MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Causos de Milico - Por Félix Maier

Causos de milico


Cabo Maier, Apucarana, 1970.

  

Félix Maier

 https://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/felix-maier-curriculum-vitae.html


Apresentação

Em 16 de janeiro de 1970, eu incorporei como soldado na 4ª Companhia de Infantaria (4ª Cia Inf), em Apucarana, PR, atual 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (30º BIMec). Na metade do ano, fui promovido a Cabo depois de fazer um curso de “trepa pau” na 5ª Companhia de Comunicações (5ª Cia Com), em Curitiba. O curso era Auxiliar de Comunicações, que envolvia conhecimentos de todos os tipos de rádios e telefones portáteis do EB, assim como central telefônica de campanha, além de lançamento de linhas telefônicas no campo, normalmente tendo que subir em postes de madeira ou árvores com auxílio de um par de esporas de bico preso às pernas, daí o nome jocoso de “trepa pau”.

 

Esporas de bico para subir em poste de madeira ou árvore.
 
Arma das Comunicações – Cabo Maier operando rádio na viatura do 
Comando, em acampamento na região de Jandaia do Sul, PR, em 1970.

Em fevereiro de 1971, eu me apresentei na Escola de Instrução Especializada (EsIE), no Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara, para fazer o Curso de Sargento (período básico), no primeiro semestre, com instrução de ordem unida, armamento Fuzil Automático Leve (FAL) - montagem e desmontagem da arma e tiro ao alvo, cartografia militar (leitura de mapas), Administração Militar, Regulamentos Militares, educação física, noções sobre cuidado com a Saúde (incluindo doenças venéreas), Guerra Revolucionária (estudo histórico da evolução do comunismo no mundo), marchas e acampamentos etc. 

Foto em preto e branco de pessoas em pé

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Alunos do CFS Félix, Alcimar e Antério – EsIE, 1971.

No segundo semestre do mesmo ano, continuei o Curso de Sargento na Escola de Comunicações (Es Com), com matérias relacionadas à fotografia e filmagem 16 mm, com instruções teóricas e práticas, recebendo o diploma de Sargento Fotocinegrafista em 15 de dezembro, minha futura profissão militar. 

Em 1972, eu fui classificado no Campo de Provas da Marambaia (CPrM), para realizar trabalhos de fotografia e filmagem destinados aos Relatórios Técnicos do Campo, que envolviam provas de armas e munições de toda espécie, nacionais e estrangeiras, incluindo provas com canhões de blindados e lançamento de foguetes. 

Em 1983, fui transferido para a EsIE, como monitor da Seção de Meios Auxiliares. Na prática, eu era instrutor de fotografia e filmagem em vídeo VHS para vários cursos, com alunos militares de todo o Brasil (Forças Armadas, PM e Bombeiros) e até do exterior, como militares do exército do Paraguai e do Chile. 

Lotado no Estúdio de TV, além desse trabalho de instrutor, eu fazia audiovisuais para as Seções de Ensino da Escola e unidades militares da Vila Militar, que consistia em duas bandejas tipo carrossel de slides coloridos e gravador com fita K-7, com locução e fundo musical – o “data show” da época. Eu também dava aulas de fotografia teórica e prática para oficiais alunos dos cursos de Observação Aérea e Foto-Intérprete, quando o sargento fotógrafo da Unidade, Wilson de Souza Bezerra, meu colega de curso Fotocine, estava ausente do quartel por motivo de força maior. 

Em 1989, fui transferido para o Centro de Comunicação Social do Exército (CComSEx), subordinado ao Gabinete do Ministro do Exército, onde exerci trabalhos de filmagem e montagem de filmes com equipamento de vídeo profissional U-Matic, especialmente a confecção da Videorrevista do Exército (distribuída a todas as Unidades do EB) e missões externas, como a cobertura de imagens da Operação Guavira, no Pantanal Matogrossense, realizada pelas três Forças Armadas. 

No período de 1990-1992, eu fui o Auxiliar do Adido Militar no Cairo, Egito, voltando a trabalhar no Gabinete do Ministro do Exército até 1999. 

No final do ano de 1999, recebi um cargo de comissão no Ministério da Defesa (1999-2002), o qual foi criado em 10 de junho daquele ano, deixando a Marinha, o Exército e a Aeronáutica de serem Ministérios, passando a ser Comandos. Em 2000, com 30 anos de serviço, fui promovido a Capitão e incorporado ao Quadro Auxiliar de Oficiais (QAO). Minha passagem para a reserva remunerada ocorreu em 28 de fevereiro de 2002, fixando residência em Brasília até os dias de hoje. 

Minhas Memórias, não só da vida militar, estão registradas em https://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/felix-maier-curriculum-vitae.html. 

Como se sabe, militar é um prato cheio para anedotas, às vezes uma piada pronta, com sargentos gorduchos desfilando sua banha, comandando ordem unida com recrutas totalmente desunida. 

Seja com o Recruta Zero e o Sargento Tainha, seja com Carlitos nas Trincheiras, com Charles Chaplin, ou com o Sargento Pincel de Os Trapalhões, ou ainda com o Capitão Haddock, de As Aventuras de Tintin, o riso é sempre garantido com homens fardados. 

As “piadas de caserna” da revista Seleções, da publicação norte-americana Reader’s Digest, sempre obtiveram grande sucesso entre milicos e paisanos.

Nesses anos de vida na caserna, eu pude ouvir e conviver com muitos “causos de milico”, alguns dos quais passarei a contar.

Leia Causos de Milico em

https://drive.google.com/file/d/1_xTmEEsQyoGUaUCqMlUx99p1HlpwY7KA/view


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