MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

O Oitavo Dia da Criação - Por Félix Maier

 


O Oitavo Dia da Criação

Félix Maier

No início, o buraco negro rotundo
Guardava o segredo mais profundo.
Deus, com o Verbo, deu forma ao mundo,
Criou luz e trevas, o começo fecundo.

Firmaram-se os astros no vasto vazio,
Planetas dançaram num canto macio.
Nos mares nasceu o primeiro desafio,
A vida emergiu no seu fluir bravio.

Na terra brotaram sementes primeiras,
Animais cruzaram montanhas inteiras.
Do pó veio o homem, obra derradeira,
E Deus viu o mundo, a criação inteira.

Mas Adão e Eva, no ato atrevido,
Provaram do fruto, do saber proibido.
Queriam ser deuses, num sonho perdido,
E rasgaram o véu do Éden querido.

Os filhos de Caim, com sangue nas mãos,
Ergueram Babel, desafiando os céus vãos.
E línguas diversas os tornaram coirmãos,
Na confusão de seus sonhos pagãos.

Veio o dilúvio, a fúria das águas,
Lavando a terra, curando as mágoas.
Mas dos salvos restaram as velhas chagas,
Milinetos de Caim em bravias vagas.

No oitavo dia, o homem se agitou,
Engenho e arte ao mundo legou.
Aves de ferro aos céus elevou,
E aos astros distantes sua ciência voou.

Criou maravilhas e até clones de animais,
Curou doenças que antes eram fatais.
Mas moldou também armamentos letais,
Bombas termonucleares para tempos finais.

Nos códigos frios, a mente em nova utopia,
Algoritmos traçam o que antes não havia.
A inteligência artificial cresce, etérea magia,
E o homem se espelha na máquina que cria.

Será o oitavo dia da criação um recomeço,
Ou o fim do homem, num destino avesso?
No Armageddon que apaga o universo expresso,
Volta-se à luz e às trevas, ao eterno regresso?


segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Monsenhor João, Arauto do Evangelho - Por Félix Maier

 


Monsenhor João, Arauto do Evangelho

Félix Maier

Na senda da fé, ao Cristo amparado,
Seguiu João Clá, por Deus convocado.
Discípulo firme de um mestre ideal,
Plínio guiou-lhe ao combate moral.

Do Exército herdou honra e valor,
Recebendo medalhas por seu esplendor.
No Largo de São Francisco estudou,
E ao Direito e à Teologia se dedicou.

No fim do milênio, um sonho surgiu,
Arautos do Evangelho, por Deus os uniu.
João Paulo II, com gesto de irmão,
Reconheceu sua grande missão.

À Rainha dos Céus, ergueu devoção,
Criou Regina Virginum com o coração.
As filhas da luz, com votos sagrados,
Foram ao mundo, os céus proclamados.

Ordenado aos sessenta e cinco, com fé,
Mostrou que o tempo não limita quem crê.
Bento XVI deu-lhe honra e respeito,
Por seu zelo à Igreja e seu firme preceito.

Na ciência e cultura, deixou seu legado,
Com revistas e escolas de saber elevado.
Tomás e Aristóteles iluminaram sua visão,
Unindo a razão à divina oração.

Pedra de escândalo para quem o quis calar,
Sua voz contra o erro ousou se alçar.
Desafiou os que a Cristo negavam,
E ídolos falsos nas almas plantavam.

No sofrer da cruz, sua vida findou,
Mas sua alma aos céus rapidamente voou.
No Dia dos Santos, com glória partiu,
E na luz divina para sempre sorriu.

Hoje, no céu, entre anjos a cantar,
João Clá exulta, no eterno altar.
Com Plínio e santos, celebra o Senhor,
Arauto do Evangelho, fiel servidor!


Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias

Breve biografia de um longo e profícuo trabalho:

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias nasceu em São Paulo, no dia 15 de agosto de 1939. Ele era filho de Antonio Clá Díaz, espanhol, e Annitta Scognamiglio Clá Díaz, italiana.
Monsenhor João S. Clá Dias foi discípulo dileto do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, criador da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP). 
Monsenhor João foi fundador de Arautos do Evangelho, em 1999. Essa associação foi reconhecida pelo Papa João Paulo II, em 2001. 
Monsenhor João serviu o Exército em 1958, recebendo a Medalha Marechal Hermes, uma distinção para os que se destacam em primeiro lugar em cursos ou estágios. 
Cursou Direito no Largo de São Francisco, São Paulo, e posteriormente fez o Doutorado em Teologia e Direito Canônico. 
Criou um ramo feminino dos Arautos do Evangelho, chamado Sociedade de Vida Apostólica Regina Virginum, reconhecida pelo Papa Bento XVI em 2009. 
Foi ordenado sacerdote em junho de 2005, aos 65 anos. 
Em 2008, foi nomeado protonotário apostólico e cônego honorário da basílica papal de Santa Maria Maior, em Roma, pelo papa Bento XVI. 
Em 15 de agosto de 2009, recebeu a medalha Pro Ecclesia et Ponti­ce, pelo zelo apostólico em prol da Igreja e do Papa. 
Fundou o Instituto Filosó­fico Aristotélico-Tomista e o Instituto Teológico São Tomás de Aquino, além da revista científica Lumen Veritatis e a revista de cultura católica Arautos do Evangelho
Monsenhor João se tornou uma "pedra de escândalo" não só entre seus inimigos ateus que o atacavam ferozmente - como já haviam feito com o Dr. Plínio -, mas também entre os de dentro da própria Igreja Católica, como os padres socialistas da Teologia da Libertação, que colocam Cristo em pé de igualdade com o assassino comunista Che Guevara. 
Monsenhor João faleceu em 1 de novembro de 2024, Dia de Todos os Santos, depois de ter sofrido quase uma dezena de tromboses, que o deixaram numa cadeira de rodas por vasto tempo, até o fim da vida. 
Monsenhor João deve estar exultante no céu, cantando aleluias sem parar, em companhia de Plínio Corrêa de Oliveira e tantos outros missionários que deram sua vida pela Igreja Católica.

Para acessar a revista mensal Arautos do Evangelho, clique em https://revista.arautos.org/.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Ressuscitei! - Por Félix Maier

 


Ressuscitei!

 Félix Maier 

Andei às cegas por um vale escuro,
Onde assombrações dançavam em meus dias,
O mal no cérebro, um tormento impuro,
Roubava-me o saber, as alegrias.

Não sabia onde estava, nem por quê,
O mundo ao meu redor era miragem.
E até o pão, tão simples de viver,
Tornara-se em meus lábios uma aragem.

Mas eis que surge, em toque de esperança,
Uma neurologista, mãos de fada e luz,
Guiando-me de volta à confiança,

Onde a razão perdida se conduz.
Hoje, ao olhar a vida que abracei,
Declaro ao mundo: Ressuscitei!


Obs.: O soneto foi escrito depois que minha esposa Valdenice dos Santos Maier sofreu uma trombose cerebral e teve desorientação e dificuldade até para se alimentar. Com tratamento adequado no hospital, ela recobrou a lucidez e disse uma palavra que me tocou profundamente: RESSUSCITEI!