNBB e também presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano.

A Conferência de Puebla marcou a participação da igreja católica na política da da América Latina nas próximas décadas. Realizado logo início do pontificado de João Paulo II este pouco pode fazer para bloquear o avanço da Teologia da Libertação. A Teologia da Libertação foi banida da Igreja Católica, em 1984.

Entre os fundadores do Grupo de Puebla há políticos da América Latina e da Espanha:

 

- México - Cuauhtémoc Cárdenas;
- Argentina - Alberto Fernández (atual candidato à presidência), Jorge Taiana e Felipe Solá;
- Chile -  Marco Enríquez-Ominami, Alejandro Navarro e José Miguel Insulza;
- Brasil - Lula da Silva, Dilma Rousseff, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante;
- Colômbia - Ernesto Samper e Clara López;
- Paraguai -  Fernando Lugo;
- Equador  - Rafael Correa e Gabriela Rivadeneira;
- República Dominicana - Leonel Fernández, e .
- Espanha José Luis Rodríguez Zapatero,
Para Otálvora, o PT brasileiro, o Kirchnerismo argentino, o correismo equatoriano e os socialistas chilenos são o centro do Grupo de Puebla
.

 
O pesquisador venezuelano Pedro A. Urruchurtu publicou uma longa thread em sua conta do twitter (@Urruchurtu),  que vale a pena ver, publicamos alguns pontos:

- Já ouviu sobre o Grupo de Puebla? O que é chamado de “protestos sociais”, tem intereses obscuros por trás: acabar com o Grupo de Lima/Desestabilizar a região. 

-  Reúne “líderes progressistas”, de mais de 10 países da América Latina e Espanha com o tema “ProgresivaMente”.

- Entre seus objetivos está a formulação de propostas progressistas baseadas em valores democráticos, estado de direito, redistribuição de renda, inclusão social, mudanças climáticas, um “espaço de coordenação política” para gerar mudanças sociais, sem partidos, mas com líderes (?).

- Reafirmaram  sua vocação para o diálogo e pela paz, sendo estas as únicas saídas para a Venezuela, rechaçam a “perseguição” contra Lula da Silva, entre outros.

- Se pronunciaram contra Duque, contra Bolsonaro, contra Lenín Moreno e tem negado a possível ativação do TIAR no conflito venezuelano. Sua ações vão direto contra o Grupo de Lima e o bloqueio democrático na OEA. Seu fim e extermirnar ambos.

- Debe-se referir a este grupo e também mencionar o Foro de Sao Paulo? Muitos percebem como substituição do Foro e o  rejuvenescimento do mesmo, para preparar o retorno da esquerda ao Poder
 

Aquí o grande diferencial do Grupo de Puebla. É uma organização que está adaptada para agir em todos os campos: publicamente, nas sombras e em especial na mídia. Os recentes “conflitos sociais” no Equador e no Chile já mostram o perfil traçado para a organização.
 
No Brasil estão alinhadas as tradicionais publicações da esquerda: DCM, Brasil 247 e Carta Capital entre outros. No exterior relevantes: o espanho El Pais, a bolivariana TeleSur e o sistema Russo de Guerra Hibrida baseado no RT e Sputnik.

Analistas internacionais têm alertado DefesaNet que a Rússia não planeja abandonar e menos ainda mudar o status em relação com o Venezuela.  Portanto “o Grupo de Puebla” será uma engrenagem na máquina de desinformação (Fake News) do Kremlin na região.

Ao mesmo tempo introduz na região a GUERRA HÍBRIDA, queiram ou não os militares, o Sistema Brasileiro de Inteligência e a catatônica Escola Superior de Guerra (ESG).

As ações empredidas pelo Grupo de Puebla no Equador como reportados pelo Relatório Otálvora são alarmantes:

“O objetivo de Correa era criar mecanismos para mobilizar grupos organizados em direção às ruas de Quito para proteger o palácio presidencial e enfrentar com violência potenciais grupos de oposição. Desde os "centros de la Revolución Ciudadana", Correa aspirava mobilizar mais de dez mil militantes em duas horas.”

“Na capital equatoriana e em outras cidades, foram registradas ações de grupos claramente organizados, desvinculados do movimento indígena, que mostravam táticas de combate urbano em seus confrontos com policiais e órgãos militares destacados pelo governo. Segundo a versão oficial equatoriana, os grupos violentos estavam diretamente ligados ao correismo.”


Qualquer adaptação cabocla de grupos criminais agindo com motivação política seria uma realidade dantesca impossível de ser avaliada.

Fontes policiais do RJ e SP mencionam, que os grupos ligados ao tráfico, chamam a sí mesmo como “tropa” e se portam como “paramilitares”. Funkeiros e MCs adotam o termo em suas composições.

Surge também em um campo inédito a Justiça, incluindo o Lawfare, o uso do sistema judicial como arma de guerra poítica e económica. O Grupo de Puebla criou o “Consejo Latinoamericano de Justicia y Democracia” (CLAJUD), para reestabelecer a Justiça Social e o Estado de Direito.

O protagonismo do Supremo Tribunal Federal (STF) cumpre atualmente a parte que lhe cabe nesta nova estrutura seguindo as instruções emanadas desde o Grupo de Puebla, via Curitiba.


Alberto Fernández, caso eleito presidente na Argentina, será líder do grupo e por isto convocou a próxima reunião em seu país. Assim, retirará a Argentina do Grupo de Puebla, asumirá posições alinhadas ao México e Uruguai no caso da Venezuela e representará a nova esquerda.

Por último como financiar uma organização tão sofisticada e drenadora de recursos como o Grupo de Puebla?

 No ítem 7 Princípios de Ação, da
 Declaración de Puebla consta:

“diseñar iniciativas efectivas para acabar con el narcotráfico, brindando seguridad y protección a la ciudadania con políticas que promuevan la integración y la convivencia como base para la paz social.”


O que é evidentemente uma falácia. Logo um dos maiores obstáculos ao “Grupo de Puebla” no momento é o Ministro Sergio Moro. Uma das felizes equações inesperadas e que surpreendeu foi a performance do Ministro Sergio Moro como executivo e coordenador das atividades dos órgãos policiais. Está implodindo as rotas do narcotráfico assim como contrabando e ilícitos.

Por isso o CENTRÃO, a imprensa protegida pelo STF e áreas narcotistas do Judiciário necessitam do urgente afastamento do Ministro Sergio Moro.

O atual governo não tem estratégias mínimas para enfrentar ao proposto pelo Grupo de Puebla:

-  Lawfare
-  Guerra Híbrida
-  Guerra Informacional
-  Ações de Gangues criminais organizadas com objetivo político  
-  Entorno geográfico hostil politicamnete
-  Manter ruma estratégia frente à Rússia
-  Qual a posição em relação à China

 
Para a Declaração da Formação do Grupo de Puebla acesse:

https://www.defesanet.com.br/gi/noticia/34607/Grupo-de-Puebla---Declaracion-de-Puebla/ 


O site do Grupo de Puebla - http://progresivamente.org/

Matérias Relacionadas

Relatório Otálvora: As ações e movimentos para retomar as negociações Guaidó-Maduro.Grupo de Puebla substitui o Foro de São Paulo Link 

Fonte: https://www.defesanet.com.br/ghbr/noticia/34608/Grupo-de-Puebla--Nova-estrutura-substitui-o-Foro-de-Sao-Paulo-para-a-retomada-do-Poder/


Declaración de Puebla



1. (Objetivo) Los y las firmantes, reunidos en la Ciudad de Puebla-México; decidimos constituir el Grupo Progresista Latinoamericano, como un espacio de reflexión y de intercambio político en Latinoamérica. Un espacio que, respetando las preferencias partidarias de cada participante, tiene como objetivo analizar los desafíos comunes y de trazar iniciativas conjuntas, en pos del desarrollo integral de nuestros pueblos.

2. (Contexto) Nuestra región experimenta una nueva ola de gobiernos neoliberales, que insisten en promover los intereses y privilegios de una elite socioeconômica, a costillas del desarrollo de nuestros pueblos, frustrando sus posibilidades de desarrollo y bienestar social, a la vez que debilita nuestra soberania, nuestras instituciones democra?ticas, el estado de derecho, la vigencia de los derechos humanos y el ambiente.

3.(Contexto) La preocupación es aún mayor cuando se observan burdas formas de intervención judicial, mediante la deliberada manipulación de procedimientos legales, que buscan silenciar, intimidar o directamente restringir la libertad de las y los representantes populares. En definitiva, buscan la construcción de una hegemonia política a través de la exclusión de las fuerzas progresistas.

4.(Contexto) La hegemonia comunicacional ejercida por parte de las derechas, que contraponen la búsqueda de la igualdad con la legítima aspiración al crecimiento, han permitido la instalación de ideas y relatos que estimulan el individualismo, el miedo a la diversidad y a la ampliación de derechos. A lo anterior, se suma la permanente demonización de los proyectos, las organizaciones sociales y las políticas de transformación progresista, amplificando sus errores y abiertamente desinformando en cuanto a sus logros y avances.

5. (Contexto) Las nuevas tecnologías, que ofrecen un gran potencial para el crecimiento economico, la prosperidad y la sostenibilidad medioambiental, y que hace unos anos se presentaban como aliadas de los movimientos populares progresistas para reclamar derechos y en contra de las políticas neoliberales, actualmente son controladas por monopolios que amplifican los riesgos en materia de desempleo, precarización, desigualdad y generan nuevas inquietudes en términos éticos y morales.

6. (Propuesta) Ante esta situación, invitamos a las y los progresistas a construir un nuevo proyecto común que, aprendiendo de nuestros errores y recuperando nuestra vocación de mayorías y de gobierno, nos permita devolverles a nuestros pueblos la esperanza de una sociedad más justa, más solidaria, más igualitaria. Proponemos diseñar una nueva mirada, que se ajuste a los nuevos tiempos y convoque a todos los sectores de la sociedad a cuestionar el orden imperante, denunciando los intereses de la derecha, laboralizando la política a través de nuevos vínculos entre el mundo del trabajo y nuestros debates, y promoviendo las nuevas expresiones de organización social y ciudadana, que buscan la igualdad de los derechos entre hombres y mujeres, la protección del medio ambiente, la inclusión y respeto de las diversidades, una mayor transparencia y la participación de la ciudadania en la toma de decisiones.

7. (Principios de Acción) Por ello, las y los firmantes impulsaremos iniciativas conjuntas, que sienten las bases que permitan: lograr erradicar el hambre, garantizando una alimentación nutritiva, base para el desarrollo cognitivo e integral de las personas; garantizar una educación y salud pública de calidad junto con el acceso a una vivienda digna como pilares del desarrollo social; impulsar un modelo economico de crecimiento con inclusión, que supere el modelo primario agroexportador de bajo valor agregado; defender el trabajo en un escenario de disputa contra-hegemonica, reforzando y protegiendo nuestro tejido social; democratizar el acceso a la innovación y la tecnologia, para que pequeñas y medianas empresas también puedan participar en la nueva economia del conocimiento; abordar de forma integral la situación energética de la región, con acceso universal a servicios energéticos de manera sostenible; y diseñar iniciativas efectivas para acabar con el narcotráfico, brindando seguridad y protección a la ciudadania con políticas que promuevan la integración y la convivencia como base para la paz social.

8. (Metodologia) En cuanto a la metodologia para la acción conjunta proponemos: la firma de esta declaración que integra las principales líneas estratégicas que guiarán la actuación de este Grupo; el establecimiento de un mecanismo de solidaridad horizontal, de cara a los embates jurídicos, políticos o economicos que amenazan con la estabilidad de nuestros gobiernos o la dignidad y libertad de nuestros dirigentes; la creación de un espacio digital que, sumado a los encuentros presenciales, nos permita conectarnos, actualizar la información y promover el diálogo entre diversos actores sociales de manera continuada; y la creacio?n de espacios que analicen y asesoren al grupo sobre temas específicos como la ya creada Comisio?n por la Justicia y la Democracia, conformada por juristas latinoamericanos para enfrentar las embestidas de la guerra judicial.

9. (Mandato) Mandatamos a la Secretaráa Permanente de este Grupo Progresista Latinoamericano a coordinar encuentros dinamicos cada 3-6 meses que reunan personalidades del campo nacional y popular de diversos ambitos, para dar respuesta a problemas concretos y seguir contribuyendo a un nuevo compromiso progresista. Proponemos celebrar el próximo encuentro del Grupo Progresista Latinoamericano en los próximos meses en una ciudad a definir.

10. Por último, celebramos el triunfo de Andrés Manuel López Obrador y Morena en México y alentamos el triunfo de los liderazgos populares de Daniel Martínez, Evo Morales y Alberto Fernández en las próximas elecciones en Uruguay, Bolivia y Argentina respectivamente.

 

Firmado, en la ciudad de Puebla, a los 14 días del mes de Julio de 2019

Cuauhtémoc Cárdenas Solórzano

Karol Aída Cariola Oliva

Julián Andrés Domínguez

Marco Enríquez-Ominami

Carlos Figueroa Ibarra

Fernando Haddad

Miguel Barbosa Huerta

José Miguel Insulza Salinas

Camilo Lagos

Guillaume Long

Clara Eugenia López Obregón

Esperanza Martinez

Daniel Carlos Martínez Villamil

David Méndez Márquez

Aloizio Mercadante Oliva

Alejandro Navarro Brain

René Ortiz

Carlos Octavio Ominami Pascual

Yeidckol Polevnsky Gurwitz

Gabriela Alejandra Rivadeneira Burbano

Ernesto Samper Pizano

Felipe Carlos Solá

Carlos Sotelo García

Jorge Enrique Taiana

Carlos Alfonso Tomada

Carol Proner


Original 
https://progresivamente.org/2019/07/14/declaracion-de-puebla/


Fonte: https://www.defesanet.com.br/gi/noticia/34607/Grupo-de-Puebla---Declaracion-de-Puebla/



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