Institutos de pesquisa:
um caso de polícia
Félix
Maier
"Os institutos de pesquisa estão recrutando cartomantes, videntes e
mães de santo" (José Simão, humorista, na Band News
FM, em 4/10/2022).
O Instituto Brasileiro de
Opinião Pública e Estatística (IBOPE) foi criado em 1942 e tinha grande
prestígio perante a população brasileira. IBOPE era sinônimo de instituto
de pesquisa confiável, assim como a Brahma, em certa época, foi sinônimo de
cerveja, como visto em caso folclórico envolvendo o presidente do Corinthians,
Vicente Matheus, que disse, na festa da conquista de um campeonato: “Gostaria
de agradecer à Antarctica as Brahmas que nos mandaram”.
Nos últimos anos, os
institutos de pesquisa começaram a fraudar resultados de intenção de votos, já
que estavam comprometidos com conglomerados de comunicação de viés esquerdista,
como foi o caso do Vox Populi. Em delação premiada, Antonio Palocci
afirmou que o PT, em 2010, durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff,
em acerto de propina paga
pela empreiteira Andrade Gutierrez, encomendou pesquisa junto ao Vox Populi,
de Marcos Coimbra, colunista da Carta Capital que recebeu mais de R$ 8
milhões da Odebrecht para falar bem de Lula.
Nas campanhas políticas de
2018, quando Jair Messias Bolsonaro foi eleito Presidente do Brasil, não só o Data
Folha ficou desmoralizado, mas também o IBOPE, de propriedade de
Carlos Augusto Montenegro. O Data Folha fez cara de paisagem e seguiu em
frente. O IBOPE foi extinto em 2021, porém renasceu das cinzas com novo
nome, Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), que tem
Montenegro como um de seus sócios.
Nas campanhas políticas de
2022, tanto o Data Folha, quanto o Ipec e outros institutos de pesquisa
erraram feio em suas previsões, não só sobre governadores, senadores e
deputados, mas também sobre os presidenciáveis, como se pode observar no quadro
acima, no embate Lula-Bolsonaro. José Simão está correto. Urge chamar
cartomantes, videntes e mães de santo para colocar um pouco de ordem nessa
bagunça. E comprar muito baralho cigano e búzios.
Ironia à parte, é importante
levantar uma questão crucial: até que ponto uma pesquisa de intenção de votos
pode ter influência sobre o eleitor, principalmente quando tal pesquisa indica
que um candidato possa vencer no primeiro turno? Estudos indicam que pelo menos
3% dos eleitores são influenciados pelo “voto útil”, a votar em quem
praticamente “já ganhou”. Invasões de terra já começaram em Brasília, com o MST. Mera coincidência?
Pelo menos 6 entre os 9
institutos listados no quadro acima indicavam, dentro da margem de erro, que
Lula poderia vencer no primeiro turno. No entanto, a diferença percentual entre
Lula e Bolsonaro, que variou de 7,1% a 14%, segundo as pesquisas, foi de
somente 5,23%, um erro fenomenal.
Outro aspecto a ser
considerado é que o erro desses 6 institutos de pesquisa, de que Lula iria
vencer no primeiro turno, foi de apenas 1,57% (Lula recebeu 48,43% dos votos),
enquanto o erro maior (Ipespe), em relação a Bolsonaro, foi de 14%, quando na
realidade faltou 6,8% dos votos válidos para Bolsonaro vencer em primeiro turno
(Bolsonaro recebeu 43,2% dos votos) – um erro de 7,2%. Novamente, deve-se
levantar a questão: quanto uma pesquisa pode influenciar o eleitor?
Os erros
cometidos
pelo Data Folha e pelo Ipec não se atêm apenas ao Presidente
Bolsonaro, mas a muitos políticos que foram eleitos apesar de serem descartados
por esses institutos, como foi o caso do General Hamilton Mourão e do ex-Juiz
Sérgio Moro, eleitos para o Senado, e muitos outros. Um crime eleitoral como
jamais havia sido visto no Brasil. O ministro da Justiça já mandou abrir
inquérito, para investigar esses institutos petralheiros.
Obviamente, não vai dar em nada.
O presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, em coletiva
de imprensa na sede do TSE, ao final das apurações dos
votos, “disse que os resultados
diferentes do que o previsto pelos principais institutos de pesquisa do
país não devem ser esclarecidos pela Justiça Eleitoral, mas pelos próprios
institutos”. Ou seja, Moraes
aprova a continuidade da bandalheira eleitoral.
Quanto à “imparcialidade” dos institutos de pesquisa, eu queria me ater
a dois deles, o Data Folha e o Ipec.
O Data Folha, assim como o UOL (portal de conteúdo,
produtos e serviços de internet) e o jornal Folha de S. Paulo, pertencem
ao Grupo Folha, que é comandado por Luiz Frias desde 1992. Com a eleição de
Bolsonaro, a Folha de S. Paulo passou a perseguir sistematicamente o
Presidente. O jornalista Hélio Schwartsman, em 7 de julho de 2020, publicou um
artigo nesse jornaleco com o nome “Por que torço para que Bolsonaro morra". Da mesma forma, mulheres da Folha
também se revezaram para atacar Bolsonaro e quando este reagia à patifaria com
fala grossa, como é de seu feitio, passou a ser qualificado de misógino,
fascista, nazista, o diabo, e até respondeu a processo.
Jornalistas do UOL, que também pertence à Folha, fuçaram
inúmeros cartórios e inventaram que a família Bolsonaro comprou 51 imóveis com
“dinheiro vivo”, ao invés de dizer que as compras foram feitas em “moeda
corrente”, como consta nas escrituras. “Moeda corrente” não é sinônimo de
“dinheiro vivo”, mas significa qual tipo de moeda existia na época em que os
imóveis foram comprados, em cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, real etc., que
pode ser feito em cheque, transferência eletrônica simples (entre agências
bancárias da mesma instituição), Doc, Ted, dinheiro ou até pix, como ocorre
hoje em dia. De qualquer forma, o que vale para o eleitor é quanto Bolsonaro
tem de patrimônio, não sua enorme família.
Os petistas do UOL, travestidos de jornalistas investigativos, poderiam
também ter feito uma devassa imobiliária junto à família Lula da Silva,
levantando todos os seus bens e, principalmente, a fortuna suspeita acumulada
por Lula nos últimos 20 anos. Bolsonaro declarou junto à Justiça Eleitoral
possuir bens no valor de R$ 2.317.554,73. Lula declarou possuir R$
7.423.725,78, o que é uma deslavada mentira, já que o juiz da Operação Lava
Jato, Luiz Antonio Bonat, determinou em 2019 o sequestro e arresto de até R$ 77,9 milhões do ex-presidente. Desde que deixou a
Presidência, a fortuna de Lula
aumentou 360%. De onde veio esse patrimônio milionário, seja em dinheiro vivo
ou não? De palestras que ninguém viu?
O Ipec, por sua vez, como vimos acima, é um genérico petista, parido
pelo finado IBOPE, e suas pesquisas eleitorais são pagas pela TV Globo.
As Organizações Globo, especialmente a TV Globo, o jornal O Globo
e o noticiário televisivo Globo News, também não se cansaram de fazer
ataques contra Bolsonaro, 30 horas por dia. São declaradamente inimigos mortais
do Presidente, o qual ameaça não renovar o contrato
de concessão do Grupo Globo, vencido
em 4 de outubro, o que é uma bravata, pois caberá ao Congresso Nacional decidir
sobre a questão, não Bolsonaro.
Jornalistas do Globo, CNN e outros órgãos, homens e
mulheres, não perdem a pose ao desferir ataques gratuitos contra o Presidente,
não reconhecendo nada de positivo em seu Governo. Porém, quando recebem
respostas à altura da patifaria sem limites, tanto do Presidente, quanto de
seus familiares e apoiadores, tratam de contabilizar os mais de 800 knock
outs recebidos (dados de julho de 2022), fazendo biquinho e se portando
como virginais vestais - vestais grávidas, vale dizer. Não foram 800 ataques de
Bolsonaro & Cia, mas 800 contra-ataques.
Assim, como confiar no Data Folha e no Ipec, se não são institutos de
pesquisa, mas ferramentas usadas pelos petistas e simpatizantes para detonar a
figura de Bolsonaro e emplacar o maior ladravaz da História do Brasil como
nosso futuro Presidente da República?
Não é preciso dizer sobre o ativismo político feito pelo STF, onde
existem “7 Líderes do PT” fantasiados de juízes (4 indicados por Lula e 3 por
Dilma), judicializando centenas de ações protocoladas por partidos da extrema esquerda contra
Bolsonaro, de modo a inviabilizar atos do Executivo que são prerrogativas do
Presidente. Nem é preciso falar sobre a “descondenação” de Lula, o maior golpe
jurídico já visto na História do Brasil. Hoje, existe uma Ditadura da Toga, em
que comunistas e socialistas de partidos da extrema esquerda governam de fato o
Brasil, com total apoio do STF, tornando o Presidente da República, em muitos
casos, uma mera figura decorativa.
O que ocorreu nas últimas eleições, em relação aos institutos de
pesquisa, é caso de polícia. O presidente do TSE só não mandou fechar esses
institutos, nem prender seus donos, porque ele faz parte do sistema
anti-Bolsonaro, que está fazendo o diabo para evitar que o Presidente da
República se reeleja. Isso é fato. Basta ver as inúmeras ações dos adversários
políticos junto ao TSE, recebidas de pronto pelo Tribunal, de modo que Bolsonaro
não pudesse usar imagens das festividades do 7 de Setembro, em comemoração dos
200 anos da Independência do Brasil, quando milhões de brasileiros foram às
ruas vestidos de verde e amarelo e portando a Bandeira Nacional. Da mesma
forma, o TSE proibiu Bolsonaro de usar imagens referentes à sua viagem a
Londres (por ocasião dos funerais da Rainha Elizabett II) e a Nova York
(Assembleia-Geral das Nações Unidas). Nem sua mulher Michelle era bem-vinda
pelo TSE nas propagandas pró-Bolsonaro ou aliados vistas no rádio e na TV.
Os institutos de pesquisa, claro, respondem que suas pesquisas são
feitas com base na matemática e em dados estatísticos, tirados de uma
amostragem da população, tendo em vista o poder aquisitivo, religião, densidade
populacional (o Sudeste tem maior população que as outras regiões, assim deverá
ter uma amostragem maior), escolaridade e outros dados. Lavando as mãos como
Pilatos, os institutos dizem que as pesquisas não servem para prever o
resultado de uma eleição, mas apenas para medir a intenção de voto no exato
momento em que são feitas as entrevistas.
Já existe movimentação entre parlamentares pró-Bolsonaro, para que seja
aprovada uma lei que criminalize erros crassos dos institutos de pesquisa,
assim como os órgãos de comunicação que estão pagando por alegadas fraudes.
Também querem abrir uma CPI no Senado sobre o assunto, já tendo assinaturas
suficientes para tal empreitada. Obviamente, tudo vai dar em nada e servirá
apenas para que alguns políticos se pavoneiem em mais uma CPI do Circo, como
foi o da Pandemia da Covid-19.
Deixando de lado teorias da conspiração, como o algoritmo que teria
desviado votos de Bolsonaro para Lula, há dois aspectos que devem ser
analisados friamente:
1) Será muito difícil Bolsonaro virar o jogo no segundo turno, já que teve 6 milhões de votos a menos que Lula. Difícil será alguém mudar seu voto no segundo turno, seja para Lula, seja para Bolsonaro. Também não deve ser alterado o número de abstenções, que foi de cerca de 20%, um dado histórico que se repetiu, nem de votos brancos. Sendo assim, Bolsonaro e Lula disputarão cerca de 10 milhões de votos novos, que foram entregues aos outros candidatos no primeiro turno. Uma parada duríssima para Bolsonaro, quase impossível, embora conte com o apoio dos governadores dos maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em sua primeira pesquisa eleitoral referente ao segundo turno, divulgada pela TV Globo no dia 5 de outubro, o Ipec indicou 55% dos votos válidos para Lula e 45% para Bolsonaro.
2) O segundo aspecto a considerar é altamente positivo para o povo brasileiro. Bolsonaro conseguiu eleger uma considerável bancada no Congresso Nacional, tanto no Senado, como na Câmara, de perfil conservador. No caso de Nine Fingers vencer a eleição, ele não conseguirá avançar em pautas radicais, de modo a detonar avanços na área trabalhista e previdenciária, como vem prometendo. Vale lembrar que a Bovespa teve um ótimo desempenho no dia 3 de outubro, de aumento de 5%, ao mesmo tempo em que o dólar teve acentuada baixa. Lula também não terá força no Congresso Nacional para avançar em reformas revolucionárias, eterno sonho dos comunistas, como o controle dos meios de comunicação e a instalação de uma nova constituinte, de cor bolivariana.
No entanto, o estrago que um novo governo petista poderá provocar no Brasil é sem limites, como visto nos governos de Lula e Dilma. Os militares jamais se venderão ao PT, como ocorreu na Venezuela de Hugo Chávez. Porém, invasões de terra do MST serão uma nova constante, cargos de confiança serão aumentados estratosfericamente para novo aparelhamento petralha (e pagar o dízimo para o Partido das Trevas), roubalheira nas estatais será retomada, bilhões de reais serão irrigados novamente em terras bolivarianas, como Cuba, Venezuela, Nicarágua, Chile, Argentina e ditaduras africanas, para de novo construir obras corruptas, financiadas pelo BNDES, com garantia do Tesouro Nacional. Serão vistos novos calotes, como ocorre com Cuba e Venezuela, cuja dívida não paga ao Brasil em agosto de 2021 já chegava a R$ 3,539 bilhões.
Se Lula vencer a eleições, será em função de um povo que preza a gatunagem. E, junto com as felicitações que as FARC farão a Lulalau, será hora de toda a nação brasileira cantar em coro o hit do próximo carnaval:
- O ladrão voltou, ô ô ô! O ladrão voltou, ô, ô, ô.
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