MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

CONTOS RISONHOS - ENTRE RISOS E SONHOS (E ALGUNS PESADELOS) - POR FÉLIX MAIER

Apresentação

 Você está prestes a abrir um livro que não promete mudar sua vida, mas certamente promete cutucá-la. Contos Risonhos – Entre risos e sonhos (e alguns pesadelos) é uma coletânea que mistura humor com filosofia de buteco, poesia com traumas cotidianos, lucidez com maluquice, e salpica tudo com uma ironia que faz o leitor pedir antiácido. São crônicas para ler com um sorriso no canto da boca, um sobrolho arqueado, ou ambas as reações ao mesmo tempo, dependendo do seu nível de resiliência literária.

Aqui desfilam personagens que poderiam muito bem ser nossos parentes ou vizinhos, ou nossas versões alternativas no multiverso da vida adulta. Tem marido aposentado que vira estorvo dentro de casa, árvore de personalidade forte que dá depoimento, velhinho que planeja a própria morte como quem organiza buffet de casamento, e Dona Encrenca, que é exatamente o que o nome indica. Tem também o improvável encontro de Machado e Eça no Purgatório, onde certamente cruzam penas como espadachins do verbo, discutindo quem acerta a estocada mais elegante no texto alheio, e um veterano do Exército chamado Jaque, que não perde a pose nem quando o mundo desanda.

Mas, não espere apenas risadas soltas: há sonhos, memórias, surtos, abduções por Nefertiti, políticos com dedos a mais (ou a menos), discussões teológicas, a menina que colhia lírios no campo e foi levada pela Covid-19, fios egípcios milagrosos, ogros, Grenal com quero-queros expulsos por falta de fair play, e até uma COP da Maniçoba, com o Ogro de Nove Dedos bebericando uma branquinha no deck de um iate de três andares. O Brasil aparece aqui com todas as suas camadas, inclusive as que a gente preferia fingir que não existem, como O Sistema Toga Petralha e Restos de Brasil. Com inveja do Hamas, criamos a Faixa de Gaza no Rio de Janeiro.

E, entre uma risada e outra, o livro ainda arruma tempo para homenagear Luzerna (berço do autor), discutir moda socialista (Rolex incluso), brindar com Martini antes e Sonho de Valsa depois, revisitar um sótão cheio de dinheiro inútil e tratar de um tema seríssimo: a solidão a dois, mal moderno que afeta casais, celulares e gatos como testemunhas.

No fim das contas, este é um convite para caminhar por um terreno onde o cotidiano vira fábula, o absurdo vira regra, e o riso — riso verdadeiro, aquele que faz a alma estalar os dedos — é o melhor guia possível. Abra o livro. Ele já está rindo de você. Ria com ele.

Félix Maier

Brasília, DF, dezembro de 2025.


Baixe o e-book em:

https://drive.google.com/file/d/1vFQsHt2E0vQ0CRkQe5XDbTjee_zpmcH0/view