MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Réquiem por Israel - Por Félix Maier


Félix Maier

07/10/2024

Há 1 ano, Israel sofreu covarde massacre por parte do grupo terrorista Hamas, da Faixa de Gaza, com mais de 1.200 mortos e 251 pessoas sequestradas e levadas para Gaza, as quais a mídia antifas trata como "reféns de guerra", um absurdo sem tamanho.

O ataque do Hamas foi para "comemorar" os 50 anos da Guerra do Ramadã (ou Yom Kippur, como é conhecida em Israel), ataque promovido pelo Egito contra o Estado Judeu, em 6 de outubro de 1973.

O genocídio mostrou a crueldade extrema dos terroristas, que mataram o maior número de israelenses possível, com degola de crianças, estupro e esquartejamento de mulheres e inúmeras famílias queimadas vivas dentro de suas próprias casas, em vários kibutzim. Uma multidão foi também atacada num festival de música rave no Deserto do Negev, ao Sul de Israel, com 260 mortes, sequestros e queima de inúmeros carros - cfr. em https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/veja-como-ficou-local-de-festival-atingido-por-ataques-do-hamas-em-israel/

Mulheres sequestradas foram e ainda são sistematicamente violadas pelos terroristas do Hamas em Gaza.

Tendo que se defender do Irã e seus grupos terroristas terceirizados (Hamas e Estado Islâmico em Gaza, Hezbollah no Líbano e Houthis no Iêmen), para que o Estado Judeu tenha o direito de existir, Israel promove ataques fortes em diversas frentes, o que é um direito natural, custe o que custar.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgou hoje (07/10) o número de lançamentos de foguetes em direção ao Estado de Israel desde o início da guerra:

• 13.200 lançamentos da Faixa de Gaza
• 12.400 lançamentos do Líbano
• 400 lançamentos do Irã
• 180 lançamentos do Iêmen
• 60 lançamentos da Síria

Infelizmente, a ONU e a União Europeia pedem um cessar-fogo imediato, como se isso fosse estabelecer a paz na região. Na mesma toada estão as falas de Lula, acusando Israel de "genocídio", especialmente de mulheres e crianças, tornando-se persona non grata naquele país. O mesmo disparate Lula repetiu em Guarulhos, ao receber refugiados do Líbano, no dia 6/10. Nenhum carinho e consideração Lula mostrou pelo povo israelense, especialmente do Norte do país, que teve que fugir da região, agora transformada em vilas-fantasmas devido à saturação de foguetes do Hezbollah.

A situação de Israel é muito crítica, sem solução à vista em curto prazo. Se já morreram mais de 41.000 palestinos, como o Ogro de Nove Dedos gosta de repetir, é porque os terroristas usam o próprio povo como escudo de proteção - além de utilizar hospitais, escolas, mesquitas e até órgãos da ONU em Gaza como quartéis-generais e bases de lançamento de foguetes.

Israel faz ataques violentos, sim, mas direcionados de modo o mais cirúrgico possível, para destruir o inimigo com o menor número de vítimas civis. São quase 42.000 mortes de palestinos até hoje, o que é uma lástima. Mas, quantas mortes seriam, se Israel usasse o modo criminoso de destruição total do Hamas e de seus comparsas?

Israel mostrou que tem capacidade para matar os chefes dessas organizações terroristas onde estiverem, no Líbano, na Síria, no Irã, seja colocando explosivos em seus pagers e walkie-talkies, ou os abatendo com bombas de 1 tonelada no estilo arrasa quarteirão, com prédio vindo abaixo.

Fico imaginando o que teria sobrado de Israel se o país não tivesse um sistema eficiente de defesa, o Domo de Ferro e o Estilingue de Davi, de custo bilionário, com ataques maciços vindos de Gaza, do Líbano, do Iêmen e até do Irã. Já teria sido varrido do mapa. Contando, ainda, com a ajuda antiaérea dos EUA, Reino Unido e França, os quais têm navios de guerra no Oriente Médio, Israel tem sido defendido a contento.

Se o Hamas e parceiros do terrorismo tivessem o poder bélico de Israel, quantas seriam as vítimas de judeus até agora, sem a preocupação humanitária de "ataques cirúrgicos" para preservar ao máximo os civis? 200.000 mortes? 500.000? 1.000.000? Afinal, o objetivo estratégico do Hamas e de seus genéricos do terror é destruir o Estado de Israel e matar todos os judeus do mundo.

O Irã dos aiatolás é hoje o mais poderoso inimigo de Israel. Assim, não causará surpresa se Israel atacar refinarias de petróleo, e até instalações nucleares daquele país, como prevenção, como já fez com o Iraque anos atrás. O Irã com bomba nuclear poderia levar o Armagedon a todo o Estado de Israel.

E a ONU? Para que serve a ONU? Para nada. É melhor fechar aquela baiuca bilionária e perdulária, que só serve como cabide de emprego para pagar ótimos salários a nababos, além de querer impor ao mundo todo como as pessoas devem viver, dentro da estratégia woke do politicamente correto.

Dessa forma, só resta a Israel levar essa guerra até a derrota final de seus inimigos, por mais que apoiadores do Hamas e de outras forças antissemitas façam passeatas ao redor do mundo, nas ruas e nas universidades, inclusive no Brasil. E o Ogro de Nove Dedos fique cada vez mais nervosinho com as mortes de palestinos, só palestinos, não israelenses, não se importando com as mais de 45.000 mortes violentas que ocorrem todos os anos no Brasil.

Obs.:

1. Terroristas do Hamas detalham assassinatos em Israel -

2. O kibutz onde o Hamas massacrou mais de cem civis israelenses - 
https://www.youtube.com/watch?v=rCdesdxaSNk

3. Embaixada de Israel exibe vídeos chocantes e afirma: “Hamas e Estado Islâmico são iguais” -

4. Vídeo mostra casal israelense sendo sequestrado e feito de refém pelo Hamas durante rave - https://www.youtube.com/watch?v=qH1DlBGA76A



sábado, 5 de outubro de 2024

Poeira estelar - Por Félix Maier


poeira estelar

Félix Maier

Nas p-branas das supercordas, sou trovador,
Cantando versos pela vastidão, para minha amada.
Quero vibrar em cada dimensão oculta, ser calor,
Poesia que ecoa na eternidade entrelaçada.

Na mecânica quântica, viro incerteza e ilusão,
Subpartícula que dança entre o ser e o talvez,
Viajo como onda, como partícula em colisão,
Sou paradoxal amor, sou inconstância e altivez.

 


Nos seis sabores dos quarks, nos bárions te encontro,
Confinados na força nuclear que jamais se esvai,
Entrelaçados nos mésons, unidos nesse ponto,
Que nenhuma energia dispersa ou desfaz.

No choque da matéria com antimatéria, enfim,
Quero me aniquilar contigo, luz pura a emergir,
Ser um fóton brilhante, a luz que se faz sem fim,
Transcender o limite, renascer, reluzir.

Nos buracos negros quero mergulhar ao teu lado,
Eternizar nosso amor no enigma do espaço-tempo,
Singularidade onde o infinito é alcançado,
Entre horizontes onde cada segundo é um evento.

Na matéria escura, brinco de esconde-esconde,
Junto a ti, invisíveis, dançamos pelo universo,
Ocultos, mas tão reais quanto a paixão que responde,
Ao pulsar gravitacional, nosso laço submerso.

Na relatividade, curvo a luz para te iluminar,
Faço os astros reverenciarem tua beleza infinita.
Distorço galáxias para teu rosto destacar,
E tudo que vejo torna-se tua essência bendita.

Na Teoria M, nas dimensões do amor profundo,
Onze universos distintos no abraço de um segundo,
Ali concluo meu arcabouço romântico sem fundo,
Um amor que conecta, atravessa, recria um novo mundo.

Em noite clara, uma supernova explode,
Teu sorriso brilha, um instante que não pode.
Luz tão intensa, ofusca a imensidão,
No cosmos dançante, pulsa o coração.

Mas no ocaso, a estrela se despede,
Transforma-se anã, na solidão que cede.
Um lamento ecoa, entre sombras a vagar,
Na agonia do tempo, tudo a se apagar.

E na dança da entropia, o universo em desordem,
Cada átomo se dissolve, em poeira se absorvem.
Mas em meio à finitude, teimo em sonhar,
Que mesmo em poeira, vou sempre te amar.

Num buraco de minhoca, quero furar o infinito,
Percorrer o espaço, renascer num abraço bonito,
Observar o Big Bang, rever o nascimento das galáxias,
E recriar o universo, contigo, em eternas sinapses.


quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Entrevista com Joseíta, viúva do Coronel Ustra - Por BBC Brasil

Bolsonaro tem direito de homenagear quem quiser, diz viúva de Ustra

Montagem Agência Câmara/Agência Brasil

Crédito,Ag Camara ABr

Legenda da foto,Deputado justificou voto a favor de impeachment de Dilma pela 'memória do coronel Brilhante Ustra', acusado de tortura durante ditadura militar
  • Author,Luís Barrucho - @luisbarrucho
  • Role,Da BBC Brasil em Londres

Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra tem 79 anos e muitas memórias. Professora aposentada, ela conta dedicar o tempo livre à pesquisa sobre a história do Brasil, em especial sobre a ditadura militar, período durante o qual seu marido foi um dos personagens principais ─ e também uma das figuras mais controversas.

Maria Joseíta foi casada com o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Chefe do DOI-Codi de São Paulo, ele foi acusado pelo desaparecimento e morte de pelo menos 60 pessoas. Outras 500 teriam sido torturadas nas dependências do órgão durante seu comando. Único militar considerado torturador pelo MPF (Ministério Público Federal), Ustra morreu de câncer aos 83 anos, em outubro do ano passado.

No último domingo, Ustra voltou ao debate nacional após ter sido homenageado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante votação pela aprovação da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"Fiquei profundamente emocionada", disse Maria Joseíta em entrevista à BBC Brasil. "Ele foi de uma felicidade muito grande", acrescentou.

Maria Joseíta: Natalini passou uma única noite lá no DOI-Codi. Ele foi detido para averiguação. Quando declarou ter sido torturado, meu marido enviou-lhe uma carta aberta pedindo informações sobre essa suposta tortura. Nunca obteve resposta.

O problema é que muita gente usou isso, e continua usando, para se eleger, para conseguir cargos públicos e ganhar indenizações do governo. Não estou dizendo que a ditadura militar foi um mar de rosas. Não foi.

Sofro pelas famílias que perderam seus entes queridos do outro lado. Vejo com tristeza uma mãe que não sabe onde o filho está. Jovens que tinham a vida pela frente e que podiam lutar pelo Brasil de outra maneira, mas que foram iludidos por alguns grupos mais antigos de raposas velhas que tentavam implantar o comunismo no país.

BBC Brasil: A senhora diz que a ditadura não foi um "mar de rosas". O coronel Ustra cometeu erros?

Maria Joseíta: Não sei se ele cometeu erros. A mídia retrata meu marido como se ele fosse onipresente, onipotente e onisciente. Parece que ele foi um super-homem.

Quem começou isso tudo não foram as Forças Armadas. Houve apenas uma reação ao caos que já estava sendo implantando no Brasil. O grupo de militantes que estava se organizando já ia para China, para Cuba, para a União Soviética para fazer treinamento de guerrilha.

Era preciso tomar uma providência. Agora, por que o meu marido é um símbolo de tudo de ruim que aconteceu no regime militar?

BBC Brasil: Porque relatos documentados indicam que o seu marido torturou pelo menos 60 pessoas...

Maria Joseíta: Não posso jurar que o meu marido não cometeu nenhum deslize. Deslize na vida todo mundo comete. Eu presenciei muita coisa. Certa vez acompanhei seis presas lá dentro (DOI-Codi). Uma delas estava grávida e não sabia. Fiquei tocada pela situação.

Tanto insisti que meu marido me permitiu um contato com ela para ver se eu podia ajudar em alguma coisa. Ela fez questão de ficar lá com as companheiras porque tinha assistência, era atendida no Hospital das Clínicas, fazia pré-natal e tinha toda a atenção possível.

Chegamos inclusive a fazer enxoval para o bebê. Minha empregada fazia tortas para elas lancharem. Coisas gostosas. No entanto, quando ela teve o bebê e saiu de lá ─ até porque já não podia ficar mais, pois se tratava de uma concessão por pedido dela própria, passou a dizer que foi torturada todos os dias.

Já o filho de um outro preso me acusava de ir ao DOI-Codi para curar as feridas delas. Além disso, segundo ele, eu atuava como interrogadora.

Vejam como supervalorizavam a família Ustra. Há muita fantasia nessa história. Acredito que nem todo mundo tenha sido tratado como "pão de ló" como eu fazia.

BBC Brasil: A senhora sempre defendeu publicamente seu marido. Por quê?

Maria Joseíta: Eu não fui defensora do meu marido. Ele não precisava de defesa. Fui uma defensora da verdadeira história e não da história que está sendo contada. Decidi me manifestar publicamente porque eu sou uma cidadã brasileira. Passei minha juventude e minha maturidade durante o período do regime militar. Vi, vivi e tenho conhecimento de muitas coisas que aconteceram naquela época. Aquela época era semelhante ao que estava acontecendo agora.

Maria Joseíta: Porque era um caos. Um grupo de jovens ─ alguns idealistas outros iludidos ─ queria tomar o poder. A maioria desse grupo está no governo agora e pertencia àquelas organizações. E deu no que deu. Uma das maiores empresas do mundo (Petrobras) foi sucateada, o dinheiro desapareceu de tudo o que foi maneira. O desejo deles é permanecer no poder.

Maria Joseíta: Acho que vamos passar um momento difícil. Não vejo outra solução melhor. Ela poderia renunciar. Haveria uma solução melhor?

Fontehttps://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160420_viuva_ustra_entrevista_lgb

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Sobre nacionalisteiros babacas e socialistas retrógrados - Por Félix Maier


Sobre nacionalisteiros babacas e 
socialistas retrógrados

Félix Maier


Brasília, 5 de abril de 2006.

Prezado Coronel Roberto,

“Sem ódio e sem preconceito” era a máxima do historiador romano Tacitus. Sempre procuro seguir esse conselho quando escrevo alguma coisa, embora às vezes me sinta na obrigação de usar algumas palavras mais pesadas, ainda que não injuriosas, como “babacas” ou “asnos”. Não se trata de raiva, nem de ofensa, como o senhor disse. O que escrevi é fruto de uma simples constatação, que qualquer sujeito de inteligência mediana, como a minha, poderá facilmente comprovar. Apenas, o modo como me expressei está carregado um pouco “cum grano salis”, o que é ótimo, já que o humor tem a grande virtude de desmontar muitas idiotices, expondo o ridículo da situação.

Na AMAN não se ensina mais Gê Révo (Guerra Revolucionária). A ESG, considerada antigamente a “Sorbonne brasileira”, no dizer do embaixador José Osvaldo de Meira Penna, hoje transformou-se numa madrassa petista, polvilhada de comunistas cretinos e nacionalisteiros babacas, os quais, depois do desmonte da União Soviética, vêem nos EUA o inimigo comum a combater. Em resumo, foi isso o que eu afirmei em mensagem enviada ao senhor, Cel Roberto, a Miss Grace (Graça Salgueiro) e a mais alguns amigos. Por que tanto ranger de dentes? A carapuça lhe caiu tão bem assim?

Embora eu não tenha falado nenhuma besteira, o senhor sentiu-se tremendamente ultrajado, disse que simplesmente iria me ignorar. Mas, apesar desse desprezo todo, V. Sa. perdeu um tempo precioso com este “imbecil” que lhe treplica agora, eu acho que até demais para uma nulidade como a minha, digitando 659 caracteres (com espaços) para escrever 107 palavras em dois parágrafos:

“Responderei a todos, exceto ao Sr. Feliz Meier, pois neste não vejo nem a competência, nem a compostura mínima indispensável para uma discussão sensata. (Vejam o que esse imbecil me mandou :’Pior do que comunista, só mesmo esses nacionalisteiros babacas, que acreditam em tudo..... Depois do desmonte da União Soviética, nossos valentes oficiais aprendem nas academias militares e na ESG que o inimigo agora a combater é Tio Sam’.)

Porque essa raiva e essas ofensas? Nesse senhor há muito tempo que eu já identifiquei a sua falta de conhecimentos técnicos, falta de compostura e a sua ideologia (digamos, transversa...) eu não apenas o desprezo, eu o ignoro.”


O senhor se refere à minha falta de competência e a meu despreparo técnico. Seria a falta de um melhor estilo literário para eu me expressar? Ou seria o seu preconceito decorrente de eu ser apenas um “pica-fumo” da reserva, formado numa escola de sargentos (Escola de Comunicações), não um acadêmico das Agulhas Negras, como o senhor? Ideologia transversa, que diabo é isso?

Não são meia dúzia de parágrafos que eu tenha escrito a respeito da nova doutrina esguiana e agulho-negrana que vão dizer se eu sou um ignorante ou não. Para o senhor ter uma idéia melhor do que penso a respeito do assunto tratado, sugiro que leia, de minha autoria, o ensaio “Nacionalismo e esquerdismo nas Forças Armadas”, escrito a pedido de Mídia Sem Máscara, em 2003, e publicado em Usina de Letras e no site do Prof. de Economia Ricardo Bergamini (
https://www.ricardobergamini.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=90:nacionalismo-e-esquerdismo-nas-forcas-armadas&catid=29:1964&Itemid=31). O texto não apresenta despreparo técnico, nem falta de competência, pois está amparado em extensa bibliografia, conseguida na Biblioteca do Ministério da Defesa e em livros gentilmente emprestados pelo coronel Sávio Costa, articulista de Mídia Sem Máscara, ao qual sou imensamente grato.

Lá, o Sr. verá – além das várias tentativas das esquerdas, de tomada do poder no Brasil - a diferença que há entre o verdadeiro nacionalista, que todos devemos ser, e o nacionalisteiro, aquele sujeito muitas vezes imbuído de boa-fé, outras vezes apenas um babaca, que pensa que está defendendo e ajudando o País, porém faz o contrário, promove o atraso da nação. JK foi nacionalista, fez o Brasil crescer “50 anos em 5”, trouxe a indústria automobilística estrangeira ao Brasil. Jango e Brizola eram nacionalisteiros, anti-americanos, ambos sistematicamente contra a entrada de capital estrangeiro. Nem por nada que Fidel Castro escolheu Brizola para ser o líder da contra-contra-revolução de 1964, quando o brancaleone dos pampas fez marchar, a partir de Montevidéu, seu “Incrível Exército de Brizoleone”, no dizer sagaz de F. Dumont (Cfr. em http://www.ternuma.com.br/brizola.htm - site inoperante, o texto pode ser lido em https://felixmaier1950.blogspot.com/2022/02/os-incriveis-exercitos-de-brizoleone.html). O pombo-correio pecuniário Havana-Montevidéu era Betinho, aquele mesmo, da ética e da fome, hoje considerado um santo (do-pau-oco). Como não soube explicar o sumiço de 200 mil dólares, Brizola foi apelidado por Fidel de el ratón. Castello Branco e Médici foram nacionalistas. Geisel foi nacionalisteiro. À semelhança da política externa terceiro-mundista de Lula, Geisel preferia ser o primeiro dos últimos a ser o último dos primeiros, o que seria mais útil ao País, torrando dólares em países comunistas como Angola e Polônia, ficando o Brasil com o “mico” que se tornou conhecido como “polonetas”.

Exemplos de burrices socialistas e nacionalisteiras temos às pencas. Alguns exemplos:

- Caso Farquhar: não fosse a burrice nacionalisteira, antes de 1920 já poderíamos ter no Brasil a primeira usina siderúrgica, que poderia ter sido construída pelo milionário americano Percival Farquhar, o qual construiu, entre outras obras, a estrada-de-ferro que uniu Porto União/PR a Marcelino Ramos/RS, à época concluída a toque de caixa, para melhor enfrentar os argentinos, caso entrassem em guerra contra o Brasil devido à perda do território oeste-catarinense (região do Contestado).

- Monopólio da Petrossauro: até hoje não somos auto-suficientes na produção e refino do petróleo e pagamos uma das gasolinas mais caras do mundo. Se é ruim o monopólio de empresa privada, muito pior é o monopólio de empresa pública, que ninguém fiscaliza, servindo para empregar a companheirada, em cargos inúteis e inócuos, e para realizar falcatruas diversas, como o “valerioduto” do governo Lula. (O mesmo caso se aplica ao Banco do Brasil, à CEF, aos Correios e demais autarquias, notórios antros da corrupção.) Foi a burrice histórica “o petróleo é nosso” e a conseqüente criação da Petrobrás que certamente acabaram com o “milagre” brasileiro, quando o óleo quadruplicou de preço da noite para o dia, em 1973, e não havia nenhuma outra companhia petrolífera, nacional ou estrangeira, para ajudar o Brasil a sair da armadilha que “patrioteiros” babacas criaram. A Argentina, que começou a produzir petróleo na mesma época que o Brasil, foi mais inteligente, abriu a prospecção, produção e refino de petróleo a companhias nacionais e estrangeiras e, em 5 anos, tornou-se auto-suficiente e exportador do produto.

- A famigerada reserva de informática: o Brasil, com essa política nacionalisteira babaca, da época do presidente Geisel, só conseguiu fabricar produtos caros e obsoletos, com peças pirateadas e contrabandeadas, atrasando nossa inserção digital no mundo em pelo menos 20 anos (fomos salvos por Collor).

- Caso ALCA: com um anti-americanismo primário e obsessivo, próprio de primatas, os nacionalisteiros caboclos, insuflados por esquerdizóides retrógrados, conseguiram adiar as discussões finais para a implantação da ALCA. Pode-se ser contra algum artigo do Acordo que porventura fira os interesses do Brasil, porém ser radicalmente contra o projeto, somente por ser norte-americano, é burrice pura. O México, ao entrar no NAFTA (acordo comercial feito com os EUA e Canadá), permitiu que inúmeras empresas americanas passassem a operar no país, onde a mão-de-obra é muito mais barata, garantindo emprego para milhões de pessoas, colocando o PIB mexicano acima do brasileiro em pouco tempo.

- Caso Alcântara: com a negativa de aluguel da Base de Lançamentos de Foguetes de Alcântara aos EUA, os esquerdosos irados e os nacionalisteiros babacas (desculpe o pleonasmo) apenas conseguiram que o Brasil deixasse de faturar, anualmente, alguns milhões de dólares. Sairiam ganhando o Brasil, com dinheiro no bolso, e os americanos, que economizariam cerca de 30% de combustível com a privilegiada posição de Alcântara, próxima à linha do Equador. A Ucrânia e a China passaram a ser bem-vindos na questão aeroespacial brasileira, os EUA não. Por quê? Questão de soberania nacional – repetem os comunas e os “patrioteiros”. Que soberania foi ferida? Os EUA exigirem segredo da parafernália que trariam para Alcântara é uma exigência do Parlamento americano, não da soberba de George W. Bush. Ninguém entrega segredos gratuitamente a países estrangeiros, a não ser os traidores. Aliás, não perdemos nossa soberania por deixar que embaixadas se estabeleçam em Brasília, portanto, em território nacional, onde somente podemos entrar como convidados. A propósito, convém lembrar que os símios esquerdosos e os asnos nacionalisteiros se uniram para acusar os EUA de serem os responsáveis pela explosão da Base de Alcântara, ocorrida em 2004, que deixou 21 mortos, quando se sabe que a tragédia foi apenas um acidente, devido à falta de segurança no local, não uma sabotagem dos “malditos ianques”. Ou seja, incompetência nossa, somente isso. Transferir responsabilidades a terceiros é próprio dos covardes. E dos incompetentes.

- Caso dos vistos para os EUA: o governo Lula passou a exigir vistos de entrada para americanos em visita ao Brasil, alegando o “princípio de reciprocidade”. Obviamente, é uma decisão caolha, que apenas dificulta o ingresso de ianques em nosso País, prejudicando o turismo. A absurda exigência lulana peca por tratar simetricamente uma questão assimétrica, pelo menos por dois motivos: 1) os EUA têm todo o direito de exigir o visto de entrada de cidadãos de países suspeitos com ligações com terroristas, como o Brasil que anda de braços dados com os narcoterroristas das FARC (sem falar da tríplice fronteira, onde há milhares de muçulmanos), principalmente depois dos ataques de 11/09/2001; 2) há milhares de brasileiros que anualmente entram clandestinamente nos EUA, como formigas atacando um ninho de abelhas, para tentar uma vida melhor, que lhes foi negada na República dos “Cumpanhêro”; é claro que os EUA têm todo o direito de evitar que uma enxurrada de estrangeiros, não só de brasileiros, entrem clandestinamente no país, que em pouco tempo se tornaria um imenso favelão. A recíproca não é verdadeira, pois os americanos que vêm ao Brasil são apenas alguns executivos, que chegam aqui para trabalhar em alguma multinacional, e os insistentes turistas que, apesar do entrave burocrático, ainda pretendem conhecer nossas belezas naturais, deixando aqui preciosos dólares. A decisão brasileira foi mais uma burrice nacionalisteira, pois trata igualmente os desiguais. Nem é preciso acrescentar a idiotice do Itamaraty, que excluiu a exigência da língua inglesa em concurso para diplomatas, por pura birra anti-americana. Por sorte, o governo Lula voltou atrás e a única língua realmente universal, o esperanto que deu certo, ou seja, a língua inglesa, voltou a ter sua devida importância no preparo de nossos futuros diplomatas.

Inveja socialista e burrice nacionalisteira, os grandes males do Brasil são.

Prezado coronel Roberto: depois desta minha exposição um tanto longa, tenho certeza de que nossas idéias são muito mais convergentes do que divergentes, pelo menos na questão do que é melhor para o Brasil.

Atenciosamente,

Félix Maier
Capitão QAO da Reserva, articulista de Mídia Sem Máscara.


***

Mensagem recebida do embaixador José Osvaldo de Meira Penna, quinta-feira, 6 de abril de 2006 19:50:03:

'Minha solidariedade com suas palavras, caro Felix, e obrigado por sua referência elogiosa à minha pessoa. Lamento profundamente o que está ocorrendo com minha querida ESG onde cursei em 1965 e posteriormente fiz várias conferências. A praga do esquerdismo jacobino virou nacionalismo tupiniquim anti-americano na mente da burritzia indígena...
Cordial Abraço
Meira Penna
www.meirapenna.org'


***

Mensagem recebida que resultou no texto acima:

De: Graça Salgueiro
Enviado: quarta-feira, 15 de março de 2006 17:32:40
Para: 'Olavo' , Félix Maier
Cc: 'Roxane'
Assunto: Para conhecimento

Caixa de Entrada

Envio para conhecimento de vocês, porque penso que não receberam e o velho demente os cita nominalmente.
Abaixo a minha resposta, ainda sem réplica.
Abs, MG


Prezados colegas, Sr.ª Graça

'com a Verdade vós os vencereis'

A sr. ª Graça, responderei à parte, por respeitar seu trabalho e sua luta anti-comunista (imagino que tenha uma excelente equipe, pois sozinha não poderia dar conta de tudo o que comenta e traduz) e procederei assim porque já dei a ela várias explicações sobre a minha posição -- e ela sabe que sou RADICALMENTE contra os COMUNISTAS (de todos os matizes); mas SABE também que eu reconheço inimigos fora dessa maldita ideologia (ou, para ser mais exato, em 'ovos da mesma serpente', embora estes mereçam ser combatidos com igual energia, ou parecida). Mas sabendo que eles são tanto ou mais perigosos do que os seus irmãos (ou primos) comunistas.

Responderei a todos, exceto ao Sr. Feliz Meier, pois neste não vejo nem a competência, nem a compostura mínima indispensável para uma discussão sensata. (Vejam o que esse imbecil me mandou :'Pior do que comunista, só mesmo esses nacionalisteiros babacas, que acreditam em tudo..... Depois do desmonte da União Soviética, nossos valentes oficiais aprendem nas academias militares e na ESG que o inimigo agora a combater é Tio Sam'.

Porque essa raiva e essas ofensas ?? Nesse senhor há muito tempo que eu já identifiquei a sua falta de conhecimentos técnicos, falta de compostura e a sua ideologia (digamos, transversa...) eu não apenas o desprezo, eu o ignoro.

Primeira observação: devo dizer aos senhores que NÃO dou a mínima, se gostaram ou não do que eu escrevi à Sr.ª Graça (respeitosamente, é claro) e mandei a minha objeção à crônica 'A Armadilha' de Jeffrey Nyquist -14 de março de 2006 - em correspondência pessoal, com cópia apenas para o Cel CABU; a este, porque o conheço desde o tempo em que eu era chefe da Seção de Legislação do Estado Maior do Exército, e ele era, se não me engano, adjunto da Seção de Adidos Militares (depois parece que foi para o Gabinete do Chefe do EME).

Portanto, a primeira indelicadeza que lhes debito aos senhores, é essa a de se intrometerem em um comentário despretencioso que fiz em uma correspondência pessoal sobre uma crônica alheia, com a qual concordei em parte, exceto no que diz respeito ao 11/set.

Mas, vou responder aos senhores que me incresparam a TODOS - porque creio que são militares profissionais respeitáveis. O Sr. Azambuja, talvez não seja militar, mas é muito competente nas Análises típicas de Inteligência na sua especialidade (a subversão comunista, sua história, personagens, etc.) na qual ele é realmente muito bom e parece ter uma experiência importante. Mas o mundo NÃO É SOMENTE IDEOLOGIA....doutor ... (voltarei ao assunto)...

Vou explicar-me:

Eu concordei em parte com a análise que deu origem a essa reação, 'A Armadilha' (a outra, do Sr. Olavo, eu nem opinei ainda porque já me acostumei a ler das suas crônicas apenas a argumentação CONTRA os comunistas e simplesmente ignorar as ofensas que faz aos 'nacionalistas', quase sempre militares mais velhos como eu... e, com isso, ele nos prejudica e à nossa causa comum (em termos) ridicularizando-nos e injuriando, o que é uma atitude muito imprópria para um 'filósofo'... e estranha...

Como estou voltado para outro trabalho MUITO mais importante do que qualquer pendenga, vou levar algum tempo para responder a todos (foram três as reclamações)

Segunda observação: embora achando parte do artigo correto, opinei que na parte em que acusa -- sem as devidas e prudentes dúvidas -- o terrorista Bin Laden, de ter sido o chefe do ataque de 11/set., eu (e muita gente respeitável) tenho UMA MONTANHA de dúvidas, a começar pelo ataque ao Pentágono, fato do qual EU TENHO provas de que NÃO foi um avião.

E, somente isso, já deveria colocar sérias dúvidas sobre os outros 3 (?) ataques... e o material que eu consegui acumular (e apenas incubar, mas não processar devidamente) sobre os ataques, tem valor probatório variado (e ainda é F-6), mas que creio POUCOS dos senhores provavelmente sequer sabem que existem. E eu 'acho' que NÃO foi Bin Laden, o chefe dessa operação, porque NINGUÉM consegue coordenar - a começar pelo longo planejamento, aquisiçõeas de cartas, escolha dos alvos, longa preparação da execução (com apredizados de pilotagem, etc,.escoljha de rotas a segir, etc.); e muito menos comandar à 'conduta de combate' ao longo do próprio ataque, desde a escolha da data D e Hora H do ataque, a cronometragem do ataque, talvez até variar os alvos -- porque, a cada passo, existem decisões que DEVEM ser tomadas imediatamente -- e isso, NÃO pode ser feito entocado em um buraco no chão a mais de 15.000 kms, sem farto equipamento de telecomunicação e de cifragem das mensagens. (E sem que o Echelon dos EUA plotassem o enorme tráfego de comunicações..). Se os senhores são oficiais de Estado Maior e já comandaram pelo rádio (como eu) uma operação a cerca 1.200 kms (apenas) - Belem até Cachoeira Porteira, e depois até Entroncamento, e depois até Uai Uai na margem do rio Cafuini (um dos formadorse do rio Oriximiná/Trombetas ), com apoio aéreo de helicóptero de outra força, SABERIAM que o Chefe NÃO foi Bin Laden (talvez o mandante SOMENTE, ou o autor intelectual, talvez; mas NADA MAIS) NÃO O CHEFE da OPERAÇÃO. Saberiam que, DEVE ter existido um CENTRO DE COMANDO muito bem equipado e solidamente instalado em um ponto lógico, e com equipamento variado e adequado, bem próximo da Zona de Ação... e isso amigos, NUNCA

SEQUER foi investigado.....

A minha restrição à dita crônica, REPONSÁVEL por essa furiosa (e suspeita) reação -- contra a minha opinião, acabou sendo também à minha pessoa e as dúvidas são (em última análise) quanto à minha ideologia. E essa grave injustiça já tentei responder ao Cel Sávio (que eu havia confundido com o Gen Sávio). O primeiro comandou o 13º BIB de Ponta Grossa e eu conheço muito pouco de sua vida e méritos; quanto ao gen Sávio, sei que foi um excelente analista do CIEx , embora eu não tenha convivido com ele, porque trabalhamos no SISNI em épocas diferentes, mas tenho sobre ele ótima impressão (e conheço dele crônicas muito favoráveis). O outro Sávio, é apenas um colega a mais - e nem teve a delicadeza de acusar o recebimento de uma explicação parecida com esta que lhe enviei, embora mais imprecisa e menos extensa.

Não gosto de falar de mim - mas como levantaram dúvidas quanto à minha 'boa fama e o meu bom nome' -- e achar que eu simpatizo com os comunistas, ou que dou a eles qualquer benefício, só pode partir de uma avaliação MUITO incorreta dos companheiros, ou -- sinto muito -- de uma cavalar incompetência profissional, na especialidade que PENSAM que são os maiores analistas (inclusive o Dr. Olavo, que - salvo seu anti-comunismo, que beneficia nossa luta comum -- faz colocações que me fazem duvidar de sua 'filosofia', e eu o tenho poupado de réplicas para NÃO PERDER TEMPO, nem acabar beneficiando os nossos principais inimigos, embora existam outros MUITO PERIGOSOS que nem ele nem a Srª Graça conseguem ver.

Porque minha opinião pode ser acolhida - senão com concordância -- ao menos, sem qualquer restrição ideológica ?

- Primeiro, pelos meus dados biográficos: AMAN/Artilharia -1950; EsAO - 1960; ECEME- fev1963/dez 1965 (3 anos); casado há mais de 42 anos, 09 filhos, 12 netos. Comandei duas Unidades - uma em BSB, 1ª/4º GCanAuAAé-40 que eu transformei em Grupo (agora 32º GAC); e o 5º GACAP, em Curitiba/ PR (no Boqueirão). Fiquei no EB 38,2 anos, fev 46/abr 84;todas as promoções pelo critério de 'merecimento'.

- 8 condecorações nacionais sendo 3 Órdens do Mérito, duas no grau de oficial, e 2 estrangeiras (Comendador de la Orden de Los Servicios Distiguidos - do Governo do PERU - Pres Belaunde Terry - 1981) - e Comendador de la Orden de Bolognesi (o Caxias deles) do Ejercito del Peru (a primeira por ter participado como representante do Brasil e Coordenador das Operações de Paz na Cordilheira Del Condor, em 1981, no conflito entre o Peru e o Equador, arbitrada pelos Países Garantes do Protocolo do Rio de Janeiro (Brasil, EUA, Chile e Argentina); e a outra por ter sido Adido Militar do EB, (normalmente eles dão essa condecoração no grau de oficial; para mim deram no grau de Coendador, não sei exatamente porque, talvez por ter voado na Cordilheira del Condor impedindo o alastramento do conflito de 1981 - (anos mais tarde esse mesmo conflito foi pacificado usando um General brasileiro e um efetivo de 42 homens...)... (eu, nem consegui computar as inúmeras horas de vôo sobre a Cordilheira del Condor ...)

- Segundo, baseado em minha idade já provecta (vou fazer 80 anos em julho) portanto, não seria agora que iria tentar esconder meus pensamentos, menos ainda minha ideologia que a maioria dos meus pares, ESTES SIM, a conhecem de sobejo - (sou nacionalista radical e anticomunista mais RADICAL ainda) - quanto a ESTES, sim, eu dou a maior importância aos seus conceitos... a dos outros,.nem tanto.

-Terceiro - também, na minha MUITO longa experiência em Análise de Inteligência DE QUASE 25 ANOS (sendo cerca de 10 anos para o EB - assim cumpridos = como Fundador e 1º Chefe da AMA/SNI - (Zona de Ação - Amazônia Ocidental) 3,6 anos; como Chefe do EMR/8ª RM (Belém)(ZA, Amazônia Oriental) e, portanto, também Chefe do CODI/8 por pouco menos do que 3 anos; como E/2 da 5ªRM/DE mais 1,2 anos; e como Adido do EB em LIMA/ Peru mais 2,2 anos (nov79/dez81), missão em que escrevi muitas análises, além dos RPI e das INs do PNI, e de uma Apreciação Estratégica sobre o PERU (documento obrigatório a cada 2 anos) e tendo participado também de duas Conferências Bilaterais de Inteligência (uma na sua preparação e execução; e a outra apenas na preparação, pois minha missão terminou antes) - nelas fizemos estudos variados, trocando experiências e dando atenção especial ao Sendero Luminoso que nascera há pouco; e eu, em dez. 1981, quando minha missão de adido terminou, já havia informado ao Ch CIEx deles (Gen Olivera) que o Sr. Abimael Guzmann era o líder maior do Sendero - mas eles só acreditaram nisso 8 anos depois).

Além dessa experiência, trabalhei no meio civil (sempre convidado, nunca postulado) mais de 15 anos , fazendo Análises típicas de Inteligência para órgãos e entes civis, assim cumpridos = 1,2 anos como Chefe do SEREG/7da Petrobrás (RGS) (irrelevantes, pois a atividade do SEREG era muito restrita a LDBs, e pequenos Relatórios); em seguida, mais 7,5 anos para o 'Conselho Paranaense da Livre Inciativa' (primeiro como Assessor e, depois, como Chefe da Assessoria), fazendo análises durante a Constituinte Federal de 87/a 88 (para o 'Centrão' e para as Federações Patronais do PR); ainda no Conselho, durante a Constituinte Estadual de 1989/90, como Consultor Externo, fazendo análises sobre as propostas das esquerdas e sugerindo Emendas para o Relator da Comissão de Sistematização do PR (Dep Caito Quintana - hoje, chefe da Casa Civil do Gov Requião); a seguir, ainda no Conselho, durante a elaboração das Leis Orgânicas dos Municípios Paranaenses (a pedido do Instituto Liberal) - e, finalmente, na Preparação da Reforma Constitucional de 93 (que acabou não havendo), promovendo 'Colóquios Técnicos' sobre as PECs do interesse da inciativa privada e dos Presidentes das Federações Patronais. Após isso, até julho de 95 (quando tive um enfarte) o Conselho continuou fazendo Análises por meio de Relatórios Periódicos e por Documentos especiais tais como sobre o Mercosul, sobre a Abertura do Mercado Interno pelo Collor (início da fatídica 'globalização'); sobre a Política Macroeconômica suicida; sobre as Privatizações, etc,.. Da maioria desses documentos tenho cópias, algumas atualizadas, outras não.

Por que tudo isso ? Para poder com credibilidade mostrar aos senhores que NÃO SOU simpatizante dos 'esquerdistas' de qualquer matiz, e para provar que NÃO faço análises de uma folha apenas - mas sim

Estudos muito detalhados e que TENTAM provar de forma competente o que eu, depois de muito tempo de análises e integrações dos dados, conclui (quase sempre como Relator, ajudado por uma equipe, é claro). Por isso remeto em ANEXO um dos Estudos, com uma atualização mais recente ao final. E vou mandar mais dois, em E-mail simples, para que vejam o tipo de Estudos que faço, MUITO DIFERENTES

das breves análise (aliás, quase TODAS EXCELENTES) que os senhores fazem e que me beneficiam com informações em nichos de conhecimentos que NÃO DOMINO..

Saudações nacionalistas

Cel. Ref EB Roberto Monteiro de Oliveira


PS-1.: espero que os colegas tenham a honestidade intelectual suficiente e a paciência bastate para lerem INTEGRALMENTE os ANEXOs que lhes mandarei.

PS-2 - Querido irmão Rolins envio-lhe também esta catilinária - embora V nada tenha a ver com essa pendenga -- porque assim, lhe relato (como me pediu) a parte principal do meu roteiro na vida militar ...

E não sei como não nos 'pechamos' por aí, pois V também serviu bastante tempo na Amazônia....

'Prezados colegas, Sr.ª Graça

'com a Verdade vós os vencereis'

A sr. ª Graça, responderei à parte, por respeitar seu trabalho e sua luta anti-comunista (imagino que tenha uma excelente equipe, pois sozinha não poderia dar conta de tudo o que comenta e traduz)...'

***

Prezado Cel Roberto,

Quero somente responder a esta sua iluminada suposição: não; não tenho NENHUMA equipe me 'ajudando' a comentar ou traduzir o que quer que seja. Faço tudo sozinha e respondo as mensagens no momento em que as leio, sem necessidade de gastar tempo em pesquisas.

Tenho sim, uma EXCELENTE equipe de estudos e trabalho sério, cujos integrantes também fazem parte do Mídia Sem Máscara e o Olavo em particular, UM MESTRE, cujos saberes o sr. tanto desdenha.

Faço traduções e escrevo SOZINHA, pois não vejo necessidade de buscar apoios para fazer comentários óbvios que qualquer um de nós (destes estudiosos) que LEU de verdade vastíssima bibliografia, estudou com seriedade e afinco, não tenha aprendido de fato.

Não tenho, como o sr., qualquer necessidade de divulgar minha biografia, meus cursos feitos ou meus saberes; a quem interessa saber, estes já sabem.

Se para o sr. é difícil imaginar que uma mulher possa ter competência e seriedade suficiente para fazer o trabalho que eu faço SOZINHA, repito, e sem pedir socorro aos amigos a cada resposta de e-mail, nada posso fazer. Inteligência, caro Cel Roberto, é um privilégio, quando se sabe fazer bom uso dela.

Talvez, as ilustres damas do seu convívio necessitem desse apoio para sentirem-se 'inseridas no contexto'. Não tenho o espírito de manada, tão comum em adolescentes e em 'coletivistas'.

Atenciosamente, MG




Obs.:
MG - Miss Grace, ou seja, Graça Salgueiro.
F. Maier

***

Correio Braziliense - 20/9/2010

Acordo de cooperação militar com os EUA

PAULO RICARDO DA ROCHA PAIVA - Coronel de Infantaria e Estado-Maior

A exposição em televisão da Estratégia Nacional de Defesa (END) pelo ministro da pasta pertinente, contemplando plano para o reaparelhamento das Forças Armadas, chegou a produzir alento promissor para a auto estima dos brasileiros, acostumados a engolir sapos em decorrência do descompasso entre a projeção econômica alcançada pelo país, oscilante entre a 5ª e a 8ª posição no ranking mundial, e a ignominiosa fragilidade em termos de capacitação no campo militar, que o impede, mesmo, de garantir a posse dos seus invejáveis e cobiçados recursos naturais.

Eis que, novamente anestesiados por falta de compromisso anacrônica, repetindo os desatinos perpetrados no governo de FHC, acertamos de forma subserviente e, no mínimo, suspeita, uma cooperação militar justo com o “irmão Caim do Norte”, a maior potência militar do planeta, que nunca escondeu as suas expectativas para o futuro da nossa grande Região Norte. E isso de maneira intempestiva, posto que ainda não estão criadas condições para segura e confiante decolagem de uma indústria de material bélico que seja consentânea com o projeto defensivo estratégico visualizado para o país.

Em realidade, o ajustado representa retrocesso ao basta que se deu em 1977 a um processo humilhante de aquisição de material ultrapassado, agora transmudado para cooperação nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, apoio logístico, segurança tecnológica e aquisição de produtos e serviços de defesa. O fato é que, da noite para o dia, as medidas paliativas de compra de helicópteros, submarinos e de caças, uma forma de calar a boca das nossas indefesas legiões, passaram a representar ainda menos para o real, emergencial e urgente rearmamento de que a nação carece, não para hoje, mas para ontem.

Aliás, amadorismo, falta de visão prospectiva e miopia estratégica é o que tem sobrado nos acordos pertinentes à área da defesa, todos na contramão de ensinamentos comezinhos de Sun Tzu, o de abril deste ano evidenciando, deve ser dito, uma intenção velada de abortamento do embrião de posição político-estratégica de defesa nacional anunciada pelo Ministério da Defesa. Que não se duvide:, o que falta em nós sobra neles de esperteza, aplicados que são na observância pura e simples, mas, sobretudo, onipresente, dos princípios do grande mestre da guerra.

Alerta! A intenção de ingerência por parte das grandes potências militares em nosso gigantesco manancial hídrico sempre foi alardeada pelos seus líderes, sendo de todo interesse deles a manutenção de um Brasil fragilizado.

Se o senhor Jobim tivesse escutado as chacotas dirigidas aos cadetes de Agulhas Negras, chamados pelos seus colegas de West Point de “matadores de índios”, quando em visita àquela academia, por certo sua presença de espírito acurada não olvidaria o fato de que parte significativa da sociedade americana está sendo condicionada para um tipo de confrontação que tem tudo a ver conosco.

Mas quero acrescentar que nosso cadete, altivo, não baixou a crista e retrucou: “Na Amazônia podem até entrar, quero ver sair!” É lamentável. A fé dos jovens soldados não é respaldada por gestões tão promissoras, em termos de quebra de tabus, tão propelentes no sentido de posturas independentes de pressões alienígenas, mais preocupadas com os “problemas de enfrentamento” por que passarão nossos filhos e netos fardados. Enfim, o sonho acabou, ruiu a crença na recuperação do esmaecido orgulho nacional. Não seria hora do profissional das armas, aquele previdente com mais de 4O anos de serviço, bacharel, mestre e doutor em ciências militares, ser cumulado com a primazia em pasta tão peculiar?

Obs.: 

O autor do texto acima não disfarça seu antiamericanismo. Faz parte do país da jabuticaba o fato de muitos militares serem nacionalistas, melhor dizendo, nacionalisteiros. Aliás, o maior problema brasileiro é a união de nacionalisteiros babacas com socialistas retrógrados - Cfr. sobre o assunto em https://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=58583&cat=Artigos&vinda=S.  

Félix Maier


quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Rápido no gatilho... Por Félix Maier


Rápido no gatilho...

Félix Maier

Nesse ano (2024) de campanhas eleitorais para escolher prefeitos e vereadores em todo o Brasil, há críticas de que em São Paulo o nível dos debates entre os candidatos a prefeito está péssimo.
Pudera!
O município tem o formato de uma pistola pendurada no coldre à cintura, pronta para ser sacada.
Assim, está explicado o clima de cowboy que sobressai nos debates de TV.
Nesse faroeste, um tal de Pablo Marçal parece ser o mais rápido no gatilho...