Quando crescer, quero ser ladrão - Por Félix Maier

O STF sob nova direção

Quando crescer, quero ser ladrão

Félix Maier

Como ladrão é a categoria profissional informal que mais cresce no Brasil, com amparo especial dos "7 líderes do PT no STF" (que liberou o maior ladravaz da história do Brasil para ser candidato presidencial), passei a ter convicção de que ladrão precisa ter carteira de trabalho, de Ladrão Profissional, para sair da informalidade.

Vejamos:

Com as leis que temos, o Brasil se tornou um paraíso para criminosos em geral, não só para ladrões. Quando o vagabundo, enfim, é preso, tem um monte de benefícios na prisão, como companhia íntima, quatro refeições por dia, celular à vontade para continuar a atividade criminosa, progressão de pena - que é sinônimo de impunidade, saidão de Natal e até saidão do Dia dos Pais - ainda que tenha assassinado os pais.

No DF, p. ex., foram presos cerca de 20.000 pessoas no primeiro semestre de 2020, e pouco mais de 300 ficaram realmente presos, segundo consta no livro "O mito do encarceramento em massa", do Dr. Bruno Amorim Carpes, Promotor de Justiça do RS. Tem ladrão que é preso no DF tendo uma ficha criminosa de mais de 20, 30 passagens pela polícia, e alguns até com mandados de prisão em aberto por assassinatos.

Ou seja, a polícia prende o bandido e o pessoal bonzinho da Audiência de Custódia manda soltar, por não ser o meliante "uma ameaça grave à ordem pública". Não matou ninguém, não esfaqueou ninguém, está apto a continuar roubando cabos de cobre aéreos ou enterrados nas vias públicas, roubar carros, roubar celulares e dinheiro de transeuntes, furtar ou roubar produtos de lojas e de residências.

O Dr. Carpes traz expressões interessantes, como visto na entrevista com Caio Copolla (https://www.youtube.com/watch?v=YMuNs3ziLzY), como "prisão esportiva", o tal prende-e-solta - uma analogia com a pesca esportiva, em que o peixe é fisgado e solto, e "porta giratória da prisão", o tal prende-e-solta-e-prende de novo, muito comum para um grande número de bandidos.

Não se assuste se seu filho adolescente, antenado com a realidade mafiosa que predomina no Brasil, um dia disser:

"Quando crescer, quero ser ladrão".

Para que a polícia não perca mais tempo correndo atrás de bandido, fazendo papel de palhaço, e também para economizar gasolina e gastos com viaturas, eu sugiro que ladrão no Brasil deveria ter direito a Carteira de Trabalho, categoria "Ladrão Profissional", com todos os direitos trabalhistas e sociais.

P. S.: Claro que não estou incentivando ninguém a ser ladrão. Foi um desabafo. Trata-se de uma ironia, frente às leis brasileiras, que protegem os bandidos. Infelizmente!

Os "7 líderes do PT no STF"

#7LideresdoPTnoSTF