MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Réquiem por Israel - Por Félix Maier


Félix Maier

07/10/2024

Há 1 ano, Israel sofreu covarde massacre por parte do grupo terrorista Hamas, da Faixa de Gaza, com mais de 1.200 mortos e 251 pessoas sequestradas e levadas para Gaza, as quais a mídia antifas trata como "reféns de guerra", um absurdo sem tamanho.

O ataque do Hamas foi para "comemorar" os 50 anos da Guerra do Ramadã (ou Yom Kippur, como é conhecida em Israel), ataque promovido pelo Egito contra o Estado Judeu, em 6 de outubro de 1973.

O genocídio mostrou a crueldade extrema dos terroristas, que mataram o maior número de israelenses possível, com degola de crianças, estupro e esquartejamento de mulheres e inúmeras famílias queimadas vivas dentro de suas próprias casas, em vários kibutzim. Uma multidão foi também atacada num festival de música rave no Deserto do Negev, ao Sul de Israel, com 260 mortes, sequestros e queima de inúmeros carros - cfr. em https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/veja-como-ficou-local-de-festival-atingido-por-ataques-do-hamas-em-israel/

Mulheres sequestradas foram e ainda são sistematicamente violadas pelos terroristas do Hamas em Gaza.

Tendo que se defender do Irã e seus grupos terroristas terceirizados (Hamas e Estado Islâmico em Gaza, Hezbollah no Líbano e Houthis no Iêmen), para que o Estado Judeu tenha o direito de existir, Israel promove ataques fortes em diversas frentes, o que é um direito natural, custe o que custar.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgou hoje (07/10) o número de lançamentos de foguetes em direção ao Estado de Israel desde o início da guerra:

• 13.200 lançamentos da Faixa de Gaza
• 12.400 lançamentos do Líbano
• 400 lançamentos do Irã
• 180 lançamentos do Iêmen
• 60 lançamentos da Síria

Infelizmente, a ONU e a União Europeia pedem um cessar-fogo imediato, como se isso fosse estabelecer a paz na região. Na mesma toada estão as falas de Lula, acusando Israel de "genocídio", especialmente de mulheres e crianças, tornando-se persona non grata naquele país. O mesmo disparate Lula repetiu em Guarulhos, ao receber refugiados do Líbano, no dia 6/10. Nenhum carinho e consideração Lula mostrou pelo povo israelense, especialmente do Norte do país, que teve que fugir da região, agora transformada em vilas-fantasmas devido à saturação de foguetes do Hezbollah.

A situação de Israel é muito crítica, sem solução à vista em curto prazo. Se já morreram mais de 41.000 palestinos, como o Ogro de Nove Dedos gosta de repetir, é porque os terroristas usam o próprio povo como escudo de proteção - além de utilizar hospitais, escolas, mesquitas e até órgãos da ONU em Gaza como quartéis-generais e bases de lançamento de foguetes.

Israel faz ataques violentos, sim, mas direcionados de modo o mais cirúrgico possível, para destruir o inimigo com o menor número de vítimas civis. São quase 42.000 mortes de palestinos até hoje, o que é uma lástima. Mas, quantas mortes seriam, se Israel usasse o modo criminoso de destruição total do Hamas e de seus comparsas?

Israel mostrou que tem capacidade para matar os chefes dessas organizações terroristas onde estiverem, no Líbano, na Síria, no Irã, seja colocando explosivos em seus pagers e walkie-talkies, ou os abatendo com bombas de 1 tonelada no estilo arrasa quarteirão, com prédio vindo abaixo.

Fico imaginando o que teria sobrado de Israel se o país não tivesse um sistema eficiente de defesa, o Domo de Ferro e o Estilingue de Davi, de custo bilionário, com ataques maciços vindos de Gaza, do Líbano, do Iêmen e até do Irã. Já teria sido varrido do mapa. Contando, ainda, com a ajuda antiaérea dos EUA, Reino Unido e França, os quais têm navios de guerra no Oriente Médio, Israel tem sido defendido a contento.

Se o Hamas e parceiros do terrorismo tivessem o poder bélico de Israel, quantas seriam as vítimas de judeus até agora, sem a preocupação humanitária de "ataques cirúrgicos" para preservar ao máximo os civis? 200.000 mortes? 500.000? 1.000.000? Afinal, o objetivo estratégico do Hamas e de seus genéricos do terror é destruir o Estado de Israel e matar todos os judeus do mundo.

O Irã dos aiatolás é hoje o mais poderoso inimigo de Israel. Assim, não causará surpresa se Israel atacar refinarias de petróleo, e até instalações nucleares daquele país, como prevenção, como já fez com o Iraque anos atrás. O Irã com bomba nuclear poderia levar o Armagedon a todo o Estado de Israel.

E a ONU? Para que serve a ONU? Para nada. É melhor fechar aquela baiuca bilionária e perdulária, que só serve como cabide de emprego para pagar ótimos salários a nababos, além de querer impor ao mundo todo como as pessoas devem viver, dentro da estratégia woke do politicamente correto.

Dessa forma, só resta a Israel levar essa guerra até a derrota final de seus inimigos, por mais que apoiadores do Hamas e de outras forças antissemitas façam passeatas ao redor do mundo, nas ruas e nas universidades, inclusive no Brasil. E o Ogro de Nove Dedos fique cada vez mais nervosinho com as mortes de palestinos, só palestinos, não israelenses, não se importando com as mais de 45.000 mortes violentas que ocorrem todos os anos no Brasil.

Obs.:

1. Terroristas do Hamas detalham assassinatos em Israel -

2. O kibutz onde o Hamas massacrou mais de cem civis israelenses - 
https://www.youtube.com/watch?v=rCdesdxaSNk

3. Embaixada de Israel exibe vídeos chocantes e afirma: “Hamas e Estado Islâmico são iguais” -

4. Vídeo mostra casal israelense sendo sequestrado e feito de refém pelo Hamas durante rave - https://www.youtube.com/watch?v=qH1DlBGA76A



sábado, 5 de outubro de 2024

Poeira estelar - Por Félix Maier


poeira estelar

Félix Maier

Nas p-branas das supercordas, sou trovador,
Cantando versos pela vastidão, para minha amada.
Quero vibrar em cada dimensão oculta, ser calor,
Poesia que ecoa na eternidade entrelaçada.

Na mecânica quântica, viro incerteza e ilusão,
Subpartícula que dança entre o ser e o talvez,
Viajo como onda, como partícula em colisão,
Sou paradoxal amor, sou inconstância e altivez.

 


Nos seis sabores dos quarks, nos bárions te encontro,
Confinados na força nuclear que jamais se esvai,
Entrelaçados nos mésons, unidos nesse ponto,
Que nenhuma energia dispersa ou desfaz.

No choque da matéria com antimatéria, enfim,
Quero me aniquilar contigo, luz pura a emergir,
Ser um fóton brilhante, a luz que se faz sem fim,
Transcender o limite, renascer, reluzir.

Nos buracos negros quero mergulhar ao teu lado,
Eternizar nosso amor no enigma do espaço-tempo,
Singularidade onde o infinito é alcançado,
Entre horizontes onde cada segundo é um evento.

Na matéria escura, brinco de esconde-esconde,
Junto a ti, invisíveis, dançamos pelo universo,
Ocultos, mas tão reais quanto a paixão que responde,
Ao pulsar gravitacional, nosso laço submerso.

Na relatividade, curvo a luz para te iluminar,
Faço os astros reverenciarem tua beleza infinita.
Distorço galáxias para teu rosto destacar,
E tudo que vejo torna-se tua essência bendita.

Na Teoria M, nas dimensões do amor profundo,
Onze universos distintos no abraço de um segundo,
Ali concluo meu arcabouço romântico sem fundo,
Um amor que conecta, atravessa, recria um novo mundo.

Em noite clara, uma supernova explode,
Teu sorriso brilha, um instante que não pode.
Luz tão intensa, ofusca a imensidão,
No cosmos dançante, pulsa o coração.

Mas no ocaso, a estrela se despede,
Transforma-se anã, na solidão que cede.
Um lamento ecoa, entre sombras a vagar,
Na agonia do tempo, tudo a se apagar.

E na dança da entropia, o universo em desordem,
Cada átomo se dissolve, em poeira se absorvem.
Mas em meio à finitude, teimo em sonhar,
Que mesmo em poeira, vou sempre te amar.

Num buraco de minhoca, quero furar o infinito,
Percorrer o espaço, renascer num abraço bonito,
Observar o Big Bang, rever o nascimento das galáxias,
E recriar o universo, contigo, em eternas sinapses.


quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Entrevista com Joseíta, viúva do Coronel Ustra - Por BBC Brasil

Bolsonaro tem direito de homenagear quem quiser, diz viúva de Ustra

Montagem Agência Câmara/Agência Brasil

Crédito,Ag Camara ABr

Legenda da foto,Deputado justificou voto a favor de impeachment de Dilma pela 'memória do coronel Brilhante Ustra', acusado de tortura durante ditadura militar
  • Author,Luís Barrucho - @luisbarrucho
  • Role,Da BBC Brasil em Londres

Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra tem 79 anos e muitas memórias. Professora aposentada, ela conta dedicar o tempo livre à pesquisa sobre a história do Brasil, em especial sobre a ditadura militar, período durante o qual seu marido foi um dos personagens principais ─ e também uma das figuras mais controversas.

Maria Joseíta foi casada com o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Chefe do DOI-Codi de São Paulo, ele foi acusado pelo desaparecimento e morte de pelo menos 60 pessoas. Outras 500 teriam sido torturadas nas dependências do órgão durante seu comando. Único militar considerado torturador pelo MPF (Ministério Público Federal), Ustra morreu de câncer aos 83 anos, em outubro do ano passado.

No último domingo, Ustra voltou ao debate nacional após ter sido homenageado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante votação pela aprovação da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"Fiquei profundamente emocionada", disse Maria Joseíta em entrevista à BBC Brasil. "Ele foi de uma felicidade muito grande", acrescentou.

Maria Joseíta: Natalini passou uma única noite lá no DOI-Codi. Ele foi detido para averiguação. Quando declarou ter sido torturado, meu marido enviou-lhe uma carta aberta pedindo informações sobre essa suposta tortura. Nunca obteve resposta.

O problema é que muita gente usou isso, e continua usando, para se eleger, para conseguir cargos públicos e ganhar indenizações do governo. Não estou dizendo que a ditadura militar foi um mar de rosas. Não foi.

Sofro pelas famílias que perderam seus entes queridos do outro lado. Vejo com tristeza uma mãe que não sabe onde o filho está. Jovens que tinham a vida pela frente e que podiam lutar pelo Brasil de outra maneira, mas que foram iludidos por alguns grupos mais antigos de raposas velhas que tentavam implantar o comunismo no país.

BBC Brasil: A senhora diz que a ditadura não foi um "mar de rosas". O coronel Ustra cometeu erros?

Maria Joseíta: Não sei se ele cometeu erros. A mídia retrata meu marido como se ele fosse onipresente, onipotente e onisciente. Parece que ele foi um super-homem.

Quem começou isso tudo não foram as Forças Armadas. Houve apenas uma reação ao caos que já estava sendo implantando no Brasil. O grupo de militantes que estava se organizando já ia para China, para Cuba, para a União Soviética para fazer treinamento de guerrilha.

Era preciso tomar uma providência. Agora, por que o meu marido é um símbolo de tudo de ruim que aconteceu no regime militar?

BBC Brasil: Porque relatos documentados indicam que o seu marido torturou pelo menos 60 pessoas...

Maria Joseíta: Não posso jurar que o meu marido não cometeu nenhum deslize. Deslize na vida todo mundo comete. Eu presenciei muita coisa. Certa vez acompanhei seis presas lá dentro (DOI-Codi). Uma delas estava grávida e não sabia. Fiquei tocada pela situação.

Tanto insisti que meu marido me permitiu um contato com ela para ver se eu podia ajudar em alguma coisa. Ela fez questão de ficar lá com as companheiras porque tinha assistência, era atendida no Hospital das Clínicas, fazia pré-natal e tinha toda a atenção possível.

Chegamos inclusive a fazer enxoval para o bebê. Minha empregada fazia tortas para elas lancharem. Coisas gostosas. No entanto, quando ela teve o bebê e saiu de lá ─ até porque já não podia ficar mais, pois se tratava de uma concessão por pedido dela própria, passou a dizer que foi torturada todos os dias.

Já o filho de um outro preso me acusava de ir ao DOI-Codi para curar as feridas delas. Além disso, segundo ele, eu atuava como interrogadora.

Vejam como supervalorizavam a família Ustra. Há muita fantasia nessa história. Acredito que nem todo mundo tenha sido tratado como "pão de ló" como eu fazia.

BBC Brasil: A senhora sempre defendeu publicamente seu marido. Por quê?

Maria Joseíta: Eu não fui defensora do meu marido. Ele não precisava de defesa. Fui uma defensora da verdadeira história e não da história que está sendo contada. Decidi me manifestar publicamente porque eu sou uma cidadã brasileira. Passei minha juventude e minha maturidade durante o período do regime militar. Vi, vivi e tenho conhecimento de muitas coisas que aconteceram naquela época. Aquela época era semelhante ao que estava acontecendo agora.

Maria Joseíta: Porque era um caos. Um grupo de jovens ─ alguns idealistas outros iludidos ─ queria tomar o poder. A maioria desse grupo está no governo agora e pertencia àquelas organizações. E deu no que deu. Uma das maiores empresas do mundo (Petrobras) foi sucateada, o dinheiro desapareceu de tudo o que foi maneira. O desejo deles é permanecer no poder.

Maria Joseíta: Acho que vamos passar um momento difícil. Não vejo outra solução melhor. Ela poderia renunciar. Haveria uma solução melhor?

Fontehttps://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160420_viuva_ustra_entrevista_lgb