MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

ARQUIVOS I - UMA HISTÓRIA DA INTOLERÂNCIA - VERBETES "A" E "B"

A





AAB-A - Associação de Amizade Brasil-Albânia: órgão de fachada de grupos marxistas brasileiros, de apoio ao então Governo comunista da Albânia – país-modelo, nas décadas de 1960 e 70, para o PC do B, que atuou na Guerrilha do Araguaia, na tentativa de promover a “emancipação” comunista em uma região do território brasileiro. Veja Guerrilha do Araguaia e Organizações de “Frente”.



AAH - Action Against Hunger (Ação Contra a Fome): ONG que combate a fome no mundo.



AAPSO - Asian and African People Solidarity Organization (Organização de Solidariedade aos Povos da África e da Ásia – OSPAA): ligada ao Movimento Comunista Internacional (MCI). Veja OLAS, OSPAAL e Tricontinental.



ABACC - Agência Brasileira Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares. Os dois países abandonaram o desenvolvimento de armas nucleares e a Agência realiza inspeções periódicas nas instalações nucleares dos dois países, criando uma confiança mútua nessa área. Veja TNP, SALT e START.



ABAP - Associação Brasileira de Anistiados Políticos. Veja Anistia e Organizações de “Frente”.



ABCA - Associação Brasil-Chile de Amizade: órgão de fachada de grupos marxistas brasileiros, de apoio ao Governo chileno de Salvador Allende. Veja Organizações de “Frente”.



ABIN - Agência Brasileira de Inteligência. O histórico do Sistema de Inteligência (Informações) pode ser obtido no site da Agência (www.abin.gov.br). Veja Andorinha, Araponga, CDN e Estória-cobertura.



ABRI - Forças Armadas da República da Indonésia: organização contrária à independência do Timor-Leste. Outros grupos contrários foram: Milícia Sangue pela Integração, Milícia Aitarak e Mahidi. Veja CNRT, FRETILIN, INTERFET, UNAMET e UNTAET.



Absolutismo - Centralização do poder do Estado em mãos de um indivíduo ou de um grupo. A célebre afirmação “L’État c’est moi” (Eu sou o Estado) é atribuída ao Rei Luís XIV, da França. Catarina II, da Rússia, e Elizabeth I, da Inglaterra, foram rainhas absolutistas. O Comunismo (absolutismo internacionalista), o Nazismo e o Fascismo (absolutismos nacionalistas) são formas modernas de absolutismo. Veja Autoritarismo falangista e Cesarismo.



Abu Sayyaf - Grupo terrorista separatista muçulmano mais antigo das Filipinas, realiza seqüestros para angariar fundos e atua principalmente em Mindanao. Tem seu nome derivado do líder terrorista Abdul Rasul Sayyaf e luta pela emancipação das ilhas do sul, predominantemente muçulmanas, contras as do norte, de maioria cristã. Tem apoio de Bin Laden, que viajou às Filipinas em 1993 para adquirir propriedades e abrir contas bancárias para a Internacional Islamita do terror. A partir de 1994, terroristas experientes, principalmente “afegãos” árabes, chegaram às Filipinas e instalaram células de operação em todo o país, especialmente nas grandes cidades. Entre os combatentes superiores estava Ramzi Ahmad Youssuf, que no início de 1993 supervisionou a explosão no WTC, em Nova York. Youssuf esteve envolvido na tentativa de assassinato de Bill Clinton e do Papa, em 1995, em viagens às Filipinas. O plano, frustrado, foi assumido por Abu Sayyaf, para encobertar a Internacional Islamita. Youssuf plantou pessoalmente uma bomba no Boeing 747 das Linhas Aéreas Filipinas (PAL), em 11 Dez 1994, que ia de Cebu para Narita, Tóquio. A bomba explodiu sobre Okinawa, mas o avião não foi destruído. Abu Sayyaf também assumiu a responsabilidade da bomba. Veja FMIL e Internacional Islamita.



Ação Direta - Movimento político terrorista-marxista, da França, que atuou na Guerra Civil do Líbano. Veja Escolas de Subversão e espionagem, Instituto 631 e Komintern.



“Ação entre amigos” - A famigerada “Comissão dos Desaparecidos Políticos”, instituída no 1º Governo FHC, foi composta por cartas marcadas, integrada por um naipe de espadas vingadoras, escolhida entre as hostes esquerdistas diretamente interessadas no assunto (dos 7 integrantes, 5 eram notórios esquerdistas). Assim, foi fácil considerar o sertão da Bahia, onde tombou Lamarca, e as ruas de São Paulo, onde morreu Marighela, como "dependências policiais". Mais absurda ainda foi a indenização concedida a familiares de Zuzu Angel, que morreu em um acidente de trânsito e, apenas devido a uma hipótese de ter havido um atentado, o Estado brasileiro mais uma vez foi condenado a pagar gorda indenização. Ou seja, escolheu-se um culpado aleatório já que não havia nenhum culpado concreto a apontar, exatamente como ocorria em Moscou nos tempos das Comissões instaladas na Lubianka. Pode-se argumentar o direito de familiares de "desaparecidos" buscarem seus direitos, porém na justiça, como foram os casos do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho, nunca por meio de uma farsa dessa magnitude que foi a "Comissão dos Desaparecidos". Exemplos dessa escandalosa “ação entre amigos”: Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger (ou Suzana Lisboa), integrantes da Comissão, que pertenceram à organização terrorista ALN, se autobeneficiaram, recebendo gorda indenização da União; Iara participou de diversas ações armadas e foi “premiada” pelas mortes de seus irmãos e marido (respectivamente Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnoldo Cardoso Rocha), todos mortos em tiroteiro com a polícia (todos tiveram treinamento em Cuba); Suzana Lisboa, do Movimento Tortura Nunca Mais, foi “premiada” com a morte do marido Luiz Eurico Tejera Lisboa, também treinado em Cuba; somente essa “ação entre amigos” rendeu R$ 600.000,00 (4 x R$ 150.000,00). Vera Maria Trude de Souza, ex-esposa do Ministro da Justiça do Governo FHC, Aloisio Nunes Ferreira Filho (um dos assaltantes do trem-pagador Santos-Jundiaí, em 1968), recebeu RS 65.000,00 no primeiro lote de indenizações. No total, familiares de “desaparecidos políticos” já receberam mais de R$ 46.000.000,00 (dados de 2000). Esse “balcão de negócios” em que se transformou o Governo FHC também faz generosas doações ao Movimento Tortura Nunca Mais. No Diário Oficial nº 91, de 11 Mai 2001, p. ex., pode-se constatar que aquele movimento revanchista recebeu R$ 140.000,00 do Governo Federal, a título de um pastoso projeto chamado “Construindo a Cidadania: Formação de Educadores e Lideranças”. Veja ALN, “Desaparecidos políticos”, La piñata e Ternuma (www.ternuma.com.br).



ACARA - Ala Comunista de Ações Revolucionárias Armadas.



ACBS - Asociación Chileno-Brasileña de Solidaridad: órgão de fachada de grupos marxistas, de apoio ao Governo marxista de Salvador Allende (Chile). Veja AP, Frente Brasileira de Informações (FBI), Libro Blanco e Organizações de “Frente”.



ACJM - Associação Cultural Jose Martí: fundada em 16 Mar 1982, no Teatro Galpão, São Paulo, SP, sendo presidente Florestan Fernandes, e Fernando Henrique Cardoso um dos membros do Conselho Consultivo, ao lado de Antônio Callado e Márcio Moreira Alves, dentre outros. A ACJM era responsável pela publicação do periódico Nossa América e instrumento do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP). Veja Foro de São Paulo (FSP), Frente Brasileira de Informações (FBI), Guerrilheiros da pena, “Loucademia”, Organizações de “Frente”, UIE, UNE e USP.



ACLU - American Civil Liberties Union. Defende as liberdades civis nos EUA, dentro da moda atual do “politicamente correto”. Veja Novilíngua e Politicamente correto, e acesse www.aclu.org.



Acordo de Bicesse - Assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos (Presidente de Angola) e Jonas Malheiro Savimbi, chefe da UNITA, em Portugal, a 31 mar 1991, estabelecendo eleições livres em Set e Nov de 1992; tanto a UNITA quanto as FAPLA contribuiriam com 20.000 homens para o novo Exército angolano; nas eleições de 1992, o Presidente dos Santos venceu com 49.5% e Savimbi obteve 40% dos votos, exigindo um 2º turno; Savimbi acusou o MPLA de ter fraudado as eleições, recusou-se a participar do 2º turno e reiniciou a guerra civil. No dia 22 Fev 2002, Savimbi foi morto pelo Exército angolano, em uma emboscada, junto com 21 seguidores, abrindo caminho para um plano de paz definitivo para o povo angolano. Veja FAPLA, MPLA, Protocolo de Lusaka, UNAVEM e UNITA.



Acordo de Chapultepec - Processo de paz, assinado em El Salvador, com a desmobilização de membros da Polícia Nacional, previsto para encerrar em dezembro de 1994. O Governo do país destinou US$ 10 milhões para pagamento de indenização de 6.000 agentes e funcionários desmobilizados.



Acordo de Dayton - Acordo de paz estabelecido em Dayton, EUA (1995), o qual dividiu a antiga Bósnia-Herzegovina em duas entidades políticas: a Federação Croata-Muçulmana (FCM) e a República Srpska (RS). Veja IFOR e SFOR.



Acordos de Esquipulas - Acordos assinados em agosto de 1987 por presidentes centro-americanos, que deram início à reconciliação nacional após vários anos de guerrilhas. Veja Guerra Fria e OLAS.



Acordo Sykes-Picot - Acordo secreto anglo-francês, realizado em maio de 1916, para a partilha do Mashrek árabe (Oriente árabe), tornado público pela Revolução Bolchevique em 1917. Em virtude desse Acordo, após o fim da I Guerra Mundial (1918), o Iraque tornou-se dependente da Grã-Bretanha; a Palestina ficou sob Mandato britânico para ser entregue aos sionistas; a Síria e o Líbano passaram para o domínio francês. Veja Declaração Balfour e Sionismo.



ACR - Alto Comissariado para os Refugiados. Veja ONU.



ACRI - African Crisis Reaction Initiative (Iniciativa de Reação perante a Crise Africana): surgiu após o genocídio entre as tribos Hutus e Tutsis, em Ruanda, em 1994. Veja Massacre de Ruanda.



AC/SP - Agrupamento Comunista de São Paulo: A Ala Marighela do PCB deu origem ao AC/SP. O apoio do AC/SP em Brasília era fornecido por Luís Werneck de Castro Filho. No início de 1968, o AC/SP, liderado por Carlos Marighela, passaria a utilizar a denominação Ação Libertadora Nacional (ALN) em suas atividades. Veja ALN, Clero progressista e Frades dominicanos.



Adestramento - Dressieren, termo alemão que, segundo Kant, provém do inglês “to dress” (vestir): opõe-se ao esclarecimento, como capacidade de reunir-se de sua razão sem a direção de outrem. A educação para a capacidade de pensar é a fórmula para a qual se compreende a base de uma educação para a “maioridade” ou autonomia intelectual. O adestramento, portanto, é apenas uma simples fachada de educação, e a educação em regimes totalitários e ideológicos, como o Fascismo e o Comunismo, não é educação em seu sentido pleno, pois apenas adestram uma massa de “balilas”, miquinhos amestrados que repetem mecanicamente e por reflexo condicionado as palavras de ordem do partido único. Bernard Goldberg, autor de “Bias”, e Tammy Bruce, autora de “The New Police Thought”, ambos com formação e militância na esquerda, contam em suas obras as mentiras propaladas pela esquerda mundo afora. Em uma pesquisa com 4.300 leitores, 94% deles afirmaram que houve um viés esquerdista dos repórteres que cobriram os acontecimentos após os atentados contra os EUA, no dia 11 Set 2001. Veja Antiautoridade, Autoritarismo falangista, Balilas, CDR, Círculos Bolivarianos, Desinformatsya, Escola de Frankfurt, Filhos da Loba, Governo paralelo, Macartismo, Movimento de Massa, MST, Novilíngua, Orçamento participativo, Politicamente correto, Revisionismo e Stalinismo puritano.



AEBU - Associação de Exilados Brasileiros no Uruguai. Veja Anistia e Organizações de “Frente”.



AECA - Arms Export and Control Act (Lei de Controle e Exportação de Armas), EUA.



AEPA - Associação dos Ex-presos Políticos Antifascistas (Portugal).



AFAVI - Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas de Violência.



AFDLCZ - Aliança das Forças Democráticas para a Libertação do Congo-Zaire (ADFL): encabeçada por Laurent Kabila contra o Governo de Mobutu Sese Seko, que esteve no poder durante 32 anos (Mobutu fugiu do país em 16 Mai 97 diante da ofensiva rebelde). O Zaire foi rebatizado por Kabila como República Democrática do Congo (RDC). Em janeiro de 2001, Kabila foi morto em um atentado, e seu filho assumiu o poder.



“Afegãos” - Islamitas estrangeiros (especialmente egípcios, paquistaneses, sudaneses, argelinos, saudista e, naturalmente, afegãos) que participaram de treinamento em campos do Afeganistão, para lutar contra os soviéticos (depois contra os EUA, a partir de 2001). Participaram das guerras na Croácia, Bósnia e Kosovo. São os responsáveis pela escalada do islamismo no Egito, onde participaram de muitas operações e assassinatos, e na Argélia, onde quase conquistaram o poder nas eleições gerais de 1992. Hoje, os veteranos “afegãos” são a ponta de lança e o coração da Internacional Islamita, que atua em todo o mundo muçulmano para apoiar lutas islamitas de libertação; são os “brigadistas” da IMB. Veja Fundamentalismo, IMB, Internacional Islamita, Pasdaran, PIO e Talibã.



AFIS - 1. Automated Fingerprint Identification Systems (Sistemas de Identificação Automática de Impressões Digitais): utilizados na criminologia, o objetivo é determinar a quem pertence uma ou mais impressões digitais a partir da comparação com o banco de dados disponível. Sistemas como os da “identicator”, dos EUA, são capazes de realizar uma busca entre 100.000 registros no espaço de um segundo. Veja Biometria. 2. American Forces Information Service (Serviço de Informações das Forças Armadas Americanas): imprime o clipping “Current News - Early Bird”, com predominância para assuntos militares. Veja Diplomacia de cruzeiro e Governança global.



Agit-prop - Agitação e propaganda: método de propaganda comunista, ainda utilizado pelos neocomunistas, como João Pedro Stédile, que levou o MST e o agitador francês José Bové a destruir uma plantação de soja da multinacional Monsanto, no Rio Grande do Sul, por ocasião do I Fórum Social Mundial (FSM), em janeiro de 2001. Veja Adestramento, Comunismo, Desinformatzia, Escolas de subversão e espionagem, Dualidade de poder, Frente Brasileira de Informações (FBI), Fórum Social Mundial (FSM), Komintern, Movimento de massa, MST, OLAS, Orçamento participativo e Organizações subversivas brasileiras.



Águia Vermelhas - Facção da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). Veja Al-Fatah, FPLP, Intifada, OLP e Sionismo.



AI - Anistia Internacional (Amnesty International – AI): criada em Londres, em 1961, por Peter Berenson, baseada teoricamente na declaração universal dos direitos do homem e do cidadão, para defesa dos “prisioneiros de consciência” – pessoas detidas em razão de suas crenças, motivação política, origem étnica, sexo, cor ou língua, desde “que não tivessem cometidos atos de violência”. Contudo, a AI, composta principalmente por integrantes de esquerda, empregou subversivos em várias de suas sucursais e tem atitudes tendenciosas, como no caso em que prega o julgamento do general Augusto Pinochet, mas não exige o mesmo tratamento a Fidel Castro, notório violador dos direitos humanos. Por isso, não causa estranheza que muitos de seus membros ainda hoje defendam “prisioneiros de consciência” como Abimael Guzmán, líder do Sendero Luminoso – SL, responsável pela morte de quase 30.000 peruanos. A AI adotou a denominação atual em 1962 e, em 1977, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Possui mais de 1,1 milhão de membros em mais de 150 países e é financiada por doações. Veja Anistia, Frente Brasileira de Informações (FBI), Novilíngua, Politicamente correto, Tribunal Bertrand Russel (TBR) e Tribunal Permanente dos Povos.



AI-5 - Ato Institucional n.º 5. Decretado em 13 de dezembro de 1968 pelo Presidente Costa e Silva, permitia ao chefe de governo cassar mandatos, suspender direitos políticos e legislar em substituição ao Congresso Nacional após decretar-lhe o recesso (o AI-1 foi decretado em 9 Abr 1964 e o AI-2 em 27 Out 1965). Um discurso violento do Deputado Federal Márcio Moreira Alves contra as Forças Armadas teria sido a gota d’água para decretar o AI-5, porém o real motivo foi a incrementação das atividades terroristas ocorridas em 1968: 28 Mar: morte do estudante Edson Luís, em choque de estudantes com a polícia, no Rio; 31 Mar: passeata estudantil contra a Revolução, com 1 civil morto e dezenas de policiais da PM feridos; 1º Mai: comício na Praça da Sé, em que o Governador Abreu Sodré e sua comitiva foram expulsos da tribuna, que foi utilizada pelos agitadores para ataques à ditadura militar; 19 Jun: liderados por Vladimir Palmeira, presidente da UNE, 800 estudantes tentaram tomar o prédio do MEC (Rio), ocasião em que 3 veículos do Exército Brasileiro foram incendiados; 21 Jun: 10.000 estudantes incendiaram carros, saquearam lojas, atacaram a tiros a Embaixada americana e as tropas da PM, no Rio, resultando em 10 mortos (inclusive o Sgt PM Nélson de Barros) e centenas de feridos; 22 Jun: estudantes tentaram tomar a Universidade de Brasília; 24 Jun: em SãoPaulo, estudantes depredaram a Farmácia do Exército, o City Bank e o jornal “O Estado de S. Paulo”; 26 Jun: a VPR explode guarita do QG do antigo II Exército, em São Paulo, com carro-bomba, matando o soldado do Exército Mário Kosel Filho; 3 Jul: estudantes portando armas ocuparam a USP, com ameaças de colocação de bombas e prisão de generais; 4 Jul: “Passeata dos 50 mil” com o slogan “só o povo armado derruba a ditadura”; 20 Ago; morte do soldado da PM/SP, Antônio Carlos Jeffery; 2 e 3 Set: discursos violentos contra as Forças Armadas, proferidos pelo Deputado Federal Márcio Moreira Alves; 7 Set: morte do soldado da PM/SP, Eduardo Custódio de Souza; 3 Out: choque entre estudantes da USP e Mackenzie ocasionaram a morte de um deles, baleado na cabeça; 12 Out: assassinato do capitão do Exército norte-americano, Charles Rodney Chandler; no mesmo dia, durante o XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, SP, a polícia prendeu os participantes, destacando-se Wladimir Palmeira, Franklin Martins, José Dirceu de Oliveira e Silva); foram encontradas drogas, bebidas alcoólicas e o “Woodstock” caboclo deixou uma infinidade de preservativos usados – havia até uma escala de serviço de moças para atendimento sexual; alguns líderes, em acordo com Marighela e Cuba, haviam chegado à conclusão de que o estopim para a luta armada viria da prisão em massa de estudantes, envolvendo comunistas e inocentes úteis, jogaria essa “força de trabalho” nos braços da luta armada; 15 Out: estudantes tentaram tomar o prédio da UNE, queimando carros oficiais; Fernando Gabeira participou do ato terrorista (livro “A Esquerda Armada no Brasil”, de Antonio Caso); 23 Out: estudantes depredam o jornal “O Globo”, visto como agente norte-americano; 7 Nov: o Sr. Estanislau Ignácio Correa é assassinado por terroristas que roubaram seu automóvel. Estas e outras mortes, ocasionadas pela violência estudantil, tinham reflexo das ações terroristas propostas pela OLAS, em Havana, Cuba, em 1967: “faremos um Vietnã em cada país da América Latina”, segundo as palavras do ditador Fidel Castro. E também do assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí, feito pela Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighela, no dia 10 Ago 1968, ação que rendeu NCr$ 108 milhões ao grupo terrorista e consolidou sua entrada na luta armada. Dessa operação, participaram Aloysio Nunes Ferreira Filho, Ministro da Justiça no Governo FHC, e o terrorista Diógenes de Oliveira, o “Diógenes do PT”, coordenador da campanha de Olívio Dutra ao Governo do Rio Grande do Sul. Até a decretação do AI-5, houve 84 atentados a bomba, que mataram e feriram militares e civis. Veja ALN, Contra-revolução de 1964, Folhetos cubanos, Foquismo, Frades dominicanos, G-11, Komintern, Ligas Camponesas, OCLAE, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução Cultural, Revolução de 1968, Ternuma (www.ternuma.com.br), Violência estudantil e VPR.



AIB - Ação Integralista Brasileira. Fundada em 7 Out 1932, por Plínio Salgado e Gustavo Barroso. Miguel Reale foi outro líder integralista. O uniforme do integralista incluía camisa verde, símbolo do nacionalismo, com a braçadeira contendo o Sigma (sinal matemático da somatória), gravata preta, calça preta ou branca, boné verde e meias pretas. Como saudação, os “camisas-verdes” mantinham o braço erguido, mão espalmada e exclamavam “anauê” (“você é meu irmão”, em tupi guarani). Na carteira de identidade dos integralistas era encontrada a seguinte frase: “Juro perante Deus e pela minha honra trabalhar pela vitória da Ação Integralista Brasileira, executando, sem discutir, as ordens do chefe nacional e dos meus superiores hierárquicos” (Dione Kuhn, in “Nostalgia integralista no sul”, Correio Braziliense, 12 Jul 1999). O lema era “Deus, Pátria e Família” e era a principal organização anticomunista no Brasil. Dom Hélder Câmara chegou a participar do movimento. A AIB foi dissolvida por Getúlio Vargas em 1938, após levante integralista contra o Governo Federal, ocorrido no dia 11 Mai 1938. Como contrapeso ao Comunismo, o Integralismo é visto como uma “quinta-coluna” de Hitler e de Mussolini. O Integralismo teve grande penetração nas colônias alemãs do Sul do Brasil. O caráter dos alemães e dos teuto-brasileiros é utilizado para explicar sua adesão ao Integralismo: desde criança, são acostumados à ordem e ao trabalho. O Integralismo e o Nacional-socialismo (Nazismo) tinham em comum os inimigos: liberais, comunistas e judeus. Havia, entre ambos, diferenças irreconciliáveis: o nacionalismo do Integralismo não admitia a ingerência do Nazismo sobre os “interesses alemães” no Sul do Brasil, ou seja, a manutenção da identidade étnica dos teutos (língua, escolas, imprensa etc.); o Integralismo insistia na fusão das raças para implementar um “Estado integral”, com representatividade de todos os setores da população brasileira, ao passo que o Nazismo admitia apenas os “arianos”. No Sul do Brasil, o Nazismo se utilizou da influência integralista devido às seguintes dificuldades: 1) muitos teutos eram antinazistas; 2) nas cidades os teutos estavam quase assimilados (“nacionalizados”); 3) os imigrantes e seus descendentes não eram perseguidos, por isso a agitação de minorias não tinham êxito; 4) muitos habitantes de língua alemã eram judeus. O Integralismo começa a se estabelecer em Santa Catarina logo depois das drásticas medidas tomadas pelo Governo estadual contra as “colônias alemãs”: com a Revolução de 1930, a família Ramos (representando Lages ou o Planalto de Santa Catarina, onde predominava o latifúndio) reconquista o poder, e os Konder são alijados do poder (representavam o nordeste do Estado, onde predominava a agricultura com base na pequena propriedade e a indústria). As perseguições incluíram: 1) introdução de impostos sobre o capital, atingindo principalmente as indústrias das “colônias alemãs”; 2) professores foram submetidos a testes de língua portuguesa: os que não foram aprovados, foram impedidos de lecionar, levando ao fechamento de muitas escolas; 3) o município de Blumenau foi enfraquecido através da desanexação de uma área de 3.750 km2 (de um total de 10.375 km2) para constituir o município de Rio do Sul (à época, Blumenau tinha 110.000 habitantes e Joinville 54.000 habitantes). Após as eleições de 1933, quando os republicanos (liderados pelos irmãos Adolfo e Marcos Konder) venceram os liberais em Joinville e Blumenau, Aristiliano Ramos decretou a desanexação de parte do município de Joinville e a total subdivisão de Blumenau, que ficou reduzido a 1.650 km2 após o surgimento dos novos municípios de Gaspar, Indaial, Timbó e Dalbérgia. O “putsch” integralista de 11 Mai 1938 (Intentona Integralista), contra o Governo Vargas, não teve nenhuma participação dos nazistas, o que parece provar que jamais houve uma colaboração estreita entre integralistas e nazistas. Há na bibliografia indicações de que o Integralismo tinha adeptos sobretudo entre os teutos católicos, enquanto os teutos luteranos eram germanistas e nazistas, coincidindo com as lideranças das duas confissões. A acusação de que o Integralismo recebeu dinheiro do fascismo italiano é confirmado pelo Conde italiano Ciano em seu diário. Os maiores contingentes de “camisas-verdes” encontravam-se em São Paulo, na Bahia e em Santa Catarina. Depois da Contra-revolução de 1964, os partidos políticos foram extintos e os integralistas que permaneceram na política filiaram-se à Arena, o partido de sustentação dos militares. Veja Adestramento, Autoritarismo falangista, Balilas, Carta del Lavoro, CEDI, Comunismo, Movimento de Massa, Nazi, www.integralismo.org e http://aib.freeservers.org.



AICT - Associazione Internazionale Contra la Tortura: grupo de apoio a terroristas que teriam sofrido tortura. Veja Anistia, Anistia Internacional (AI), Frente Brasileira de Informações (FBI), Organizações de “Frente” e Tortura.



AIDMK - All India Dravadian Progressive Federation: movimento pró Tamil e separatista da Índia.



AIM - Movimento Islâmico Armado. Veja verbete.



AIN - Agencia de Información Nacional: agência oficial de Cuba. Veja Cambio Cubano e CDR.



AIS - Armée Islamique du Salut (em francês) ou Army of Islamic Salvation (em inglês): Exército da Salvação Islâmica, da Argélia. Veja GIA.



AIT - Associação Internacional de Trabalhadores (Londres, 1864): influenciou a luta dos trabalhadores no Brasil. Grupos socialistas fundaram os primeiros partidos operários, sendo o primeiro no Rio de Janeiro em 1890. Em 1902 nasceu o Partido Socialista Brasileiro, que pregava a luta de classes e a socialização das propriedades. Veja COB e PCB.



Aitarak - “Espinho”: Milícias Armadas Indonésias, que promoveram o terrorismo contra os habitantes de Timor-Leste, que foram a favor da independência do país, em 1999; teve como comandante Eurico Guterres. Veja CNRT, FRETILIN, Kopassus, INTERFET, UNAMET E UNTAET.



AJR - Aliança da Juventude Revolucionária: braço jovem do Partido da Causa Operária (PCO). Veja PCO.



AK-47 - Fuzil russo Kalashnikov, criado em 1947 pelo projetista Mikhail Kalashnikov; é uma das armas preferidas de Forças Armadas e de grupos rebeldes, e, até 2001, foram produzidas mais de 100 milhões de AK-47, um “best-seller”.



AKAL - Alliance for a Free Kabylie (Argélia). Akal significa “terra” na língua berbere Tamazight.



ALA - Ala Vermelha do PC do B (Dissidência do PC do B): ex-militantes das Ligas Camponesas, com cursos de guerrilha na China, desejavam uma ação imediata contra a ditadura militar pós-1964; no dia 14 de abril de 1969, durante assalto a uma kombi do Banco Francês-Italiano, em São Paulo, a ALA matou o motorista Francisco Bento da Silva e o guarda bancário Luiz Ferreira da Silva. Tarso Genro, prefeito de Porto Alegre, foi um de seus membros. Veja Folhetos cubanos, G-11, Ligas Camponesas e PC do B.



ALADH - Associação Latino-Americana para Direitos Humanos. Veja Organizações de “Frente”.



Al-Asifa - Veja Al-Fatah.



Al-Azma - “A Crise”: calamidade para o Islã, com a unidade islâmica abalada quando Estados árabe-muçulmanos se aliaram ao Ocidente para combater outro Estado árabe-muçulmano, o Iraque (1991). Veja Al-Naqba.



ALCP - Aotearoa Legalise Cannabis Party: prega a legalização da maconha. Veja Drogas, Maconha e www.norml.org.



ALF - Animal Liberation Front (Frente de Libertação Animal): ONG do Reino Unido, promove ataques terroristas contra comerciantes de peles de animais e incendeiam lanchonetes “fast food” na Europa, que utilizam carne vermelha no cardápio; o professor Peter Singer é o “marxista” do movimento dos animais, que seriam uma espécie de “proletários sem voz”. Singer publicou “Animal Liberation” em 1975. Veja ELF, ONG e Sociedade Civil.



Al-Fatah - “A Conquista”: organização guerrilheira fundada por Yasser Arafat, em 1959. Em 1967, o Emir do Kuwait doou um cheque de US$ 50 mil à organização, que juntou-se à OLP em 1968 e obteve a liderança da mesma em 1969. Expulsa da Jordânia após o “Setembro Negro” (1970), a Al-Fatah estabeleceu-se no Líbano. A invasão israelense no Líbano, em 1982, dispersou a organização para vários países, como Tunísia, Iêmen, Argélia, Iraque e outros. A Al-Fatah ainda desencadeia ataques terroristas contra israelenses, na 2ª Intifada, principalmente através da “Force 17” (Força 17) e “Western Sector” (Setor da Cisjordânia). É também conhecida por “Al-’Asifa”. Veja Intifada, OLP e Sionismo.



Al-Gama’a al-Islamiyya - O Grupo Islâmico: grupo extremista islâmico egípcio, ativo desde o final dos anos 70; seu líder espiritual é o Xeque Omar Abdel-Rahman, preso nos EUA; pretende derrubar o Governo Mubarak e instituir um Estado islâmico no Egito. Veja Al-Qaeda, Fundamentalismo e Sionismo.



Al-Gama’a Al-Islamiyya Al-Muqatila - Grupo Islâmico Armado, de oposição ao Governo Muammar Gadhafi (Líbia).



Aliança Nacional - Partido nazista dos EUA, seus integrantes desprezam o Governo Federal e afirmam que existe um complô judaico para dominar a América. Os heróis são Theodor Kazcynsky, o “Unabomber”, que remetia bombas pelo correio nas décadas de 1970 e 80, e Timothy McVeigh, autor da explosão de um carro-bomba na cidade de Oklahoma, em 1995, quando morreram 168 pessoas (sendo 19 crianças) e 674 ficaram feridas. McVeigh justificou o ato terrorista como sendo uma vingança contra o FBI pela matança de 80 membros de uma seita militarizada (seita davidiana), em Waco, Texas, e pelo assassinato de uma família de um fazendeiro neonazista, feito por agentes do governo. Nos EUA, existem aproximadamente 200 grupos “patrióticos” (em 1996, eram em torno de 850), reunidos em milícias fortemente armadas, que agem sem ser incomodadas, utilizando-se da liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda Constitucional. A Aliança Nacional afirma que os ataques contra o World Trade Center e o Pentágono (11 Set 2001) foram um complô da CIA e do Mossad (serviço secreto de Israel), para mobilizar a opinião pública mundial contra a causa palestina – aliás, a mesma afirmação de muitos islâmicos, como visto nos jornais egípcios após os atentados do dia 11 Set. O FBI investiga se as organizações de extrema direita americana estão por trás das cartas com antraz, que provocaram a morte de vários americanos. Veja Antraz, Nazi, Oklahoma (atentado), Racismo, Síndrome de Nova York, Sionismo, Terrorismo, Unabomber e www.olavodecarvalho.org/textos/sseal.htm.



Al-Ikhwan Al-Muslimin - Irmandade Muçulmana: grupo fundamentalista islâmico do Oriente Médio, oriundo do Egito. Veja Fundamentalismo.



Al-Ittihad - Movimento radical islâmico, tem ligações com o Al-Qaeda, de Osama bin Laden. Veja Al-Qaeda.



Al-Jihad - Grupo Jihad: conhecido também como “Jihad Islâmica”, “Grupo Novo Jihad”, “Vanguarda da Conquista” e “Talla’a al-Fateh”. É um grupo extremista islâmico, formado por estudantes palestinos no Egito, que se infiltraram na polícia na década de 1970 e, em 6/10/1981, assassinaram o Presidente egípcio Anwar El Sadat, por este ter assinado um acordo de paz com Israel, por ter-se aliado aos EUA, por ter viajado a Jerusalém e ter dado asilo ao Xá Reza Pavlevi, deposto pela Revolução Iraniana em 1979. Líderes históricos: al-Zawahiri e Ali al-Rashidi, ambos ligados a a Osama bin Laden. Com o esgotamento da luta no Afeganistão (expulsão dos soviéticos), Al-Rashidi participou de operações na Eritréia, Ogaden, Burma, Caxemira, Tadjiquistão, Chechênia, Bósnia, Líbia e Mogadíscio (Operação “Restore Hope”, da ONU, na Somália). O Grupo Jihad tem ligações com o Al-Qaeda, de Osama bin Laden. Separado em duas facções, a original Jihad é liderada por Abbud al-Zumar, que foi preso no Egito, e a nova facção, autoproclamada “Vanguarda da Conquista” (Talla’a al-Fateh ou Grupo Novo Jihad), liderado pelo Dr. Ayman al-Zawahiri (braço direito de bin Laden), fora do Egito. A exemplo do “Grupo Islâmico”, tem o Xeque Omar Abdel-Rahman como seu líder espiritual. O objetivo do grupo é derrubar o Governo Mubarak e criar um Estado islâmico no Egito. Em 1995, o Al-Jihad matou 18 soldados judeus em um ponto de ônibus em Beit Lid. Veja “Afegãos”, Al-Qaeda, Internacional Islamita, Intifada e Sionismo.



Al-Khalas - “A Salvação”: partido do Hamás (“Entusiasmo”), grupo radical palestino. Veja Hamás, Hizbollah, Intifada e Sionismo



ALL - American Life League (Liga da Vida Americana): organização antiaborto, dos EUA. Veja www.aborto.com.br.



ALN - 1. Ação Libertadora Nacional: grupo terrorista, cujos fundos eram obtidos por assaltos e dinheiro recebido de Cuba. Somente a partir de 1969 o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) passaria a utilizar a denominação Ação Libertadora Nacional (ALN); o AC/SP havia sido criado em 1967 pelo terrorista Carlos Marighela, após este ser expulso do PCB, depois da Conferência da OLAS, em Cuba. Sua obra “Minimanual do Guerrilheiro Urbano” foi traduzida para vários idiomas e foi o “livro de cabeceira” dos grupos terroristas “Brigadas Vermelhas”, da Itália, e “Baader-Meinhoff, da Alemanha (“... os “tiras” e policiais militares que têm sido mortos em choques sangrentos com os guerrilheiros urbanos, tudo isto atesta que estamos em plena guerra revolucionária e que a guerra só pode ser feita através de meios violentos.” - trecho do “Minimanual”). No dia 10 Ago 1968, a ALN assaltou o trem-pagador Santos-Jundiaí, levando NCr$ 108 milhões, ação que consolidou a entrada da ALN na luta armada; nesse assalto, participou o Secretário-Geral do Governo Fernando Henrique Cardoso (depois Ministro da Justiça), Aloysio Nunes Ferreira Filho, que fugiu em seguida para Paris com sua esposa Vera Trude de Souza, com documentos falsos. Junto com o grupo terrorista MR-8, de Fernando Gabeira, a ALN seqüestra o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, no Rio de Janeiro, em 4 Set 1969, por cujo resgate foram libertados 15 terroristas (entre os quais estavam Vladimir Palmeira e José Dirceu). Marighela foi morto pela polícia em São Paulo, no dia 4 Nov 1969: após o seqüestro do embaixador americano, as prisões de terroristas tiveram seqüência: no dia 1º de outubro foi preso em São Sebastião, SP, o coordenador do setor de apoio, Paulo de Tarso; no dia 2 Nov foram presos no Rio de Janeiro os Freis Fernando e Ivo; no dia 3 Nov, já em São Paulo, Frei Fernando “abriu” o restante da rede de apoio, sendo presos os Freis Tito e Jorge, um ex-repórter da Folha da Tarde, responsável pelas fotos dos documentos falsos, e um casal de ex-diretores do mesmo Jornal; Frei Fernando foi quem levou ao “ponto” com Marighela, no dia 4 Nov, após revelar duas senhas, pois era o responsável pela coordenação das atividades dos dominicanos com Marighela, desde a saída de Frei Osvaldo de São Paulo, em junho daquele ano; combinado o encontro com Frei Fernando, Marighela resistiu à ordem de prisão quando entrava no carro de Frei Fernando, sacando um revólver, quando foi morto pelos policiais; a morte de Marighela repercutiu no Brasil e no exterior; com a morte de Marighela, assumiu o comando Joaquim Câmara Ferreira, o “Toledo”, que viajou a Cuba com Zilda Xavier para receber instruções de Fidel Castro, país em que um dos fundadores da ALN, Agonalto Pacheco, estava em choque com as autoridades locais, especialmente o comandante Manuel Piñero, o “Barbarroxa”, acusado de desvirtuar as iniciativas do AC/SP. Câmara Ferreira foi preso no dia 23 Out 1970, em São Paulo; cardíaco, sofreu enfarte na viatura policial, vindo a falecer; Carlos Eugênio Paz, em seu livro “Viagem à Luta Armada” (Editora Civilização Brasileira, 228 páginas, 1996), fantasia a história, dizendo que “Toledo” foi torturado até a morte pelo delegado Fleury; essa versão é negada por Luís Mir (“A Revolução Impossível”, pg. 560); em um bolso de “Toledo”, foi encontrada carta de Frei Osvaldo Rezende, onde constavam contatos internacionais, projetos políticos e ligações com os Governos cubano e argelino; o Governo brasileiro denunciou à ONU a ingerência em seus assuntos de países que não respeitavam o direito internacional – o que não teve nenhuma conseqüência prática. Em 7 Set 1970, João Alberto Rodrigues Capiberibe (mais tarde Governador do Amapá), “militante” da ALN, foi preso junto com sua mulher Janete e sua cunhada Eliane. Em 23 Mar 1971, a ALN faz o “justiçamento” de um “quadro”, Márcio Leite de Toledo; Carlos Eugênio Paz, em seu livro “Viagem à Luta Armada”, afirma que foi co-autor desse “justiçamento”. Junto com o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), a ALN assassina o industrial Henning Albert Boilesen, diretor do Grupo Ultra, no dia 16 Abr 1971 (Sebastião Camargo, da empresa Camargo Correia, era também alvo para seqüestro e “justiçamento”, mas prevaleceu a escolha de Boilesen, porque era considerado “espião da CIA” e patrocinador da OBAN). Terroristas da VAR-Palmares, da ALN e do PCBR assassinam o marujo da flotilha inglesa que visita o Rio de Janeiro, David A. Cuthbert, de 19 anos, no dia 08 Jan 1972; nos panfletos, os terroristas afirmaram que a ação era em solidariedade à luta do IRA contra os ingleses. Em 1971, a ALN divide-se em duas facções: o Movimento de Libertação Nacional (MOLIPO), fundado pelo serviço secreto cubano (José Dirceu, Chefe da Casa Civil da Presidência durante o Governo Lula,, era um dos integrantes), e a Tendência Leninista (TL). Em 1972, a ALN/SP assassina o gerente da firma F. Monteiro S/A, Valter Cesar Galatti, ferindo ainda o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalino Fernandes; em 1972, terroristas da ALN/GB, do MOLIPO e da ALN/SP assassinam o investigador Mário Domingos Pazariello, o soldado da PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira e o cabo da PM/SP, Sylas Bispo Feche; a ALN/GB assassina em 1972 Íris do Amaral. No dia 21 Fev 1973, a ALN formou um grupo de execução, integrado por 3 terroristas, que assassinaram o proprietário do Restaurante Varela, o português Manoel Henrique de Oliveira, acusado de ter denunciado à polícia, no dia 14 Jun 1972, a presença de 4 terroristas que almoçavam em seu Restaurante, 3 dos quais morreram logo após (na verdade, os terroristas mortos estavam sendo seguidos pelo DOI-CODI). No dia 25 Fev 1973, terroristas da ALN, da VAR-Palmares e do PCBR assassinaram em Copacabana o Delegado Octávio Gonçalves Moreira Júnior. Pelo extenso “currículo” de Marighela, seus familiares receberam mais de 100 mil dólares de “indenização”, outorgada pela famigerada “Comissão dos desaparecidos políticos”, criada no primeiro Governo FHC. Além de Marighela, outro terrorista de destaque foi Carlos Eugênio Sarmento da Paz, que confessou ter praticado em torno de 10 assassinatos. Jessie Jane Vieira de Souza, outra “militante” da ALN, que participou do seqüestro de um avião, é hoje diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro. Com o auxílio do Movimento Comunista Internacional (MCI) e de padres dominicanos, como Frei Beto, a ALN tinha um sistema de propaganda no exterior, a FBI. Veja AI-5, CEIAL, Frente Brasileira de Informações (FBI), Foquismo, Frades dominicanos, Libro Blanco, M3G, MOLIPO, OCLAE, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, PCBR, Pinar del Río, Revolução de 1968, Seqüestro de aviões, Violência estudantil VPR e www.olavodecarvalho.org/textos/sseal.htm. 2. Alianza Libertadora Nacionalista (Peru).



Al-Naqba - “O Holocausto”: calamidade para o Islã, comparada a Al-Azma, devido à perda da Andaluzia (Espanha) e da Palestina (Israel) e ao fim do Califado otomano. Veja Al-Azma.



Alpine - Tropas Alpinas: força antiterrorista da Itália.



ALPRO - Alianza Para el Progreso: apoio dos EUA, a partir de 1960, a países latino-americanos, para deter o avanço comunista na América Latina após a Revolução Cubana, ocorrida em 1959. Veja Escolas de Subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern, OLAS e Revolução Cubana.



Al-Qaeda - “A Base”, em árabe. Grupo terrorista islâmico, de Osama bin Laden, bilionário saudita, possivelmente refugiado no Afeganistão durante os ataques americanos contra aquele país (1991). Inicialmente, o grupo se chamava Salvação Islâmica (Fundação al-Qaida), era uma instituição de caridade criada por bin Laden para remeter fundos de apoio à jihad no Afeganistão e no Paquistão; depois, estendeu-se a centros islâmicos e obras de caridade em todo o mundo islâmico, especialmente na Bósnia, Albânia e Kosovo. Estudos profundos comprovam que na Croácia e, principalmente, na Bósnia-Herzegovina grande parte da estrutura terrorista islâmica patrocinada pelo Irã escondia-se nesses “centros de caridade”, com base em Zagreb, Croácia, em cooperação e coordenação dos representantes locais da Inteligência iraniana e do Hezbollah (via embaixada do Irã em Zagreb – alto diplomata Mohammad Javad Asayesh). Quatro a seis mil terroristas islâmicos em atividade na Bósnia, na época, abrigavam-se em pouco mais de 20 “obras de caridade” ou “projetos humanitários”. A maioria desses fundos era coordenada pela Fundação Mostazafin, fachada da Inteligência iraniana. O Al-Qaeda possui células terroristas no Oriente Médio e Norte da África, e provavelmente no leste asiático, na Europa e na América do Norte, num total de mais de 40 países. Em 1991, bin Laden foi forçado a sair da Arábia Saudita e fundou a organização Al-Qaeda, em 1992, no Sudão, então governado pelo ditador fundamentalista Hassan al-Turabi. Bin Laden teve o passaporte saudita cassado em 1994 e passou, a partir de então, a utilizar passaporte diplomática sudanês com nome falso. Os principais dirigentes da organização, além de bin Laden, eram o chefe de planejamento, Ayman al-Zawahiri, e o chefe de operações militares, Mohamed Atif. O grupo tem ainda um conselho consultivo e quatro comitês: o religioso, o financeiro, o militar e o de mídia; a base da organização é composta por células terroristas próprias e organizações associadas. No Afeganistão, o grupo era sustentado pelo tráfico de drogas (em sociedade com o então Governo Talibã) e por doações de instituições e pessoas físicas do mundo islâmico, especialmente da Arábia Saudita. A primeira ação do grupo ocorreu em Fev 1993, contra o World Trade Center (WTC), em Nova Iorque, realizado pelo kuwaitiano Ramzi Youssef, quando um carro-bomba na garagem de uma das torres gêmeas deixou saldo de 6 mortos e mais de 1.000 feridos; preso, Youssef foi condenado a 240 anos de prisão. Em Out 1993, militantes treinados por Mohamed Atif mataram 18 soldados dos EUA na Somália (Operação “Restore Hope”, da ONU). Em Ago 1996, bin Laden escreveu seu primeiro manifesto contra os EUA, a declaração de sua Jihad (Guerra Santa), pois tropas americanas ainda ocupavam o solo sagrado do Islã – a Arábia Saudita. Em 1998, bin Laden decretou um outro manifesto, mais radical, a fatwa (sentença de morte) contra todos os cidadãos americanos, dentro ou fora das terras islâmicas, que seria desempenhada pelo “exército islâmico internacional para a guerra santa contra judeus e cruzados”. Desde 1996, com a ascensão dos talibãs no Afeganistão, o grupo teria construído no país 12 campos de treinamento de terroristas. O grupo é também acusado de ter ocasionado explosões em embaixadas americanas na África (Quênia e Tanzânia), em 1998, do ataque suicida contra o destróier americano “USS Cole”, no dia 12 Out 2000, que deixou 17 marinheiros mortos, no Porto de Áden, Iêmen, e, principalmente, dos atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, e contra o Pentágono, no dia 11 Set 2001, ocasionando a morte de aproximadamente 3.800 pessoas. Os atentados contra os EUA levaram este país a declarar guerra contra o Governo Talibã do Afeganistão (por dar cobertura ao Al-Qaeda), em Out 2001, o qual foi deposto para dar lugar a um governo de coalizão nacional, no final de 2001. O grupo tem ligações com a Jihad Islâmica egípcia e a Al-Ittihad. O livro “Seeds of Fire”, do repórter inglês Gordon Thomas, apresenta provas da colaboração chinesa com a Al-Qaeda – tropas da Aliança do Norte encontraram enorme quantidade de armas chinesas em poder dos Talibãs. Antes dos ataques americanos, a Al-Qaeda tinha cerca de 50 acampamentos para treinamento de terroristas no Afeganistão, alguns dos quais, como Badr I, Badr II e Abu Khabab, podiam receber milhares de “soldados” a qualquer momento. A Al-Qaeda, apesar da derrota no Afeganistão, mantém ainda uma rede de “células dormentes” em diversos países islâmicos e ocidentais. Veja Escolas corânicas, Fundamentalismo, IMB, Internacional Islamita, ISI, PIO, Revolução Iraniana, Salafismo, Síndrome de Nova York e Terrorismo.



Al-Qods - Grupos muçulmanos do Irã, constituídos por Pasdaran, responsáveis por ações no exterior, adestram movimentos integristas no Oriente Médio e atuaram na Bósnia, em 1992. Al-Qods ou “a Santa” (em árabe) designa também a cidade de Jerusalém, reivindicada pelos palestinos para ser sua futura capital. Veja Cisma Vermelho, Fundamentalismo, IMB, Internacional Islamita, Intifada, Pasdaran e Sionismo.



Al-Quds al-Arabi - Jornal publicado em Londres (editor: Abdul-Bari Atwan, ligado a Osama bin Laden). Em editorial na véspera do atentado do vôo 800 da TWA, o jornal afirmou que “existe uma onda de ódio contra os americanos no cenário árabe” e que “foi Washington, suas políticas e seus aliados na região que criaram esse fenômeno e o alimentaram”, concluindo: “o que aconteceu no Cairo, em Riad e em Khobar é apenas o começo” (in “Bin Laden”, pg. 238). Veja Internacional Islamita.



Al Takfir Wal Hijra - Emigração e Arrependimento: movimento fundamentalista islâmico de inspiração egípcia. Veja Fundamentalismo.



Al-Wassat - Partido centrista egípcio, clandestino, possível frente da “Muslim Brotherhood” (Irmandade Muçulmana). Veja Fundamentalismo.



Amal - “Esperança”: ala militar do “Movimento dos Desafortunados”, do Sul do Líbano, em luta contra Israel, junto com o Hizbollah. Movimento xiita, pró-sírio, criado em 1973; líder: Nabi Berri (Presidente). Atualmente, muitos dos antigos militantes do Amal integram o Governo libanês. Veja Fundamentalismo, Hisbollah e Sionismo.



AMAM - polícia secreta do Iraque; o mesmo que Amn-al-Amn.



América Libre - Revista do Foro de São Paulo (FSP), criada por Frei Beto para comemorar o 65º aniversário de Ernesto “Che” Guevara, em 1993. “Che” nasceu em Rosário, Argentina, em 14 Mai 1928 e foi morto na Bolívia em 8 Out 1967. Veja AC/SP, ALN, Clero progressista, Frente Brasileira de Informações (FBI), Frades dominicanos, FSM e FSP.



AMIA - Asociación Mutual Israelita-Argentina: um carro bomba matou 96 pessoas e feriu 156 na AMIA, em Buenos Aires, no dia 18 Jul 1994. No dia 17 Mar 1992, um carro-bomba já havia atingido a Embaixada de Israel na Argentina, matando 28 pessoas e ferindo cerca de 100. Os atentados foram atribuídos a grupos terroristas islâmicos. Veja Fundamentalismo, Sionismo e Terrorismo.



Amn-Al-Amn - Polícia Secreta do Iraque.



Amn-Al-Khass - Polícia Presidencial do Iraque.



AMPLA - Associação de Defesa dos Direitos e Pró-anistia dos Atingidos por Atos Institucionais (Viamão, RS). Veja AI-5, Anistia, Contra-revolução de 1964, Organizações de “Frente” e Tortura.



AMT - Antiballistic Missile Treaty (Tratado de Mísseis Antibalísticos): de 1972, entre a antiga URSS e os EUA. Veja SALT e START.



ANAPE - Associação Nacional de Agricultores Pequenos: organização cubana, integra a Coordenação Latina de Organizações Camponesas (CLOC) no Caribe. Veja CDR e Organizações de “Frente”.



“Anarchist Cook” - “Receita para Anarquistas”: livro escrito em 1971 por William Powell, é uma cartilha do terrorismo, que ensina a fabricar garrafa incendiária e meios para confeccionar um pacote explosivo. Veja Terrorismo.



Anarquismo - Ideologia que prega a ausência de um chefe ou de um governo. Piotr Alekseievitch Kropotkin, revolucionário russo, pregava a volta aos tempos nostálgicos das sociedades primitivas e das comunidades da Idade Média. Com Pierre-Joseph Proudhom, para quem “a propriedade é um roubo”, o anarquismo se torna um movimento de massa. Enquanto Proudhom tinha sua visão de mundo muito ingênua, baseada na organização primitiva dos camponeses e artesãos, na abolição dos bancos e do dinheiro, sem chance para a modernidade, Mikhail Aleksandrovitch Bakunin, anarquista russo, junto com os revolucionários socialistas, crê na revolução da periferia, “nos que nada têm a perder”, como, p. ex., o campesinato russo. Bakunin é um dos líderes da I Internacional Comunista, junto com Karl Marx, de quem se afastaria posteriormente. A Aliança Internacional da Democracia Social, de Bakunin, teve papel efetivo na introdução do anarquismo na Espanha, onde desponta a obra do anarquista Francisco Pi y Margall, que teve livros censurados pela Igreja. No Brasil, o anarquismo é representado principalmente por José Rodrigues Leite e Oiticica, filólogo, professor e poeta, seguido de Edgard Leuenroth, jornalista, e de Everardo Dias, jornalista brasileiro de origem espanhola. No início do século XX, Giovanni Rossi instalou uma colônia anarquista no Paraná, a “Colônia Cecília”. No mesmo período, o sindicalismo em São Paulo contou com a participação de operários de origem italiana (leia “Anarquistas, graças a Deus!”, de Zélia Gattai). Veja Antiautoridade, Escola de Frankfurt, Guerra Civil Espanhola e I Internacional.



Anauê! - Salve!: saudação dos integralistas, “camisas verdes” de Plínio Salgado, na língua tupi. Veja AIB.



ANCA – Associação Nacional de Cooperação Agrícola: braço financeiro do MST, junto com a Confederação das Copoperativas da Reforma Agrária (Concrab). “O fato é que nessa quarta-feira chegou à CPI da Terra a informação, devidamente documentada, de que a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) - que não se perca pela sigla -, apontada como "braço financeiro" do MST, recebeu R$ 1,5 milhão de organismos internacionais no período de 1995 a 2003. E para que se obtivesse essa informação bastou um dia desde que foi aprovada a quebra de sigilo bancário e fiscal da Anca, tanto quanto de sua co-irmã, a Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária (Concrab). De conformidade com os comprovantes que chegaram àquela comissão, a Anca movimentou recursos em sete contas bancárias e as maiores remessas de dinheiro que recebeu foram da Unesco, sendo uma no valor de R$ 400 mil, no ano de 1998 e outra no valor de R$ 430 mil, no ano de 1999” (in “Financiamento do esbulho, O ESTADO DE S.PAULO, 18 de junho de 2004).



ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância: projetos sociais de ONGs e de Governo podem ser acessados em www.andi.org.br.



Andorinha - Espiã que utiliza sua sedução para obter informações. Antes do seqüestro do Embaixador americano Charles Burke Elbrick, realizado pelo MR-8 em 1969, Vera Sílvia Araújo Magalhães apresentou-se na casa do diplomata, oferecendo-se para trabalho de empregada doméstica; seduziu o encarregado da segurança, Antônio Jami,r e conseguiu importantes dados sobre o Embaixador: sua personalidade e horários de entrada/saída de casa, na residência oficial da Rua São Clemente, Rio de Janeiro, de onde se dirigia para a Embaixada, na Avenida Presidente Wilson. A ABIN é acusada de ter utilizado uma “andorinha” (a policial Cleonice Caetano) para desmoralizar o Procurador da República (“Petistério Público”), Luiz Francisco de Souza, antigo militante do PT, que costumava “incomodar” o Governo FHC, ao fazer denúncias de corrupção publicadas em jornais que ele mesmo municiara. Veja ABIN, Araponga e MR-8.



Angel Rubio - Anjo Louro. Veja “Anjo da Morte” (Alfredo Astiz, torturador argentino).



Angolagate - Caso da venda de armas, da França para Angola, tendo como cúmplice da venda Isabel dos Santos, filha do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Veja MRRA.



ANIEZ - Aliança Nacional Independente Emiliano Zapata. Veja EZLN.



Anistia - “Pela anistia se elimina não somente a punibilidade da ação, mas a sua própria existência como crime, isto é, as conseqüências penais que dele podem decorrer”. (Encyclopaedia Britannica, Tomo 2, pg. 600). Conceito ignorado por entidades como a “Anistia Internacional” e o “Movimento Tortura Nunca Mais”, que promovem continuado revanchismo contra as Forças Armadas sul-americanas, que exigem a condenação de Augusto Pinochet e de outros militares sul-americanos que combateram o terrorismo, porém não se pronunciam sobre Fidel Castro e sobre antigos terroristas hoje aninhados em importantes cargos no Governo brasileiro. O Projeto de Anistia, proposto pelo PMDB e PDS durante o Governo Figueiredo, era mais restrito do que o apresentado pelo próprio Governo, pois “deixara de fora importantes líderes como Prestes, Brizola e Arraes. Naturalmente, não desejavam a concorrência desses líderes na vida política do país.” (Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 460 e 461). Veja “Ação entre amigos”, Desaparecidos políticos, Fundação Perseu Abramo - FPA (www.fpabramo.org.br), La piñata, PCB, PCBR, Ternuma (www.ternuma.com.br), Tortura, VAR-Palmares e VPR.



Anjo da Morte - 1. Assim era conhecido o médico nazista Josef Mengele, por suas experiências médicas com seres humanos em Auschwitz. Veja Holocausto e Racismo. 2. O capitão-de-fragata argentino, Alfredo Astiz, também é conhecido como “Anjo da Morte”, “Angel Rubio” (Anjo Louro), “Gustavo Niño” e “Cuervo”, por ser considerado um dos principais torturadores durante o regime militar argentino. Na França, em 1991, Astiz foi condenado à prisão perpétua, acusado pelo desaparecimento, na Argentina, de 2 freiras francesas. No dia 1 Jul 2001, Astiz foi preso na Argentina, acusado da morte de 3 italianos. Veja ESMA, Operação Condor e Tortura.



ANL - Aliança Nacional Libertadora: criada em 12 Mar 1935, por Luis Carlos Prestes - um agente do Komintern (Internacional Comunista) -, líder do PCB, foi responsável pela execução da Intentona Comunista, iniciada em Natal, RN, no dia 23 Nov 1935, e que se estendeu ao Rio de Janeiro e Recife, e foi sufocada 5 dias depois. É importante acrescentar, ainda, que Prestes ordenou o “justiçamento” (assassinato) de “Elza”, uma comparsa da Intentona, por desconfiar que a mesma havia entregado companheiros à polícia. Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern, PCB e Ternuma (www.ternuma.com.br).



ANMTR - Articulação Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais. Veja Organizações de “Frente”.



ANO - Abu Nidal Organization (Organização Abu Nidal): organização terrorista liderada por Sabri al-Banna. Separou-se da OLP em 1974. Também conhecida por “Conselho Revolucionário Fatah”, “Conselho Revolucionário Árabe”, “Brigadas Revolucionárias Árabes”, “Setembro Negro” e “Organização Revolucionária de Muçulmanos Socialistas”. Veja Intifada, OLP e Sionismo.



Anomia - Ausência de normas, assim como qualquer tipo de autoridade. Veja Antiautoridade e Escola de Frankfurt.



Ansar Allah - “Seguidores de Alá”: organização islâmica que se responsabilizou pela derrubada de um avião entre Cólon e Cidade do Panamá, matando todas as 21 pessoas a bordo, em 19 Jul 1994. Veja Seqüestro de aviões.



Anschluss - (Alemão) “Anexação”: nome por que é conhecido o golpe nazista contra a Áustria, quando em março de 1939 realizou um plebiscito pelo qual anexou aquele país à Alemanha; os plebiscitos mostraram 99% de aprovação na Alemanha e 99,75 na Áustria. Tal fato precipitou o desencadeamento da II Guerra Mundial. Veja NAZI.



Antiautoridade - O escritor contrário à autoridade por excelência, o alemão Max Horkheimer, Diretor da Escola de Frankfurt e co-autor de “A personalidade autoritária”, foi autoritário com seu aluno Jürgen Habermas (hoje, um dos mais importantes filósofos do mundo), que discordou do mestre em várias opiniões e foi obrigado a tirar seu diploma em outra escola. Outros opositores da autoridade foram Adorno, Reich Fromm, Erikson, os quais, na década de 1920, acreditavam nas experiências do esquerdismo, incluindo as soviéticas, passando a idéia de que a “velha sociedade” era repressiva e que a “nova sociedade” era igualitária, comunista, e que emanciparia a humanidade inteira. Essas idéias levaram grupos a aplaudir a destruição de padrões tradicionais, como a família e a religião. Infelizmente, apesar de não lograrem o amaldiçoado intento, nunca lhes foi imputado o rótulo de “autoritarismo”, que tanto combatiam e tanto pregavam. Veja Anomia, Escola de Frankfurt e UALC.



Antiglobalização - Os protestos de movimentos antiglobalização começaram a se tornar mais violentos a partir da reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada na cidade de Seattle, EUA, em 1999. Na Reunião do G-8, realizada em Gênova, Itália, em 2001, 1 manifestante foi morto pela polícia. Ironicamente, esses movimentos “globais”, todos “globalizados”, de quase todos os países do “globo”, dizem que são “antiglobalização”! O movimento reúne as tendências mais variadas, desde punks, anarquistas, viúvas stalinistas, até grupos de intelectuais, estudantes, todos interessados em mais uma utopia igualitária “por um mundo melhor”. Exemplos de alguns movimentos e suas reivindicações: AGP – Ação Global dos Povos: rede de associações criada em Genebra, em 1998, para coordenar os protestos contra a OMC; AMI – Acordo Multilateral de Investimento: negociado a partir de 1995 por países da OCDE, para regular operações de empresas no exterior; o acordo não prosperou devido a intensa campanha na Internet, contrária ao AMI; ATTAC – Associação para a Taxação de Transações Financeiras Especulativas, criada na França em 1998, reúne sindicatos, jornais, cidadãos e organizações que pregam o “controle democrático do sistema financeiro internacional”; FSM – Fórum Social Mundial. Esses movimentos pregam, ainda, a renda básica: valor por Estado a cada cidadão, inclusive os que “não querem trabalhar de forma remunerada”, sem levar em conta se é rico ou pobre (!); e a Taxa Tobin: imposto idealizado pelo Prêmio Nobel de Economia, James Tobin, pretende tributar transações especulativas de capital; segundo os defensores da Taxa Tobin, se fixado em 0,1%, arrecadaria US$ 160 milhões/ano; as Nações Unidas afirmam que metade desse valor de dinheiro cobriria as necessidades básicas do mundo, em 1 ano. Veja Fórum Social Mundial (FSM), Macacões Brancos, Movimento de massa, Novilíngua, Politicamente correto, Taxa Tobin e WEF.



Antikomintern - Organização alemã, de combate ao bolchevismo. Veja Komintern.



Antraz - Bactéria utilizada na guerra biológica; fica em estado latente durante dias, antes de atacar os rins, o fígado e os pulmões; ocasiona febre alta, vômitos, dores nas articulações, dificuldade respiratória e hemorragias interna e externa. O antraz foi utilizado em ataques contra repartições públicas e privadas, nos EUA, após os atentados do dia 11 Set 2001, quando foram destruídas as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, e danificada uma ala do Pentágono, em Washington. A primeira vítima nos EUA foi Robert Stevens, editor de fotografia do tablóide “American Media”, na Flórida. Em guerras, somente o Japão é acusado de ter utilizado o antraz como arma biológica, contra a China, na década de 1940. Em 1979, na União Soviética, aproximadamente 68 pessoas morreram em acidente num laboratório que sintetizava o bacilo para uso bélico; calcula-se que havia na antiga União Soviética cerca de 30.000 profissionais envolvidos na produção de armas químicas e suspeita-se que, com a derrocada do comunismo, muitos desses cientistas foram contratados por outros países, muitos dos quais sustentam o terrorismo mundial. Veja Aliança Nacional, Al-Qaeda, Síndrome de Nova York e Talibã.



AP - Ação Popular. Em 1935, o Cardeal Leme cria no Rio de Janeiro a Ação Católica, para ampliar a influência da Igreja na sociedade. A Ação Católica era dirigida por Alceu de Amoroso Lima, seguia o conceito do Papa Pio XI e era favorável ao Integralismo, sendo acompanhado por vários padres, entre os quais Hélder Câmara. Outros intelectuais católicos: Jackson de Figueiredo (atuação a partir de 1918), Gustavo Corção, Alfredo Lage, Murilo Mendes, Pe. Leonel Franca; convertidos ao catolicismo: o positivista Júlio César de Morais Carneiro, Pe. Júlio Maria (redentorista), Joaquim Nabuco, Carlos de Laet, Felício dos Santos, Afosno Celso, além de Alceu Amoroso Lima. A dissolução da AIB por Getúlio Vargas em 1938 e a derrota do Fascismo na II Guerra Mundial fizeram com que a Ação Católica se afastasse daquela linha ideológica e, com Dom Hélder Câmara, passou a adotar o modismo esquerdista, atrelado a pensadores como Emanuel Mounier, Teillard de Chardin, Lebret e outros. No início da década de 1960, a Igreja estava ideologicamente dividida, tendo à esquerda Dom Hélder e à direita Dom Jaime de Barros Câmara e Dom Vicente Scherer. A Ação Católica tinha 3 organismos para condução de suas atividades: Juventude Estudantil Católica (JEC) – no meio secundarista, Juventude Operária Católica (JOC) – no meio operário, e Juventude Universitária Católica (JUC) – formado por estudantes de nível superior. A PUC do Rio de Janeiro, orientada pelo Pe. Henrique Vaz, era o principal reduto esquerdista da JUC, onde despontava o líder Aldo Arantes. Em Minas Gerais, a Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG reunia os principais agitadores da esquerda católica, como Herbert José de Souza ("Betinho"), José Serra, Vinícius Caldeira Brandt, Henrique Novais e Marcos Arruda. Em 1961, no XXIV Congresso da UNE, a JUC, aliando-se ao PCB, elege Aldo Arantes para a presidência da entidade. “A AP cresceu com tal velocidade no movimento estudantil que nós, os comunistas, que vínhamos ganhando a presidência da UNE desde 56, a partir de 60 perdemos a AP, com Aldo Arantes, Vinícius Caldeira Brant, José Serra” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 6 Out 1995). Logo depois, a UNE filiou-se à União Internacional dos Estudantes (UIE), organização de frente do Movimento Comunista Internacional (MCI), culminando na ira dos conservadores da Igreja, que expulsaram Aldo Arantes da JUC. Os católicos de esquerda, doutrinados para a “revolução brasileira”, abandonaram a Ação Católica e criaram a Ação Popular (AP). Durante o Governo Goulart, a AP empenha-se nas “reformas de base”, situando-se à esquerda do PCB, o que causa a fuga de seguidores para o exterior após a Contra-revolução de 1964. A AP continua sua atuação no meio universitário e, nas discussões comunistas de 1965 a 1967, passa a seguir a linha maoísta, com a Revolução Cultural chinesa (que matou 10 milhões de pessoas), apoiando a luta revolucionária. Cuba doou 14 mil dólares para a AP enviar militantes para cursos de guerrilha naquele país. A AP enviou militantes para fazer cursos em Pequim, incluindo Haroldo Lima. A AP criou o Movimento Contra a Ditadura e pregou o voto nulo para as eleições parlamentares de 15 Nov 1966. A AP enviou representante a Cuba para a IV Conferência Latino-Americana de Estudantes (1966), teve infiltração no setor metalúrgico (ABC e Contagem, MG). No campo, a AP organizou camponeses para cortar arame das propriedades (“picada de arame”) e o abate de gado a tiros; as áreas escolhidas para a agitação foram o Vale do Pindaré (MA), a região Água Branca (AL), Zona da Mata (PE) e Zona Cacaueira (Sul da Bahia). Em 1966, a AP optou pela luta armada e pelo foquismo, em Congresso realizado no Uruguai, e passou a publicar o jornal “Revolução”. A ação terrorista mais conhecida do movimento foi o atentado no Aeroporto de Guararapes, em 25 de julho daquele ano. O alvo era o presidente Costa e Silva, que se salvou porque o vôo atrasou. No entanto, morreram no local o almirante reformado Nelson Gomes Fernandes, que teve o crânio esfacelado, e o jornalista Edson Régis de Carvalho, que teve o abdômen dilacerado. O então tenente-coronel Sylvio Ferreira da Silva, hoje general reformado, sofreu amputação traumática dos dedos da mão esquerda e teve lesões graves na coxa esquerda, além de queimaduras de primeiro e segundo graus. Ao todo, houve 15 vítimas, incluindo os acima citados: o inspetor de polícia Haroldo Collares da Cunha Barreto, Antônio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro; os estudantes José Oliveira Silvestre e Amaro Duarte Dias; a professora Anita Ferreira de Carvalho; a comerciária Idalina Maia; o guarda-civil José Severino Barreto; Eunice Gomes de Barros e seu filho Roberto Gomes de Barros, de apenas seis anos de idade. O mentor do ato terrorista foi o ex-padre Alípio de Freitas, hoje residente em Lisboa, que era membro da comissão militar e dirigente nacional da AP e já atuava nas Ligas Camponesas de Francisco Julião. O executor do crime foi Raimundo Gonçalves Figueiredo, militante da AP. Pela bela obra cívico-cristã, Alípio de Freitas foi beneficiado com indenização de R$ 1,09 milhão, "piñata" recebida da famigerada Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos, e Raimundo G. Figueiredo é nome de rua em Belo Horizonte (sua família também foi indenizada). Em 1968, para evitar outros “rachas”, a AP elaborou o documento “Seis Pontos de Luta Interna”, procurando consenso entre as Correntes 1 e 2. De inspiração maoísta, “o 1º ponto caracterizava o pensamento de Mao como a 3ª etapa da revolução marxista; o 2º ponto descrevia a sociedade brasileira como semicolonial e semifeudal; o 3º definia o caráter da revolução como nacional e democrática; o 4º fazia a opção pela guerra popular como forma de luta; o 5º referia-se aos partidos comunistas, considerando que o PCB se havia ‘contaminado pelo revisionismo’ e que o PC do B era um novo partido e não o continuador do PC fundado em 1922; finalmente o 6º ponto propunha a integração dos militantes à produção (isto é, que deixassem suas profissões e passassem a trabalhar e viver como operários e camponeses), com o objetivo de provocar a transformação ideológica dos que tinham origem pequeno-burguesa” (Del Nero, in “A Grande mentira”, pg. 263). Após sua I Reunião Ampliada da Direção Nacional, a AP elegeu a China como modelo de revolução, ao mesmo tempo em que se afastou do PC de Cuba, retirando-se da OLAS e propondo que a UNE se afastasse da OCLAE, por considerá-la de “imobilismo e burocratismo”. Em 1969, um militante da AP participou do seqüestro do Embaixador Americano Charles Burke Elbrick, em apoio ao MR-8. Em 1971, à noite, uma militante da AP atraiu Antônio Lourenço (“Fernando”), também da AP, para uma emboscada; “Fernando” recebeu vários tiros de rifle 44 e de revólver e foi trucidado a porretadas até a morte; o “justiçamento” ocorreu em Pindaré-Mirim (MA) e foi planejado pelo Comitê Seccional de Santa Inês, subordinado ao CR-8 (Coordenador das atividades da organização no Maranhão e no Piauí). Em abril de 1971, após a II Reunião Ampliada da Direção Nacional, a AP assumia a denominação de Ação Popular Marxista-Leninista do Brasil (APML do B). Posteriormente, foi aprovada a tese de unificação da AP com o PC do B. Maria José Jaime, membro do PT/DF (dirigente do INESC), foi um dos “militantes” que receberam treinamento na China, em 1969, quando pertencia à AP. José Serra, Presidente da UNE quando se iniciou a Contra-Revolução de 31 Mar 1964 e Ministro da Saúde no Governo FHC, também pertenceu à AP. Leia o livro “A Grande Mentira” e veja Organizações de “Frente”, MR-8, UIE, UNE e USP.



APACL - Asian Peoples Anticommunist League (Liga Anticomunista dos Povos da Ásia).



APAL - Agencia de Prensa America Latina (da JCR). Veja JCR, OLAS, Organizações de “Frente” e Prensa Latina.



“Aparelho” - Esconderijo de terroristas durante a luta armada no Brasil, onde se encontravam também o armamento e o mimeógrafo para impressão de panfletos subversivos. O aparelho podia ser “aberto” (conhecido por outros militantes, além de seus moradores ou responsáveis), “fechado” (conhecido somente por seus moradores ou responsáveis), “de base” (utilizado para reuniões, deve possuir ‘fachada legal’; normalmente, conhecido apenas por 2 militantes, os demais são levados ao local de carro e ‘fechados’); “de aliado” (eventualmente, usado em emergência para abrigar um militante que não pode identificar o local e é levado a este completamente ‘fechado’); “de imprensa” (local onde são confeccionados os documentos de agitação e propaganda; é dotado de máquinas copiadoras – antigamente, os mimeógrafos – e aparelhos para impressão); e “de informações” (destinado à coleta, análise e difusão de informações; contém fichários, códigos, normas de segurança e outros documentos de informações). O “aparelho” para guarda do Embaixador anericano, Charles Burke Elbrick, seqüestrado em 4 Set 1969, em “frente” pela ALN e DI/GB (depois MR-8), tinha o seguinte endereço: casa nº 1026 da Rua Barão de Petrópolis, Rio Comprido, Rio de Janeiro, alugada por Fernando Paulo Nagle Gabeira (um dos seqüestradores), jornalista do Jornal do Brasil e responsável pelo setor de imprensa da DI/GB. O seqüestro de Elbrick foi idealizado por Franklin Martins, atual Diretor de Jornalismo da TV Globo em Brasília. Franklin, após o seqüestro, foi fazer curso de guerrilha em Cuba. Em troca da vida do Embaixador, foram libertadas 15 pessoas, entre elas Wladimir Palmeira, detido desde o Congresso da UNE em Ibiúna. Veja Organizações subversivas brasileiras.



Aparelho Partidário - É como os militantes comunistas chamavam à paquidérmica máquina burocrática do PCB. Veja PCB.



Apartheid - Política de segregação racial (África do Sul). O Apartheid tem origem no século XIX, quando os países europeus dividem entre si o continente africano, ficando a África do Sul para a Inglaterra; os descendentes de holandeses (bôeres) que vivem na África do Sul migram para o interior do país e criam as Repúblicas de Orange e Transvaal. A partir de 1911, uma série de leis busca consolidar o domínio dos africâners (como os bôeres passam a se chamar) e os ingleses sobre a população negra. Essa política de segregação é oficializada pelo Partido Nacional (National Party), direitista, que governou o país sob o Apartheid, de 1948 até 1990, ano em que Nélson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano (CNA) foi libertado (estava preso desde 1964). Oficialmente, o Apartheid foi encerrado em 8 Mai 1996, com a aprovação da nova Constituição do país, sob a Presidência de Nélson Mandela. Por sua luta contra o Apartheid, Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1993, junto com o ex-presidente Fredrik de Klerk. Veja Bantustões e CNA.



Apartheid turístico - Os que têm dólares, e os que não têm (Cuba sob Fidel Castro) – “dolares o muerte”, segundo o cubano Jorge A. Sanguinetty, doutor em Economia por Nova Iorque. Em 1996, ninguém se graduou em “filosofia marxista” em Cuba; o curso, antes muito concorrido, que ensinava “comunismo científico”, é agora denominado de “ficção científica” pelos estudantes cubanos. Veja Balseros, Cambio Cubano, CDR, Cubdest, Revolução Cubana e UMAP.



API - Army Peacekeeping Institute: centro de adestramento militar para Operações de Paz; local: Carlisle Barracks, Pensilvânia, EUA. Veja ONU.



“Apista” - Integrante da Ação Popular (AP). Veja AP.



APML - Ação Popular Marxista-Leninista. Substituiu a Ação Popular (AP). Um dos dirigentes da APML foi Paulo Stuart Wright (desaparecido desde 1973), natural de Joaçaba, SC, filho de missionários americanos e irmão do Reverendo Jaime Wright. Veja AP, Desaparecidos políticos, UIE, UNE e USP.



APML-B - Ação Popular Marxista-Leninista do Brasil. Uma facção da APML. Veja APML.



APODETI - Associação Popular Democrática do Timor: movimento pela independência do Timor-Leste. Veja CRNT, FRETILIN, INTERFET, UNAMET e UNTAET.



Apóstolos - Grupo de intelectuais, fundado em 1920 em Cambridge, Inglaterra, influenciados por Hobson (imperialismo) e Lenin, entre os quais se destacavam: Keynes, Bertrand Russell, Roger Fry, Ludwig Wittgenstein, Leonard Woolf, Alfred Tennyson (que logo deixou o grupo), Strachey, Wordsworth e Coleridge. “Ele (Bertrand Russel) foi sozinho para a Rússia, em 1920, encontrou-se com Lenin e denunciou o seu regime como ‘uma burocracia tirânica fechada, com um sistema de espionagem mais sofisticado e terrível do que o do Czar e com uma aristocracia tão insolente e insensível quanto’. (...) Embora (Russell) compartilhasse de seu (o dos “Apóstolos”) pacifismo, ateísmo, anti-imperialismo e das idéias gerais progressistas, desprezava a sua apatia pegajosa; o Grupo, por sua vez, o rejeitou” (Paul Johnson, op. cit., pg. 140-1). Lyton Strachey escreveu o quarteto de ensaios biográficos, “Eminent Victorians”, publicado em 1918, expondo ao ridículo e ao desprezo Thomas Arnold, Florence Nightingale, o cardeal Manning e o general Gordon. “Nos anos 30, os Apóstolos deixaram de ser o centro do ceticismo político e se tornaram um centro ativo de recrutamento para a espionagem soviética. Enquanto alguns Apóstolos, como Anthony Blunt, Guy Burgens e Leo Long foram encorajados a se infiltrar nas agências britânicas a fim de transmitir informações para Moscou, a totalidade da esquerda, conduzida pelos comunistas, tentou manter a Grã-Bretanha desarmada – política sustentada por Stalin até que Hitler o atacasse em junho de 1941. Na década de 20, o Partido Comunista britânico era composto pela classe operária, e se apresentava inovador e independente. No princípio da década de 30, chegaram os intelectuais da classe média e o PC rapidamente se tornou aviltadamente servil aos interesses da política externa da União Soviética” (Paul Johnson, pg. 290-1). Veja Escolas de subversão e espionagem, Komintern e Quinta-coluna vermelha.



APP - Aliança Para o Progresso: política governamental dos EUA, em apoio à América Latina, para deter o avanço comunista após a Revolução Cubana de 1959. Veja Folhetos cubanos, G-11, Ligas Camponesas e Revolução Cubana.



APRA - 1. Alianza Popular Revolucionária Americana: organização nacionalista e anticapitalista fundada por Victor Raul Haya de la Torre, em 1924 (Peru). Veja MRTA. 2. Associação Peruana Revolucionária Autêntica.



Aprista - Militante da APRA. Veja APRA.



APRONUC - Autoridade Provisória das Nações Unidas no Camboja. Teve início em 15 Mar 1992, com a finalidade de acompanhar as eleições previstas para 1993. O mesmo que UNTAC.



AR-15 - Modelo de fuzil automático da Colt (EUA), derivado do M-16, usado pelas Forças Armadas dos EUA desde a Guerra do Vietnã. Armamento utilizado pelo crime organizado no Brasil. Veja CV e PCC.



“Araponga” - Agente do serviço secreto. Veja ABIN e “Andorinha”.



ARGK - Exército de Libertação do Povo do Curdistão (People’s Liberation Army of Kurdistan). Veja Curdistão e PKK.



Argumentum baculinum - Argumento do porreto; emprego da violência para a consecução de um objetivo. Veja Big Brother, Big Stick, “Diplomacia de cruzeiro” , Governança global e Guerras americanas.



“Arma da fome” - 1. Os “Whigs” ingleses, com as funestas “Leis do Milho”, de 1828, aplicadas contra a Irlanda, reduziram sua população de 8 milhões para 4 milhões em um século. 2. A “Arma da fome” também foi utilizada pelo genocida e ditador soviético, Josef Stalin, que exterminou cerca de 8 milhões de ucranianos. O mesmo crime foi realizado por Pol Pot no Camboja, com a migração forçada de milhões de pessoas, da cidade para o campo. Veja Genocídio, Kmer Vermelho, NSSM-200 e Sistema métrico da intolerância.



“Armai-vos uns aos outros” - Pregação “religiosa” da Teologia da Libertação – “O Evangelho Segundo Marx”. Em 1971, foram presos 4 sacerdotes e 1 freira, que tentaram o seqüestro do Secretário de Estado Henry Kissinger, nos EUA. Veja ALN, AP (Ação Popular), Clero progressista, Frades dominicanos e Teologia da Libertação.



Arquivo do Terror - Documentos encontrados no Paraguai, que teriam relação com a chamada "Operação Condor". Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern, OLAS, Operação Condor, Organizações subversivas brasileiras e Terrorismo.



Arquivos de Moscou - Com o fim da URSS, os “Arquivos de Moscou” foram liberados ao público em geral. Com isso, pôde-se comprovar o trabalho de subversão comunista empreendida pela “hidra vermelha” a todos os cantos do planeta. Há documentos que comprovam a interferência soviética no Brasil, como a Intentona Comunista, de 1935, a respeito da qual o jornalista William Waack publicou um importante e esclarecedor livro, “Camaradas”. Há documentos que comprovam a subversão soviética instalada nos EUA – universidades, sindicatos, meio intelectual e até Hollywood, detectada pelo trabalho da “Comissão de Atividades Antiamericanas”, dirigida pelo Senador McCarthy. Veja BR (Brigadas Rojas), Dissidentes, Escolas de subversão e espionagem, FARC, Foquismo, FPMR, Guerra Civil Espanhola, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Instituto 631, Intentona Comunista, Komintern, Kulak, Libro Blanco, Macartismo, MIR, NEP, OLAS, Operação carta de amor perfumada, Operação Drogas, Organizações de “Frente”, Organizações subversivas brasileiras, Revolução, Revolução Cubana, Revolução Cultural, Revolução de 1968, Revolução Russa, STASI, Terrorismo, Tortura, UIE e UAPPL. Veja, ainda, “Os crimes do PCB” em Ternuma (www.ternuma.com.br).



ARRC - ACE (Allied Command Europe) Rapid Reaction Corps (Unidade de Reação Rápida do Alto Comando dos Aliados na Europa). Pode ser empregado para defesa da Aliança (OTAN), como para apoiar missões da ONU ou acordos da OSCE. Veja OTAN.



ASA - Antissoviétskaia Aguitátsi (Agitação Anti-Soviética): perseguição na antiga URSS, em que todos os dissidentes eram tachados de “agitadores”. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos e Lubianka.



ASALA - Armenian Secret Army for the Liberation of Armeni (pró-Soviético); também conhecido por “Grupo Orly” e “Organização 3 de Outubro”. Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631 e Komintern.



ASB - Ação Social Brasileira: Integralismo. Veja AIB.



ASG - Abu Sayyaf Group: grupo guerrilheiro extremista muçulmano, das Filipinas. Veja Fundamentalismo e Salafismo.



ASIET - Action in Solidarity with Indonésia in East Timor: ação de solidariedade promovida pela Austrália em favor do povo do Timor Leste, depois do massacre promovido pela Indonésia. Veja CRNT, FRETILIN, INTERFET, UNAMET, UNTAET e www.peg.apc.org/asiet/.



ASPCA - American Society for Prevention of Cruelty to Animals (Sociedade Americana para Prevenção de Crueldade com os Animais). Veja ALF (Animal Liberation Front).



Assassinato da Memória – O fanatismo religioso e a censura ideológica criaram o “bibliocasta” (destruidor de livros). O livro “História Universal da Destruição dos Livros”, do ensaísta venezuelano Fernando Baéz (tradução de Léo Schlafman, Ediouro, 438 pg., 2006), descreve 5 milênios de “memoricídio”. Em entrevista a Veja (edição 1958, de 31 de maio de 2006), disse Baéz: “Os maiores inimigos dos livros são intelectuais” (pg. 114). A Biblioteca de Alexandria, a mais célebre da Antigüidade, chegou a Ter 700.000 rolos de papiro. Foi destruída parcialmente por um incêndio quando Júlio César conquistou o Egito. A destruição final é atribuída aos árabes, quando conquistaram o país no século VII. A Inquisição queimou livros contrários à doutrina da Igreja. “Até Bíblias em línguas vernáculas foram queimadas, pois a Igreja só admitia o livro sagrado em latim” (in “Assassinato da Memória”, de Jerônimo Teixeira, revista Veja edição 1858, pg. 114). O nazismo promovia cerimônias públicas para queima de livros de autores judeus, comunistas, pacifistas ou considerados contrários ao nacionalismo alemão. O comunismo na União Soviética, além de destruir igrejas, também promovia a queima de livros “burgueses”. Na Guerra do Iraque, depois da invasão americana de 2003, foram destruídos museus, bibliotecas e sítios arqueológicos. Peças roubadas foram contrabandeadas pelo mercado negro internacional. “Livros sumérios de 5000 anos foram roubados do Museu Arqueológico de Bagdá” (Veja, pg. 115).



Assassinos, Seita dos - Antigo movimento religioso terrorista, ligado ao Islamismo, estabelecido no Líbano. Veja Tugues e Zelotes.



Associações de Amizade a Cuba - Organizadas pelas Embaixadas cubanas na América Latina, agiam como grupos de propaganda e proselitismo político entre estudantes, operários e intelectuais. O mesmo proselitismo comunista foi utilizado pelos sandinistas, com suas campanhas de “Solidariedade” à Nicarágua de Daniel Ortega. Veja ACJM, Guerrilheiros da pena, ICAP, OLAS e Organizações de “Frente”.



ASTROS II - Sistema de Lançamento Múltiplo de Foguetes (MLRS), fabricado pela Avibrás, usado com impacto devastador pelos EUA contra tropas iraquianas durante a Guerra do Golfo. Veja Avibrás e MLRS.



Atentado do Riocentro - “Na noite de 30 de abril de 1981, durante um show de música popular para 20 mil jovens, uma bomba explode dentro de um automóvel que manobrava no estacionamento do Riocentro, na Barra da Tijuca. Morto no seu interior o Sargento Guilherme Pereira do Rosário; gravemente ferido abandona o veículo semidestruído o Capitão Wilson Luís Chaves Machado, ambos do Destacamento de Operações de Informações do 1º Exército sediado no Rio de Janeiro.

Minutos depois outra bomba, mais poderosa, é lançada e explode próximo à casa de força do Riocentro. Como não atinge o seu alvo, não provoca a escuridão geral que certamente ocasionaria o pânico no recinto fechado do show, com conseqüências fáceis de se imaginar.” (Dickson Melges Grael, in “Aventura, Corrupção e Terrorismo – à sombra da impunidade”, pg. 81 e 82)

Vinte e cinco minutos depois da explosão, o Capitão Machado foi levado ao hospital pela neta do Senador Tancredo Neves, Andréa Neves da Cunha, que chegava ao show com o noivo Sérgio Valle. O Capitão é levado ao Hospital Lourenço Jorge, depois ao Hospital Miguel Couto. O perito Humberto Guimarães (“Cauby”) diz aos repórteres que foram recolhidas outras 2 bombas no interior do Puma (placa OT-0279), uma delas destruída pela polícia.

Já no dia 1º de maio, à 1 hora da madrugada, um homem dizendo pertencer ao “Comando Delta” telefona para vários jornais, assumindo a autoria das explosões no Riocentro.

Às 2 h da madrugada, o corpo do Sargento Rosário é lavado para o IML e em seu corpo são encontradas peças de um mecanismo de relógio. Fotos mostrando o estado do Puma e o arrancamento das vísceras do Sargento comprovam que o mesmo manuseava uma bomba por ocasião da explosão, provavelmente em cima da perna direita.

Pela manhã, o General Waldyr Muniz, Secretário de Segurança Pública fluminense, em entrevista, afirma que os 2 militares foram vítimas de atentado e os “terroristas fugiram em três carros”.

À tarde, o General Gentil Marcondes Filho, Comandante do I Exército, e o Coronel Job Lorena de Sant’Anna comparecem ao enterro do Sargento Rosário – com honras de herói – e ajudam a carregar o ataúde.

O General Gentil nomeia o Coronel Luís Antônio Ribeiro Prado presidente do IPM, para apurar as explosões no Riocentro. Cinco dias antes do prazo para conclusão do IPM, o Cel Prado renuncia por “motivos de saúde” e é substituído pelo Cel Job.

No dia 30 de junho, o Cel Job apresenta o resultado de suas investigações à imprensa, afirmando que os militares “foram vítimas de um atentado e a bomba havia sido feita com um quinto de uma lata de 2,5 litros de óleo Havoline e colocada entre a porta e o banco direito do Puma.”

Devido ao embuste que foi o Inquérito – que tentou encobrir um “acidente de trabalho” dos militares, colocando a culpa em militantes da esquerda –, o General Golbery do Couto e Silva, devido às resistências dentro do próprio SNI para punir os responsáveis pelo atentado terrorista, afirmou que havia criado um “monstro” – o SNI – e entregou o cargo de Chefe do Gabinete Civil do Governo Figueiredo. Golbery criou o SNI em 1964 e foi o seu primeiro Chefe (1964-67). Todos são unânimes em afirmar que, devido à falta de vontade do Governo Federal em punir os militares responsáveis pelos atos terroristas, o Governo Figueiredo acabou prematuramente junto com o atentado do Riocentro.

“O problema do DOI-CODI, da sua sobrevivência, da sua missão especial, das suas prerrogativas – ele mantém prerrogativas que foram negadas ao Congresso Nacional – e que é crucial dentro do processo de democratização a que se devota o Presidente da República. Organismos de emergência, criados para articular as diversas forças empenhadas na repressão à subversão esquerdista e unificar o seu comando, eles sobreviveram à subversão a ponto de abrigar em seus quadros agentes de uma nova subversão, a que pretende impugnar a democratização do país e criar problemas ao Presidente da República e à nação” (Jornalista Carlos Castello Branco, em sua coluna no “Jornal do Brasil” – 6 Jun 1981).

No dia 30 Abr 2001, 20 anos após o “acidente de trabalho”, o crime prescreveu e nenhum dos envolvidos poderá ser processado.

“ENTENDA O CASO RIOCENTRO

30 de abril de 1981

Duas bombas explodem no Riocentro, centro de eventos no Rio, durante show comemorativo do Dia do Trabalho. Uma das bombas explode dentro de um Puma no estacionamento do Riocentro. O sargento Guilherme Pereira do Rosário morre. O capitão Wilson Luiz Chaves Machado tem o abdome dilacerado

Jun/81

Relatório sobre o atentado inocenta o sargento e o capitão. O inquérito sobre o caso é arquivado

Nov/96

João Baptista Figueiredo, presidente na época das explosões, admite que houve participação de militares no atentado

Jun/99

A procuradora da República Gilda Berger afirma, em parecer, que o caso não está prescrito, e o Ministério Público Militar estuda a reabertura do inquérito

Jul/99

O Exército abre novo IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar a responsabilidade pelas explosões

Out/99

O IPM indicia quatro pessoas: o general reformado Newton Cruz, ex-chefe da Agência Central do SNI (Serviço Nacional de Informações), Wilson Machado, o sargento Guilherme Pereira do Rosário e o coronel Freddie Perdigão

Mar/2000

Cruz é acusado de falso testemunho sobre o caso. O STM (Superior Tribunal Militar) aceita a denúncia e marca o depoimento de Cruz

Abril/2000

O STF (Supremo Tribunal Federal) concede liminar suspendendo o depoimento e suspende a tramitação do processo

Maio/2000

O Supremo decide manter arquivado o processo contra Cruz”

(Folha de S. Paulo – 16/04/2001)

Antecendentes: Antes do Atentado do Riocentro, nos anos de 1980 e 1981, durante 16 meses, houve 40 atentados diversos contra Órgãos que faziam oposição ao Governo Figueiredo. Nenhum desses atentados foi elucidado.

“1980:

18/01 – desativada bomba no Hotel Everest, no Rio, onde estava hospedado Leonel Brizola.

27/01 – bomba explode na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, no Rio, durante comício do PMDB.

13/03 – desativada bomba no escritório do advogado Sobral Pinto, no Rio.

22/03 – bomba interrompe palestra de Gregório Bezerra.

27/03 – bomba no aeroporto de Guararapes, no Recife.

30/03 – duas bombas explodem no jornal ‘Hora do Povo’, no Rio de Janeiro.

13/04 – coletoria federal de Resende, no Rio, é danificada por uma bomba de baixo poder explosivo.

26/04 – show 1º de maio – 1980 – bomba explode em uma loja do Rio que vendia ingressos para o show.

30/04 – em Brasília, Rio, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Belém e São Paulo, bancas de jornal começam a ser atacadas, numa ação que durou até setembro.

23/05 – bomba destrói a redação do jornal ‘Em Tempo’, em Belo Horizonte.

29/05 – bomba explode na sede da Convergência Socialista, no Rio.

30/05 – explodem duas bombas na sede do jornal ‘Hora do Povo’, no Rio.

27/06 – bomba danifica a sede da Casa do Jornalista, em Belo Horizonte.

11/08 – bomba é encontrada em Santa Teresa, no Rio, num local conhecido por Chororó. Em São Paulo, localizada uma bomba no Tuca, horas antes da realização de um ato público.

12/08 – bomba fere a estudante Rosane Mendes e mais dez estudantes na cantina do Colégio Social da Bahia, em Salvador.

27/08 – no Rio, explode bomba-carta enviada ao jornal ‘Tribuna Operária’. Outra bomba-carta é enviada à sede da OAB, no Rio, e na explosão morre a secretária da ordem, Lyda Monteiro. Ainda nesta data explode outra bomba-carta, desta vez no prédio da Câmara Municipal do Rio.

04/09 – desarmada bomba no Largo da Lapa, no Rio.

08/09 – explode bomba-relógio na garagem do prédio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, em Viamão (RS).

12/09 – duas bombas em São Paulo: uma fere duas pessoas em um bar em Pinheiros e a outra danifica automóveis no pátio da 2ª Cia. De Policiamento de Trânsito no Tucuruvi.

14/09 – bomba explode no prédio da Receita Federal em Niterói.

14/11 – três bombas explodem em dois supermercados do Rio.

18/11 – bomba explode e danifica a Livraria Jinkings em Belém.

08/12 – o carro do filho do deputado Jinkings é destruído por uma bomba incendiária em Belém.

1981:

05/01 – outro atentado a bomba em supermercado do Rio.

07/01 – na Cidade Universitária, no Rio, uma bomba explode em ônibus a serviço da Petrobrás.

16/01 – bomba danifica relógio público instalado no Humaitá, no Rio.

02/02 – é encontrada, antes de explodir, bomba colocada no aeroporto de Brasília.

26/03 – atentado às oficinas do jornal ‘Tribuna da Imprensa’, no Rio.

31/03 – bomba explode no posto do INPS, em Niterói.

02/04 – atentado a bomba na residência do deputado Marcelo Cerqueira, no Rio.

03/04 – parcialmente destruída, com a explosão de uma bomba, a Gráfica Americana, no Rio.

28/04 – o grupo Falange Pátria Nova destrói, com bombas, bancas de jornais de Belém.” (Dickson M. Grael, op. cit., pg. 79 a 81)

Veja DOI-CODI e Terrorismo.



Atomização das esquerdas - O grande número de organizações terroristas, durante as décadas de 1960 e 70, com líderes muitas vezes despreparados, reduziu a unidade de ação dos comunistas, enfraquecendo seu poder, e foi um dos motivos do fracasso da luta armada no Brasil após 1964. Veja Organizações subversivas brasileiras.



ATPA - Acordo Tarifário do Pacto Andino: preferência tarifária na venda aos EUA de produtos de países do Pacto Andino empenhados na luta contra o narcotráfico. Veja Drogas.



AUC - 1. Ação Universitária Católica: fundada em 1929. Veja AP. 2. Autodefensas Unidas de Colombia: reúne em torno de 16 grupos paramilitares de direita, em luta contra guerrilheiros marxistas (FARC e ELN) e contra traficantes de drogas. Os principais grupos são: Autodefensas Campesinas de Cordoba y Uraba (ACCU), Autodefensas de Cesar, Autodefensas Magdalena Medio, Autodefensas de los Llanos Orientales, Autodefensas de Santander y de sur de Cesar, Las Autodefensas del Casanare e Autodefensas de Cundinamarca, além da própria Autodefensas Unidas de Colombia (AUC). Veja www.ciponline.org/colombia/infocombat.htm
Paramil, ELN, FARC e Teologia da Libertação.



Aum Shinri Kyo - Ensino da Verdade Suprema: seita budista, com 10 mil seguidores no Japão (dados de 1995). Em Mar 1995, a seita foi acusada de espalhar gás sarin (de nervos) no Metrô de Tóquio, matando 12 pessoas e intoxicando 5.500 outras; seu líder, Shoko Asahara, foi preso. Veja Bioterrorismo.



Aurora - Barco de nacionalidade holandesa, é o mais famoso centro de aborto do mundo. Financiado pela fundação holandesa “Mulheres nas Ondas”, tem instalações especiais para a prática do aborto. Veja www.aborto.com.br.



Auschwitz - Campo de concentração nazista, localizada na Polônia. Veja Campo de concentração.



Automotores Orletti - Centro de torturas argentino, em operação durante os governos militares. Veja Anjo Louro, ESMA, Operação Condor e Tortura



Autoritarismo falangista - Sistema de governo sustentado por falanges fiéis ao ditador, como Portugal sob Salazar, Alemanha sob Hitler, Itália sob Mussolini, Espanha sob Franco, Argentina sob Perón (“Soldados de Perón”), e todos os sistemas comunistas (Cuba sob Fidel Castro e seus “Comitês de Defesa da Revolução” - CDR, Camboja sob Pol Pot, União Soviética, China e os “Guardas Vermelhos” de Mao Tsé-Tung, Coréia do Norte etc.). Mais recentemente, houve amostras de autoritarismo falangista no Chile sob Salvador Allende (“Grupos de Amigos Personales – GAP”, a “Guarda Pretoriana” de Allende), no Brasil sob João Goulart (“República Sindicalista”), no Peru sob Fujimori (grupo paramilitar “Colina”, apoiado pelo SIN) e na Venezuela sob Hugo Chávez (“Círculos Bolivarianos”). Atualmente, o MST é a “falange” mais importante do Brasil, uma “guerrilha desarmada” utilizada com muito sucesso, devido ao apoio difuso que recebe, desde partidos políticos (PT, PC do B, PSTU), sindicatos (CUT), até a própria Igreja Católica (CNBB), com a omissão do Governo Federal, que presta apoio financeiro à “falange” através do INCRA. Veja, além dos verbetes acima, Adestramento, Balilas, Cesarismo, Movimento de Massa, MST e Revolução.



AVC - Alfaro Vive Carajo: surgiu em 1979 como Frente Revolucionária Estudantil (Equador). Veja UIE e Organizações de “Frente”.



AVERT - Anti-Virus Emergency Response Team: localiza vírus de computador e classifica os mesmos em 3 categorias: risco alto, médio e baixo, para ajuda aos usuários de PC. Veja www.avertlabs.com/ e Vírus.



AVH - Antiga polícia política da Hungria, pró-URSS.



Avibrás - Empresa brasileira, produz o ASTROS II, um Sistema de Lançamento Múltiplo de Foguetes (MLRS), utilizado com alto poder de devastação pelos EUA contra tropas iraquianas na Guerra do Golfo (1991). A Avibrás fabrica também antenas de comunicações e foguetes para uso científico, como o foguete antigranizo, com alcance de 4,6 km de altura, para evitar a chuva de granizo em plantações de café, uva e maçã, em Minas Gerais e no Sul do País. A Avibrás anunciou, em outubro de 2001, que irá construir um míssil de cruzeiro (cruise missile), o AV/MT 300, que poderá levar 200 kg de explosivos a 300 km de distância. Veja MLRS.



AVISA - Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas da Violência.



AVISU - Associação das Vítimas da Subversão. Veja Organizações subversivas brasileiras e Ternuma (www.ternuma.com.br).



AVJA - Associação das Vítimas de Juros Abusivos: equipe técnica em defesa do consumidor, de Brasília, faz cálculos jurídicos; Tel (0xx61) 326-8569/5413.



AWB - Afrikaner Resistance Movement (Movimento de Resistência Africâner): movimento terrorista de direita, da África do Sul. Veja Apartheid, Bantustões e CNA.







B



Baader-Meinhof - Grupo terrorista da Alemanha, teve origem no movimento estudantil da década de 1960. De ideologia marxista-maoísta, foi fundada por Ulrike Meinhof e Andreas Baader, e promoveu atentados a bomba, seqüestros e assassinatos na Alemanha, na década de 1970. Os integrantes eram recrutados entre possuidores de carro-esporte e a maioria se valia de assaltos a bancos para manter seu estilo de vida. A terrorista Meinhof suicidou-se na prisão. O Grupo deu origem à Facção do Exército Vermelho (Red Army Faction – RAF). Veja RAF.



Baía dos Porcos, Invasão - Levante de cubanos anticastristas, exilados em Miami, ocorrido em abril de 1961 na Playa Girón, Cuba, com apoio dos EUA, que redundou em tremendo fracasso. Veja Revolução Cubana.



Balilas - Nos tempos do fascismo italiano, a educação da infância e da juventude era a própria formação do militante fascista: da incorporação aos “Filhos da Loba”, aos 6 anos de idade, à adesão aos “Jovens Fasci (grupos) de Combate” - os balilas -, aos 18 anos. Atualmente, o MST utiliza modelo fascista semelhante nas escolas de base de seus acampamentos (Leia “A pedagogia do gueto”, do jornal “O Estado de S. Paulo”, 11 Jun 1998), com recursos de várias ONG e do PRONERA, e apoio de entidades como a CNBB, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e a própria ONU (UNICEF), e com a omissão dos governos estaduais e federal. Em Veranópolis, RS, o MST montou a Escola Josué de Castro, escola-piloto para preparar para o magistério exclusivamente jovens assentados ou acampados. Veja Adestramento, Autoritarismo falangista, Movimento de Massa, Novilíngua, MST e ONB.



Balseros - Fugitivos cubanos que se lançam ao mar em pequenas embarcações, por vezes simples bóias adaptadas de câmaras de pneus ou troncos de bananeiras. Metade dos fugitivos, durante o auge da crise econômica cubana, em 1994, tinha menos de 30 anos. Veja Cambio Cubano, CDR, Cubdest e UMAP.



Bantustões - O Apartheid criou, na África do Sul, 10 nações tribais independentes, instaladas em área correspondente a 13% do país, onde os negros foram confinados durante os governos dos Primeiros-Ministros Hendrik Verwoerd (1958-1966) e B. J. Voster (1966-1978). ONGs e ditos “movimentos populares” pretendem instalar “bantustões” de negros (descendentes de escravos, como os Kalungas) e “bantustões” indígenas em todo o Brasil, que poderá levar à “africanização” ou à “balcanização” de nosso País. Veja Apartheid e CNA.



Barbudinhos do Itamaraty - Designação de uma ala ideológica dentro do Ministério das Relações Exteriores, de tendência marxista, muito atuante na política externa, de Geisel a Lula. Veja Polonetas.



Batalha de Boyne - James II, católico fanático, foi deposto pelo protestante Guilherme de Orange e fugiu para a Irlanda, onde organizou um exército católico. Guilherme desembarcou na Irlanda com um exército protestante e a guerra civil durou de 1688 a 1691 (embora alguns digam que ainda não acabou, depois de mais de 300 anos de lutas, a exemplo da atuação do IRA). Algumas vitórias protestantes e a Batalha de Boyne, em 1690, ainda são celebradas anualmente na Irlanda do Norte – uma provocação contra os católicos. Cada criança católica irlandesa é ensinada a não se esquecer disso: “Lembre-se de 1690” está escrito nas paredes de toda a Província. Até 1922, toda a Irlanda fazia parte do Reino Unido. A Irlanda do Norte, hoje sob domínio britânico, tem 6 Condados e minoria católica (mais ou menos 33%). Nos 26 Condados do Sul (República da Irlanda ou Eire), os protestantes são minoria (em torno de 27% da população). Veja IRA, Feniano e Tories.



Bater Duro - Campanha de combate ao crime, na China, iniciada em 1983. Em 3 meses do 1º semestre de 2001, foram 1.781 execuções por motivos políticos ou criminosos, como tráfico de drogas, enriquecimento ilícito, fraude fiscal, esquemas financeiros. Os sentenciados são mortos em estádios lotados de pessoas; a família do condenado tem de pagar a bala usada para matá-lo. No final de junho de 2001, Wang Guoqi, médico do Hospital da Polícia Paramilitar de Tianjin, China, viajou aos EUA, onde pediu asilo e denunciou às autoridades americanas a comercialização de órgãos de criminosos executados (que são retirados, muitas vezes, com os condenados ainda em agonia); um rim chega a custar US$ 15 mil. Um dos motivos do aumento da criminalidade na China é o desemprego (3% - nível baixo para os padrões mundiais, mas na china atinge dezenas de milhões de adultos), causado pelo colapso de muitas empresas estatais (dados de 2001). Veja PCCh.



BCCI - Bank of Credit and Commerce International (Banco de Crédito e Comércio Internacional), tinha sede em Abu Dabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Famosa por prestar “serviços especiais”: “lavagem de dinheiro” para terroristas, serviços muçulmanos de Inteligência e mujadins, financiamento clandestino de armas convencionais, armas de destruição em massa e de outras tecnologias estratégicas, envio e “lavagem de dinheiro” desviado de líderes corruptos de países em desenvolvimento. Nos anos de 1980, o BCCI havia sido a principal via de transferência e “lavagem” de fundos secretos da CIA para os mujadins afegãos (contra a URSS). Essa central criminosa foi atingida por crise financeira em 1991, faliu em 1992 e foi desmontada em 1996, depois de causar um prejuízo de US$ 500 milhões a países da União Européia; no mundo, o prejuízo foi de trilhões de dólares. Como costuma ocorrer em situações semelhantes, muitos islâmicos afirmaram que a falência do BCCI foi culpa do Ocidente – vale dizer, dos EUA.



Beatnik - O termo “beat” é mais comumente aplicado ao movimento literário de São Francisco e Nova York (EUA), mas pode significar batida (no sentido musical), pulsação, ritmo (poético), cadência, furo (jornalístico) etc. O colunista Herb Caen, de São Francisco, cunhou a palavra “beatnik” após o lançamento, em 1957, do satélite Sputnik – uma clara simpatia soviética e uma boa dose de antiamericanismo. A “bíblia” beatnik foi “On the Road” (“Pé na Estrada”), de Jack Keronac. Veja Escolas de subversão e espionagem, Macartismo, Peacenik e Rede Liliput.



B f V - Agência de Inteligência Alemã.



BH - Bósnia-Herzegóvina: capital Sarajevo, cidade em que terroristas assassinaram o arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, em 1914, ato que ocasionou o início da I Guerra Mundial. Em 1994, forças islamitas foram instaladas na Bósnia por Bin Laden e Zawahiri, para combater os americanos do IFOR. O Acordo de Dayton, EUA, em 1995, estabeleceu divisão do território em Federação Croata Muçulmana (FCM) e República Srpska (RS), após a Guerra dos Bálcãs. Veja Limpeza demográfica e Limpeza étnica.



Bhopal, tragédia de - A fábrica de pesticidas da Union Carbide, em Bhopal, Índia, liberou nuvem tóxica no dia 3 Dez 1984, que foi o pior acidente isolado da história industrial, matando mais de 3.000 pessoas e ferindo outras 200.000. Veja Césio 138 e Chernóbyl.



Big Bang - Organização mafiosa britânica, que explora cassinos e “lavagem” de dinheiro. Veja Máfia.



Big Brother - “Grande Irmão” (“The Big Brother is watching you” – “O Grande Irmão está vigiando você”): personagem onisciente e onipresente criado pelo escritor George Orwell, no livro “1984”. O livro é uma violenta condenação do totalitarismo e, também, da novilíngua (newspeak), linguagem nova, com o objetivo de reduzir o alcance do pensamento, e da duplidéia (doublethink), a crença simultânea em 2 idéias contraditórias. Anteriormente representado pela tirania personalista do stalinismo, hoje “Big Brother” é sinônimo de EUA. Veja Big Stick, “Diplomacia de cruzeiro”, Echelon, Governança global, Guerras americanas e Síndrome de Nova York.



Big Stick - Em 1903, Roosevelt elabora a Doutrina Big Stick, a política do “porrete”, com a qual os EUA tratam países sem grande expressão político-militar, como o ocorrido nas invasões ao Panamá e Granada, e nas “missões da ONU” no Haiti e na Somália. Após o fim da Guerra Fria, a política americana do “Big Stick” foi substituída pela “Diplomacia de cruzeiro” (cruise diplomacy), a exemplo dos ataques de tomahawk (míssil de cruzeiro) contra o Iraque (1991) e a Iugoslávia (1999), destruindo completamente a infra-estrutura de ambos os países – exemplos clássicos do terrorismo moderno. A “Diplomacia de cruzeiro” também foi utilizada contra o Governo dos Talibãs, no Afeganistão, em 2001, e na Guerra do Iraque, em 2003. Veja Big Brother, Diplomacia de cruzeiro, Guerras americanas, Governança global e Síndrome de Nova York.



Bio-ideologia - Fenômeno “ludditista” ou “Swing” observado no início do século XXI. Grupos esquerdizóides, antiamericanos e antiglobalização são contra pesquisas e produção de alimentos geneticamente modificados, não baseados em fundamentação científica, mas por pura birra ideológica. Veja Fenômeno Capitão Swing, Luditismo e Lysenkoísmo.



Biometria - A biometria é a identificação ou verificação automática da identidade de um indivíduo a partir de características fisiológicas únicas ou de comportamento, como impressão digital, mãos, fisionomia, assinatura, voz, retina, íris, veias, dedos etc. As opções de alternativas biométricas existentes no mercado são muitas: geometria de mão, impressão digital, sistemas de impressão viva (live scan), sistemas de impressão latente (Automated Fingerprint Identification Systems- AFIS), reconhecimento facial, voz, impressões oculares, assinatura etc. A biometria tem ampla utilização no controle de acesso e circulação de pessoas em organizações sensíveis, como indústrias e órgãos governamentais, além do levantamento de fichas de criminosos. Informações na web: The Biometric Consortium (www.biometrics.org); International Biometric Industrial Association - IBIA (www.ibia.org); Biometric Testing Services (www.npl.co.uk/npl/sections/this/biotest/); US National Biometric Test Center (www.engr.sjsu.edu/~graduate/biometrics); Association For Biometric (www.afb.org.uk).



Bioterrorismo - Atentado com armas biológicas. “As armas biológicas são as bombas de Hiroshima dos pobres” (Laurie Garrett, norte-americana, escritora e especialista no assunto). Veja Antraz.



BIS - British Information Service. Veja MI 5, MI 6 e SIS.



Black Hand - Mão preta: sociedade anarquista e terrorista siciliana e ítalo-norte-americana.



Black Moslem - Black Muslim (Muçulmano Negro): membro de uma seita de negros norte-americanos, que prega a separação entre negros e brancos, professa o Islamismo e visa à fundação de uma nação negra. Veja Racismo.



Black Panther - Pantera Negra: membro de uma associação de extremistas negros norte-americanos que lutam, usando de violência, pelos direitos dos negros. Veja Racismo.



Blanquismo - Dirigiu política e militarmente a Comuna de Paris, em 1871, do qual Marx e Lênin herdaram a concepção da ditadura do proletariado. Veja Comuna de Paris.



BLU-118B - Bomba de alto poder de destruição, equipada com sensor e teleguiada a laser, utilizada pelos EUA contra a Al-Qaeda, no Afeganistão. “A BLU-118B é uma bomba termobárica detonada em três estágios. O projétil perfura o bunker e mata seus ocupantes, mas a estrutura é preservada. Ao se aproximarem do alvo, sensores instalados na bomba acionam o detonador. A carga liberada, que parece um cogumelo de fogo, perfura concreto ou pedra. No interior do prédio ocorrem duas explosões. A primeira para liberar um mistura gasosa e a segunda, com efeito retardado, para inflamá-la. A seqüência de explosões causa ondas de choque que elevam a temperatura e sugam o oxigênio do bunker. Os ocupantes morrem incinerados ou por asfixia” (Revista Veja, edição 1742, pg. 88 e 89, de 13 Mar 2002). Veja Al-Qaeda e Síndrome de Nova York.



Blut und Boden - Sangue e Solo: ideologia nazista, glorificava as origens camponesas de seus dirigentes, embora apenas cerca de 5% tinha pais camponeses ou artesãos. O mesmo ocorreu com os comunistas russos: canonizando o proletariado, diziam que tinham origem proletária, embora pertencessem a classes diferentes; o pai de Lênin era inspetor escolar, o pai de Kamenev era engenheiro, o de Trotski era proprietário de terras e o de Molotov era vendedor – ou seja, nenhum proletário entre os citados totalitários. Veja Comunismo, Marxismo, Movimento Volk, NAZI, Revolução Russa.



BNG - Base Naval en Guantánamo: base militar americana em Cuba. Integrantes do Talibã, presos no Afeganistão, foram recolhidos àquela base, depois da guerra americana contra aquele país, em 2001. Veja Al-Qaeda e Síndrome de Nova York.



“Bogotaço” - Quebra-quebra ocorrido em Bogotá, Colômbia, em 1948, durante a Conferência Pan-Americana, ocasião em que morreram 3.000 pessoas; Fidel Castro ajudou a organizar os tumultos. Veja Revolução Cubana.



“Bolcheniquim” - Bolchevique tupiniquim: dirigentes do MST e integrantes do PC do B, PCO, PSTU e outras organizações radicais, além das “Libélulas da USP” e grupos afins. Veja Guerrilheiros da pena, Libélulas da USP, MST e USP.



Bolchevique - Ala majoritária (maximalista) do Partido Operário Social-Democrata russo. Veja Revolução Russa.



“Bomba D” - Bomba da Desinformatsya (Desinformação). Veja Desinfromatsya e o editorial de “O Estado de S. Paulo”, de 15 Nov 1986, “Aids e desinformatzia: qual a pior?”.



Bombardeiros - O avião-bombardeiro mais antigo em operação, desde a II Guerra Mundial, é o B-52, armado com bombas convencionais e nucleares, com autonomia de 14.000 km, podendo carregar até 50 bombas de 241 kg. O B-52 é também conhecido como “buff” (big, ugly, fat, fucker – grande, feio, gordo, escroto). O bombardeiro mais moderno é o B-2, avião de 2 bilhões de dólares, que voou direto dos EUA para bombardear o Afeganistão em outubro de 2001, contra o Governo Talibã e o Al-Qaeda de Osama bin Laden. O B-1 é um supersônico armado com bombas que são guiadas por satélites. O F/A-18 Hornet é um caça-bombardeiro, normalmente baseado em bases aéreas ou porta-aviões. Veja Tapete de bombas.



Bombas atômicas - As bombas atômicas lançadas pelos americanos sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945, não se basearam apenas em cálculos militares. O general McArthur, Comandante Supremo das Forças Aliadas no Pacífico, só foi informado a respeito da arma 5 dias antes do seu emprego; não foi solicitada sua opinião a respeito. O almirante Leahy, Presidente da Junta dos Chefes de Estado-Maior, considerava, 2 meses antes do ataque a Hiroshima, que os japoneses já havia sido “completamente derrotados” pelo bloqueio marítimo e pelo bombardeio convencional, e estavam prontos para capitular. O almirante King, Comandante-em-Chefe da Frota dos EUA, advertira em diversas ocasiões que o bloqueio naval obrigaria, com o tempo, o inimigo a submeter-se pela fome, sem desperdiçar milhares de vidas americanas numa invasão terrestre. A decisão de usar a bomba atômica fora tomada num nível político: não a fim de derrotar o Japão com a mínima baixa de vidas humanas americanas, mas obrigar o país a ser render antes que se efetuasse a iminente invasão soviética da Manchúria. Numa rápida rendição japonesa, o controle do Japão no mundo pós-guerra e a influência no Pacífico e na Ásia Oriental pertenceriam unicamente aos EUA, sem direito a reivindicações soviéticas. Veja Guerra fria.



“Bom bandido” - No Brasil, muitos intelectuais acreditam que exista o “bom bandido”, pois defendem traficantes de drogas e bandidos em geral, dizendo que são os “excluídos do sistema”, a exemplo de vários filmes onde o bandido é exaltado e a Polícia ou o Exército são vilipendiados: Lampião e Maria Bonita; O Bandido da Luz Vermelha; Corisco; O Cangaceiro; Lúcio Flávio, o passageiro da agonia; Pixote; Guerra de Canudos; Guerra dos Pelados (sobre a Guerra do Contestado); Guerra do Brasil (sobre a Guerra do Paraguai); Rádio Verde e Amarelo (deboche dos pracinhas, na II Guerra Mundial); Lamarca; Baile Perfumado; O que é isto Companheiro?; Ação entre Amigos; Os Matadores; Barra 68. No final do ano 2000, iniciou-se a preparação do filme Olga, agente soviética destacada pelo Komintern para desencadear a Intentona Comunista no Brasil, ao lado de Luis Carlos Prestes. Em 2001 inicia-se a filmagem de A Bomba do Riocentro. O cineasta-banqueiro João Moreira Sales financiou um livro autobiográfico do traficante carioca Marcinho Vepê (1999) – com certeza, o próximo filme sobre mais um “bom bandido”. Ronald Biggs, assaltante de um trem postal inglês, em 1963, fugiu ao Brasil e aqui se tornou estrela de comerciais de TV. José Carlos dos Reis Encina, o “Escadinha”, preso em Bangu I, gravou CD de rap. Veja “Bom selvagem”, Novilíngua e Revisionismo.



“Bom burguês” - Alcunha de Jorge Medeiros Valle, funcionário do Banco do Brasil, agência Leblon, que, segundo Márcio Moreira Alves (op. cit.), desviou o equivalente a 2 milhões de dólares em contas da Suíça, separando uma parte do dinheiro para si e outra para organizações terroristas, como o PCBR e o MR-8 (170 mil dólares). Veja MR-8 e PCBR.



“Bom selvagem” - Expressão cunhada por Jean-Jacques Rousseau, em que afirmava que o homem nasce bom e sem vícios, mas depois é pervertido pela sociedade civilizada (em sua obra “Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens”, 1755). Veja “Bom bandido”.



Bonapartismo - Veja Cesarismo.



Boryokudan - Máfia japonesa. Veja Máfia e Yakuza



BR - Brigadas Rojas (Brigadas Vermelhas - BV): formadas em 1969, por estudantes de Trento, de inspiração marxista-leninista, pretendiam formar um Estado revolucionário na Itália, separado da Aliança Ocidental. Em 33 anos, o terror na Itália, praticado por extremistas da esquerda e da direita, matou 420 pessoas em 15 mil ataques, com saldo, ainda, de 1.200 feridos. As BV foram o grupo terrorista mais famoso da Itália. Promoveram assassinatos e seqüestros de governantes italianos; mataram em 1978 o ex-Primeiro Ministro Aldo Moro, líder do Partido Democrata-Cristão; seqüestraram em 1981 o general-de-brigada do Exército dos EUA, James Dozier; e responsabilizaram-se pela morte de Leamon Hunt, chefe americano do Grupo de Observadores e da Força Multinacional do Sinai, em 1984. Em 1984, as BV dividiram-se em duas facções: Partido Comunista Combatente (BR-PCC), que continuou os ataques terroristas na década de 1980, e União de Comunistas Combatentes (BR-UCC). No dia 19 de março de 2002, foi assassinado Marco Biagi, consultor do Governo Silvio Berlusconi, crime assumido pelas BV e comemorado por terroristas confinados na prisão de segurança máxima de Trani, sul da Itália. Mesmo presos, condenados à prisão perpétua pelo assassinato de políticos nos anos 80, muitos desses terroristas, conhecidos como “irredutíveis”, organizam ações através de terceiros. Os presos Fabio Ravalli e Franco Grilli são acusados de promover os atentados contra a Confederação das Indústrias italianas, em 1992. Outro preso, Antonio Fosso, o “Cobra”, assumiu da prisão o ataque contra a base da OTAN em Aviano, em 1993. A morte do consultor Massimo D’Antona, em 1999, também é atribuída aos “irredutíveis”. Há células terroristas independentes na Itália: NTA (Núcleos Territoriais Antiimperialistas), CARC (Comitê de Resistência para o Comunismo) e NCC (Núcleo Armado Combatente), um braço das BV. Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern e Terrorismo.



“Brasilinização” - A “brasilinização da sociedade” é como muitos europeus chamam às sociedades degradadas pelo alto grau de desemprego, violência e desintegração social, como ocorre nas favelas das grandes cidades brasileiras – daí o nome “brasilinização”. Veja CV, PCC e Zonas liberadas.



Brasil, Nunca Mais - Relatório elaborado pela Arquidiocese de São Paulo, sob a direção do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, onde constam os nomes das vítimas da ditadura militar (mortos e desaparecidos) e são relacionados nomes de supostos torturadores. Semelhante à Comissão Sábato (Argentina), que elaborou o Relatório “Nunca Más”, a obra “Brasil, Nunca Mais” peca por não relacionar os crimes cometidos pelos grupos extremistas de esquerda (assassinatos, assaltos a bancos, seqüestros, atentados a bombas, “justiçamentos” - assassinatos de próprios companheiros), que provocaram a morte de mais de 100 pessoas. Isso não causa estranheza, porque o Relatório foi elaborado pelos próprios comunistas, com as bênçãos de Dom Arns. Leia os livros “Brasil, Nunca Mais” e “Brasil, Sempre!”, e acesse Terrorismo Nunca Mais (Ternuma - www.ternuma.com.br) e Tortura Nunca Mais (www.torturanuncamais.org.br), para separar o mito do “Tortura” da realidade do “Ternuma”.



Brasil, Sempre! - O livro “Brasil, Sempre!” escrito pelo tenente do Exército, Marco Pollo Giordani, completa a lacuna deixada pelo Relatório “Brasil, Nunca Mais”, apresentando o reverso da moeda, ou seja, as atividades dos grupos terroristas que tentaram impor uma ditadura marxista no Brasil, o que felizmente foi evitada pelos militares. Veja Brasil Nunca Mais e Ternuma (www.ternuma.com.br).



Brazil Network - “Rede Brasil”: organização com sede em Londres e Washington, tem a finalidade de coordenar as ONGs no Brasil, especialmente a Anistia Internacional, Survival International, Oxfam, WWF, Greenpeace. Tenta diminuir a soberania brasileira, utilizando como pretexto as causas ecológicas, indígenas, direitos humanos e, por último, a “reforma agrária” do MST. Veja ONG, Ongagotango e MST.



Brigada América - Proveniente de Cuba, para espalhar a guerrilha nas selvas sul-americanas, como a Bolívia, onde morreu Ernesto Che Guevara. Veja Brigadas Médicas e Revolução Cubana.



Brigada do Ódio - Veja Brigada Zangada.



Brigada Zangada - O mesmo que “Brigada do Ódio”, era um grupo terrorista da Inglaterra. Seus membros viviam em condições indignas, como hippies, e todos os condenados desse grupo eram universitários. Hoje, pode-se dizer que o MST é também uma “brigada zangada”, com suas milícias armadas e os “balilas” que se formam em seus acampamentos, instruídos a desrespeitar a lei e a ordem – para eles, oriundas da “instituição burguesa”. Veja Adestramento, Autoritarismo falangista, Balilas, Movimento de massa e MST.



Brigadas Internacionais - Formadas por voluntários de diversos países do mundo, participaram da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), apoiando os republicanos (socialistas, comunistas e anarquistas), contra as tropas do General Francisco Franco, que, por sua vez, foram apoiadas por tropas da Legião Condor, de Hitler, e dos camisas-pretas, de Mussolini. Os russos forneceram à República 1.000 aviões, 900 tanques e 300 carros blindados, 1.550 peças de artilharia e imensa quantidade de equipamento militar. A França forneceu cerca de 300 aviões. Os russos também enviaram 1.000 pilotos e cerca de 2.000 especialistas. Ao todo, 40.000 estrangeiros lutaram pela República, 35.000 nas brigadas, embora nunca mais de 18.000 de uma só vez. “Contaram ainda com 10.000 médicos, enfermeiras e especialistas civis. O maior contingente, cerca de 10.000 pessoas, veio da França, seguido de 5.000 alemães e austríacos, 5.000 poloneses, 3.350 italianos, cerca de 2.500 da Grã-Bretanha como dos Estados Unidos, 1.500 da Iugoslávia como da Tchecoslováquia, 1.000 da Escandinávia como do Canadá e da Hungria, e contingentes menores provenientes de mais de quarenta países” (Paul Johnson, op. cit., pg. 276). Veja Guernica, Guerra Civil Espanhola, Komintern, Legião do Condor e POUM.



Brigadas Médicas - Junto com as “brigadas militares”, para apoio a guerrilhas e regimes afinados com Havana, especialmente na África, Fidel Castro enviava profissionais para prestação de serviços médicos a países como Angola, Moçambique, Congo (com a presença de Che Guevara), Argélia, Iêmen, Iraque, Síria, Tanzânia, Etiópia, Vietnã, Guiné-Bissau, Afeganistão, Madagascar, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Benin, Serra Leoa, Somália, Guiné Equatorial, Eritréia. Em 1961, o comandante (cubano) Almeijeiras morreu na Guerra da Argélia, contra a França. Na guerra árabe-israelense de 1967, militares cubanos pilotaram jatos e tanques, que partiram da Síria para atacar Israel. Durante 10 anos, o regime de Fidel Castro treinou tropas em Cuba e na África, como as tropas do PAIGC e guerrilha do MPLA (desde 1963/64). Em Angola, Cuba chegou a desdobrar, em uma oportunidade, cerca de 50.000 soldados, que combateram ao lado do MPLA contra a UNITA (no total, Fidel enviou 300.000 soldados a Angola). Em 1973, Fidel Castro voltou a enviar pilotos para a Síria, para combater os israelenses na Guerra do Yom Kippur. Na América do Sul, o apoio de Fidel Castro foi ostensivo ao Chile do Governo marxista de Salvador Allende, com quem Castro tinha “relações carnais”, e ao Peru, durante o Governo esquerdista Velasco Alvarado, que tinha assessoria do brasileiro Darcy Ribeiro. No Brasil, em 1961 já havia cubanos ensinando táticas de guerrilha no interior do País, especialmente Pernambuco. Veja Centro Tricontinental, Folhetos cubanos, Libro Blanco, OCLAE, OLAS, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução Cubana e Tricontinental.



Brigadas Vermelhas - Grupo terrorista-marxista, da Itália. Veja BR (Brigadas Rojas).



“Brizoleone” - O Exército Popular de Libertação (EPL), preconizado por Leonel Brizola, foi na verdade um “exército de brancaleone” tupiniquim. Veja “El ratón”, G11 (Grupo dos Onze), FPL, FALN, MNR e Ternuma (www.ternuma.com.br).



BR-MDP - Bandera Roja-Movimiento por la Democracia Popular (Venezuela).



BSA - Bureau Sul-Americano: órgão subordinado ao Komintern (Internacional Comunista). Veja Komintern.



Burka - Vestimenta islâmica, que cobre a mulher da cabeça aos pés, deixando apenas uma pequena grade retangular à altura dos olhos, por onde as mulheres enxergam com dificuldade, ocasionando, muitas vezes, problemas sérios de visão. No Afeganistão, a burka tornou-se obrigatória durante o regime dos Talibãs. Veja Talibã.



BV - Brigadas Vermelhas. Veja BR (Brigadas Rojas).





Arquivos I - Apresentação e Bibliografia:



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Arquivos I - A e B:



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Arquivos I - C e D:



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Arquivos I - E e F:



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Arquivos I - G, H e I:

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Arquivos I - M:



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Arquivos I - P, Q e R:



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